Provérbios 31:19 diz: Suas mãos operam o tear, e seus dedos manejam a roca.
Essa guardiã era uma mulher habilidosa! Ela manejava a roda de fiar. Sua própria mão pegava na roca, ou seja, no bastão sobre o qual a lã era envolvida ou girada. Ela comprava a lã e sabia o que fazer com ela: trabalhava para que se transformasse em um tecido. Tecido esse que ela usava como adorno e para aquecimento de sua família. Sua família carregava a identidade daquilo que foi produzido por ela.
Quando investimos no relacionamento e no vínculo familiar, aquilo que produzimos pessoalmente, com as nossas próprias mãos, confere valor afetivo às coisas.
É só pensar… você tem algo que tenha sido feito pelas mão da sua avó com carinho para você? Se sim, qual o valor monetário dessa peça? Esses são itens, em geral, que não tem preço por que carregam o valor emocional e afetivo atrelado à sua história.
Nossa sociedade é viciada em ostentação: precisa de muito espetáculo para disfarçar a falta de vínculos, mas essa mulher, sabia o segredo de encher a sua casa de significado.
Encher a casa de sentido, de vida… decorar a casa, não é sobre ter os ítens de decoração mais novos e modernos, mas sim, os mais significativos, que contam a história da família, daquilo que é significativo e importante na nossa cultura familiar.
Itens feitos à mão carregam memória e significado. São peças que contam a história, resgata e afirma memórias e o jeito de ser da família. Essa guardiã se ocupava de criar espaços que transmitiam a sensação de acolhimento e memórias pessoais. Marcando a vida da sua família com provas perenes de sua doação e do seu amor.
O valor do lar não está em torna-lo um meio de autopromoção, mas na promoção de um espaço de acolhimento e conexão entre pessoas. É o que gera no coração da próxima geração o desejo de voltar ao lar.
Qualquer um com dinheiro compra uma casa. Transforma-la em lar é uma especialidade que Deus entregou as mulheres. O mais importante não é o que estamos juntando mas o que estamos espalhando. Nossos filhos carregarão dentro de si as sementes das lembranças especiais daquilo que fomos juntos.