Permita-me utilizar uma expressão popular: será que: “colocam a mão no fogo por você? Ser recomendável significa ser confiável, idônea, prestativa, honesta, capaz, um canal de bênçãos para muitos. Hoje, está cada vez mais difícil encontrar pessoas confiáveis, das quais ninguém diga: “Cuidado com ela, afaste-se dela, não confie nela porque já aprontou muitas!”.
A pior coisa que pode acontecer é recomendarmos alguém e este nos envergonhar cometendo algum tipo de desonestidade ou imoralidade. Ficamos sem palavras para com a pessoa ofendida ou prejudicada, pois, indiretamente, sentimo-nos como participantes do prejuízo causado.
À medida que vamos decepcionando-nos, nossa tendência é fechar-nos e não confiar mais em ninguém, mas glória a Deus por ainda existirem mulheres recomendáveis como Febe, e creio que você seja uma delas!
Febe era também acolhedora, pois auxiliava todos sem distinção (ajudou, inclusive, o próprio apóstolo Paulo). Ela era útil na igreja, não ficava parada esperando que alguém a notasse e convidasse para exercer um cargo especial. Quer ser útil na casa de Deus? Envolva-se na obra social, no ministério destinado aos pobres e carentes, e você não só abençoará muitas pessoas, como também se tornará mais feliz e realizada.
A primeira coisa, portanto, que aprendemos com Febe é que devemos ser recomendáveis, acolhedoras, pessoas de quem possam dizer: “Ela vai ajudá-lo, abençoá-lo, eu a recomendo!”.
Ousada no Servir e testemunhar
Febe tinha um histórico de serviço social na igreja em Cencréia, por isso foi mandada a Roma. Lembre-se de que estamos falando de uma época em que as mulheres sequer saiam de casa para trabalhar! Ela deixou seu lar para participar de uma obra social missionária na grande Roma, berço do Império Romano, onde poucos anos mais tarde cristãos seriam jogados nas arenas aos leões como espetáculo circense.
Febe não se preocupou com os perigos ou até preconceitos que poderia enfrentar, mas, de coração aberto e confiante no Senhor, partiu de sua terra natal para dar continuidade ao que mais sabia fazer: servir.
Hoje temos liberdade para servir e uma infinidade de recursos que nos permitem ajudar direta ou indiretamente os necessitados. Só não auxilia o próximo quem não quer! Somos privilegiadas por viver no Ocidente, onde as mulheres têm direitos iguais aos dos homens, podem sair, estudar, trabalhar, dirigir, tomar decisões, enfim, podem contribuir com a igreja por meio de seus recursos financeiros e talentos para que muitos carente e oprimidos encontrem alívio para suas dores no corpo, na alma e no espírito.
Você já parou para pensar na dupla responsabilidade de Febe? Ela estava em Roma representando os irmãos de Cencréia e testemunhando acerca do que o Senhor Jesus fizera em sua vida! A todo instante, somos observadas, e testemunhamos o que Deus faz para a expansão de Seu Reino por nosso intermédio e de nossa igreja local.
Espiritualmente, somos embaixadoras do Senhor: portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos Reconciliem-se com Deus (2 Co 5.20). E, socialmente, representamos nossa igreja local. Portanto, o mau testemunho envergonha o nome de Cristo e os de líderes de nossa denominação também!
A palavra de Deus diz que a fé sem as obras é morta (Tg 2.17). Não são poucos os que se escandalizam com alguns cristãos ao verem sua insensibilidade ao sofrimento alheio. Tais pessoas fazem como Tiago alertou no versículo 18 do capítulo 2: Mas alguém dirá: “Você tem fé; eu tenho obras”. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras.
Em outras palavras, elas citam suas obras de caridade, perguntam aos cristãos onde está a fé que dizem possuir e, ironicamente ainda afirmam: …eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras.
Minha irmã, espero não passarmos por essa vergonha! Que jamais um ímpio zombe de nós e do evangelho que pregamos por não participarmos de ação social alguma! Sejamos como Febe, recomendáveis, acolhedoras, louváveis, ousadas no servir e no testemunhar, agindo com desprendimento e disposição no serviço social.
*Este texto é parte da obra “VIVENDO COM OUSADIA” – PASTORA ELIZETE MALAFAIA”.
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