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Osteoporose física e espiritual

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            Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a osteoporose é uma doença sistêmica caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo com o consequente aumento da fragilidade e suscetibilidade à fratura (1).

            Embora considerado sem cura, tem diagnóstico precoce e tratamento precoce. Na verdade, a intervenção mais efetiva é a prevenção, que se dá por meio das várias medidas, que aqui abaixo vamos enumerar:

  1. Dieta Rica em Cálcio;
  2. Banhos de sol regulares;
  3. Prática regular de atividade física.

            Mas o que a osteoporose tem a ver com a Bíblia?  Uma informação que me chamou a atenção foi que nenhum dos ossos de Jesus foi quebrado durante toda a Sua vida. A Bíblia demonstra esse fato no Novo Testamento e antecipa no Antigo:

            João 19:36 “Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado.”


            Êxodo 12:46 “Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso”.

            Observamos que a referência em João, citada acima, refere-se à citada em Êxodo, quando a Palavra está dando orientações sobre a primeira Páscoa. O Senhor deu ordenanças específicas acerca do sacrifício do cordeiro, ainda no Egito, antes da fuga para o deserto. O cordeiro deveria ser sem mácula e sem nenhum osso quebrado. Seu sangue deveria ser aspergido em ambas as ombreiras e na verga da porta naquela mesma noite da Páscoa. E esse sangue seria por sinal e o anjo enviado de Deus não entraria naquela casa e não haveria a praga da morte dos primogênitos nos lares dos judeus.

            É claro que os ossos do cordeiro eram quebrados por uma ação traumática intensa (batida de um cutelo ou uma martelada, por exemplo), diferentemente do que pode ocorrer em casos de osteoporose mais avançada, em que pode haver fratura em pequenos traumas, devido a sua fragilidade. Dessa forma, podemos fazer aqui um paralelo com a degeneração causada pelo efeito do pecado na estrutura espiritual da pessoa.

            No Antigo Testamento, vemos, ainda, que a palavra de Deus referia que nenhum dos ossos de Jesus seria quebrado também no livro de Salmos:

            Salmos 34:19,20 – “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas. Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.”

            Mas qual a relação entre osteoporose e o fato de os ossos de Jesus não terem sido quebrados? A principal complicação da osteoporose é a fratura, ou seja, ter o osso quebrado. Agora vamos estudar o que a ciência ensina sobre como ter os ossos fortes e avaliar se há algo semelhante na Bíblia. 

            Antes de estudarmos como prevenir o enfraquecimento dos ossos, vamos primeiro aprender para que serve o osso e quais são suas funções. As funções que podemos enumerar são:

  1. Proteção, tanto da caixa torácica, que protege os órgãos nobres (coração e pulmões) e o próprio crânio que protege, magistralmente, o cérebro;
  2. Locomoção, pois são os ossos dos braços e das pernas, que nos fornecem a capacidade de movimentação, seja andando, seja correndo, pedalando ou mesmo nadando;
  3. Produção de sangue, uma vez que dentro dos ossos está a medula óssea, estrutura que produz nossas células sanguíneas e é riquíssima em células-tronco.  

            Pois bem, se compararmos a igreja ao corpo de cristo como assim fez o apóstolo Paulo, podemos ver quais as funções dos ossos dentro da igreja. Uma delas é proteger o corpo da igreja, ou seja, seus membros. Outra coisa é ajudar a fazer com que a igreja se movimente, caminhe, ande para poder executar a pregação do evangelho. E a última é a produção de sangue para alimentar e espalhar no corpo tanto o oxigênio como os nutrientes. Esses são os professores que meditam na Palavra (digestão) e ensinam aos seus alunos as lições bíblicas para nossa sobrevivência (oxigênio) e fortalecimento (nutrientes).

            E para evitar que os nossos ossos espirituais fiquem fracos, o que devemos fazer? Primeiro, ao falar sobre alimentos ricos em cálcio é impossível esquecer o leite. O que a Bíblia fala sobre o leite? Na carta de Pedro lemos:

            1 Pedro 2:2 – “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.”

            O segundo ponto a destacarmos são os banhos de sol regulares. O sol emite luz, e a luz age para a produção da vitamina D. A Palavra de Deus fala que o Senhor é o sol da nossa justiça. Então, se nós estivermos na justiça, em Sua luz, Ele brilhará e fortalecerá nossos ossos! Em Malaquias, último livro do Antigo Testamento, e em Mateus, primeiro livro do Novo Testamento lemos:

            Malaquias 4:2 – “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.”

