“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” – Provérbios 4:23
Estes dias estive parando para pensar: afinal, o que tem saído dos nossos corações? Só podemos curar se as nossas feridas estiverem curadas, só podemos falar palavras de vida se no nosso coração elas habitarem. Se um coração contrito em dores, mágoas e tristezas ainda poderia gerar vida em outros?
O maior problema é que nos perdemos em nossas próprias mentiras. Damos preferência a fingir que está tudo bem do que tratar aquilo que aperta nosso calo. Por que quando damos para aquela ferida tão dolorida a sua real importância, parece que a sua dor triplica de tamanho, não é? Não mentimos só para os outros quando dizemos que está tudo bem, mentimos para nós mesmos a cada dia que deixamos de conversar com Jesus sobre tal ferida. É um dia a mais que juntamos a poeira debaixo do tapete.
Sobre tudo que devemos guardar, nos foi pedido para guardar o nosso coração. Porque ele é quem mais sofre nos nossos dias ruins, e quando a dor é grande demais, não conseguimos enxergar a vida que dele poderia sair. Não conseguimos enxergar Jesus ali, e se não enxergamos o Mestre, nos perdemos em nossos próprios questionamentos. Quem nos salvará se não Ele?
Nos dias maus, Ele esteve lá. Nos dias bons também. O problema é que deixamos de fixar o nosso coração na Verdade, e nos perdemos nas mentiras que passamos a contar dia a dia para nós mesmos. Consequentemente, não enfrentamos de cara as dores, as mágoas, e o mais difícil, o ato de liberar o perdão para quem mais nos destruiu.