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A Bíblia, um livro proibido?

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            A decisão dos senhores juízes do STF, proibindo manter uma Bíblia nas bibliotecas das escolas estatais está equivocada, pois a Bíblia é um livro e, como todos os demais livros, o seu lugar é nas bibliotecas. Qual é o real motivo da proibição? 

            As alegações do Supremo são que um livro religioso não pode estar entre os demais livros numa instituição de ensino do Estado, porque o estado brasileiro é laico. Tais afirmações não convencem nenhuma pessoa culta e nem mesmo as incultas, porque o objetivo de qualquer escola é a busca do saber. É equivocada a proposição, porque a Bíblia é um livro, aliás, uma coletânea de 66 livros. E há um objetivo quando um livro é escrito e publicado! A Bíblia é um livro histórico, de múltiplos ensinamentos e de vastíssimo conhecimento.  Ela ensina o bom caminho para as crianças, jovens, adultos e até mesmo para os idosos, então, não deve ser retirada do campo dos saberes.

            Desculpem-me, excelentíssimos, a Bíblia é um livro. Incriminar um livro por apresentar alguns aspectos religiosos é pura discriminação. A Bíblia não tem por objetivo fazer de alguém um religioso. Uma pessoa não se torna evangélica, ou praticante de qualquer religião que seja, pelo simples fato de ler a Bíblia. As experiências religiosas são intrinsicamente pessoais. Eu, por exemplo, tornei-me um seguidor dos ensinos de Jesus por ter uma experiência pessoal com Ele. Desde então, tenho conseguido criar mais de 40 mil salas de alfabetização no Brasil, na África, na Índia e em muitos outros lugares, dando ênfase que a Bíblia é um livro. Eu digo isto para todas as pessoas, em todos os lugares onde tenho organizado capítulos alfabetizadores. Não conheço em nenhuma nação do mundo alguém que ache que a Bíblia tem poderes mágicos, que é um amuleto, ou objeto de adoração. A Bíblia é um livro de ensino e, para lê-la, é preciso saber ler.

            Ela ensina todas as coisas. Um livro histórico, antigo, mas atual. Para mim, como educador, criador de metodologia, didática e prática de ensino, ela me ensinou os fundamentos da existência, os princípios para viver bem e feliz com minha esposa por 60 longos anos, com meus cinco filhos, todos acadêmicos; me ensinou os valores; a fazer distinção entre o bem e o mal, as virtudes da verdade, e as malignidades enganadoras da mentira; os dons naturais e espirituais inatos no ser humano; e  até como receber dons e talentos, que nos permitem ajudar as pessoas no conhecimento e entendimento das coisas.  A Bíblia é realmente também um livro didático, que alicerça a existência, dando segurança e estabilidade emocional e psíquica.

            Se os senhores determinassem que Bíblias fossem colocadas em todas as Escolas do Brasil, podem crer que os presídios não estariam superlotados, como se vê hoje. Porque a Bíblia transmite valores morais transformadores, que esvaziaria os presídios, diminuindo a violência e a criminalidade. Há aqueles que, equivocadamente, veem a Bíblia apenas como um livro de ensino para judeus e cristãos, mas os doutores e entendidos têm que admitir que a Bíblia é um livro que ensina a todas as pessoas!

            A Bíblia ensina a fazer o bem e não o mal; a amar o seu semelhante; a respeitar as autoridades, dizendo até que elas são ministros do bem.  Ela apela para a consciência: Faça o que é certo e não temerá as autoridades. Portanto, penalizar um livro bom, é um erro de julgamento. 

            É incompreensível, que entre os doutos senhores não houvesse uma única mente capaz de entender que a leitura de um livro, como a Bíblia, não seria e não é danosa. Um livro de sabedoria para todas as pessoas, que prega a paz, que ensina o que é bom para todos os povos, todas as nações, laicas ou não, crentes ou descrentes. 

            Estou falando a pessoas inteligentes, capazes, de mentes sábias, ou será que somente eu vi todos os benefícios que um livro traz para uma nação, laica ou não? Respeitosamente, mencionarei apenas alguns versos, demonstrando que a Bíblia é educadora: 

 “Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência. Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade; para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso; o sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos; ela faz entender os provérbios e sua interpretação; as palavras dos sábios e as suas proposições. O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução. Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe, porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu pescoço. Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites.” (Os grifos são meus.)

Respeitosamente, reconsiderem o valor de um livro de Sabedoria para um educador.

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