            Mateus 4:16 “O povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz raiou.”

            Vejamos em poucas palavras quais os efeitos benéficos e como funciona o metabolismo da vitamina D (2-7). É algo fantástico! Se quiser focar nas partes mais objetivas, leia os grifos em negrito.

            Com a exposição à radiação solar ultravioleta B (UVB) o 7-hidrocolesterol presente na pele é convertido em pré-vitamina D3, a qual é imediatamente convertida em vitamina D3.

            A vitamina D (D2, D3 ou ambas) ingerida é incorporada aos quilomicrons, os quais são absorvidos pelo o sistema linfático e alcançam o sangue venoso. A vitamina D sintetizada na pele ou ingerida pode ser armazenada e, posteriormente, liberada das células adiposas.

            No sangue, a vitamina D liga-se à proteína transportadora de vitamina D e, no fígado, é convertida a 25-hidroxivitamina D (25(OH)D), pela enzima D25-hidroxilase (25-OHase).

            Nos rins, a 25-hidroxivitamina D é novamente hidroxilada pela 25-hidroxivitamina D-1α-hidroxilase (1-OHase), gerando sua forma biologicamente ativa, a 1,25-dihidroxivitamina D. A 1,25-dihidroxivitamina D interage com seus receptores presentes em diversos tecidos.

            No intestino delgado aumenta a absorção de cálcio e fósforo oriundos da dieta em 30 – 40% e em 80%, respectivamente. A interação com o receptor das células ósseas induz a maturação de pré-osteoclastos a osteoclastos. Osteoclastos maduros mobilizam cálcio e fósforo dos ossos, mantendo os níveis desses minerais no sangue. Níveis adequados de cálcio e fósforo promovem a mineralização dos ossos.

            A 1,25-dihidroxivitamina D apresenta ampla gama de ações biológicas, atuando na maioria dos tecidos do organismo. Dentre suas múltiplas ações, pode-se destacar a inibição da proliferação celular e indução da diferenciação celular terminal, inibição da angiogênese (os dois tópicos anteriores têm relação com o combate ao câncer), estimulação da produção de insulina (combate à Diabetes), inibição da produção de renina (ação contra a hipertensão) e estimulação da produção de catelicina por macrófagos, importante na defesa imune inata contra agentes infecciosos (forte ação positiva sobre o sistema imunológico). 

            E a última medida para prevenir a osteoporose é a prática de exercícios físicos. Na segunda carta a Timóteo, lemos claramente uma comparação do cristão ao atleta:

2 Timóteo 2:5 – “Da mesma forma, nenhum atleta é coroado como vencedor, se não competir de acordo com o regulamento” (Bíblia King James Atualizada).

            Assim, se obedecermos ao que a Bíblia ensina, estaremos fortalecendo nossos ossos espirituais e físicos, com a confirmação da ciência, de que tudo o que já foi ensinado na Palavra tem poder e é eficaz para a cura e tratamento do corpo e da alma do homem.

Referências

  1. https://www.who.int/chp/topics/Osteoporosis.pdf
  2. https://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/wordpress/wp-content/uploads/2013/08/VITAMINA-D-Sess%C3%B5es-Cl%C3%ADnicas-29.08.13-1.pdf
  3. Kennel KA, Drake MT, Hurley DL. Vitamin D deficiency in adults: when to test and how to treat – Concise review for clinicians. Mayo Clin Proc. 2010; 85(8):752-58. 4.
  4. Adams JS, Hewison M. Update in vitamin D. J Clin Endocrinol Metab. 2010; 95(2):471–78. 5.
  5. Holick MF. Vitamin D Deficiency. N Engl J Med. 2007; 357(3):266-81. 6.
  6. Holick MF, Binkley NC, Bischoff-Ferrari HA, Gordon CM, Hanley DA, Heaney RP, et al. Evaluation, treatment, and prevention of vitamin d deficiency: an endocrine society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2011; 96(7):1911–1930 7.
  7. Holick MF. High prevalence of vitamin D inadequacy and implications for health. Mayo Clin Proc. 2006; 81(3):353-73

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