Conheço uma mulher cristã que era casada com um homem não cristão, engravidou de seu primeiro filho e ficou muito feliz com isso. Tudo estava preparado com muito cuidado para a chegada do bebê. Na época correta, começaram as dores de parto, e logo ela foi levada pelo marido ao hospital particular onde a criança nasceria. O médico de plantão examinou e determinou que esperassem até que houvesse maior dilatação para um parto natural. As horas passaram e a dor era intensa.
O plantão mudou, e o novo médico não tomou ciência de que aquela jovem já estava há horas em trabalho de parto. Somente muito tempo depois o outro médico foi examinar a jovem e logo verificou que o quadro não era bom. Imediatamente, ela foi conduzida ao centro cirúrgico, onde uma cesariana foi realizada, mas infelizmente a criança já estava morta. Que horror, que trauma! Como se refazer de algo tão doloroso assim?
Os meses se passaram, a jovem estava sendo consolada e fortalecida por Deus, até que, um dia, um fato gerou um novo trauma e fez com que sua história mudasse definitivamente. Ao chegar um pouco mais cedo em seu lar, encontrou o marido traindo-a em sua própria cama com um homem! Sim, o marido era bissexual, e ela jamais desconfiara de coisa alguma. Como não houve arrependimento do marido nem desejo algum de mudar de vida, ela se divorciou.
A jovem sofreu, enfrentou muita tristeza, desilusão, frustração e solidão, mas permaneceu fiel a Deus, que é amor, conforto, esperança e não deixa que a dor dure para sempre. Cerca de dez anos depois, na igreja onde ela fielmente congregava, surgiu um militar viúvo, com seu filho ainda pequeno, transferido de outro estado. De tantas jovens na igreja, aquele homem logo sentiu seu coração bater mais forte ao olhar para aquela mulher mais madura, marcada pela vida como ele.
Não tardou para se casarem, formarem uma linda família com o enteado dela e logo terem um filho saudável que Deus concedeu ao casal. Fazendo uma retrospectiva do fato traumatizante da perda de seu primeiro bebê, aquela mulher entendeu que o Senhor não havia permitido que ele viesse com vida ao mundo, a fim de que ela não tivesse vínculo com o ex-marido imoral pelo resto da vida (ela mesma reconheceu e expressou isso verbalmente). Os caminhos do Senhor não são os nossos, os olhos dEle não veem como os dos homens e os seus pensamentos são muito além dos nossos (Jeremias 29:11).
*Este texto é parte da obra “NO DIVÃ COM A DRA. ELIZETE MALAFAIA –Vencendo Desafios Adquira a obra integral em: https://loja.editoracentralgospel.com/centralgospel/livro-no-diva-vencendo-desafios-000484