Menu

O que aprendemos com a primeira família?

Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram
Compartilhar no facebook
Compartilhar no email

O dia 08 de dezembro foi consagrado como o Dia Nacional da Família por força do Decreto nº 52.748/63 do então presidente do Brasil, João Goulart. Trata-se de uma data que deve ser comemorada, pois a família é de autoria divina, constitui a base da sociedade e tem sido alvo de ataques do inimigo desde o seu nascedouro.

Em Gênesis, nos capítulos 1º ao 4º, temos importantes exposições acerca da família: No capítulo 1º, lemos que Deus criou o ser humano; no 2º capítulo, somos informados do modo como o homem a mulher foram criados e unidos, além dos detalhes do local preparado para que habitassem; o 3º capítulo narra a desobediência do casal e no 4º capítulo são apresentados os primeiros filhos de Adão e Eva e a tragédia que enfrentaram.

Esse trecho das sagradas escrituras possui muitas lições, mas vamos analisar pelo menos três:

1. A Palavra de Deus prescreve a verdadeira família.

Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.

Gênesis 2.24

No relato da criação, não se vê apenas uma descrição de família, mas uma prescrição de como ela deve ser constituída. Tanto é que os princípios contidos no primeiro livro do Pentateuco, foram reiterados pelo apóstolo Paulo (Ef 5.31) e duas vezes mencionados nos Evangelhos por Cristo (Mt 19.5; Mc 10.7).

Nesse sentido, a família é composta por um homem e uma mulher (Gn 1.27; Mt 19.4; Mc 10.6), pessoas cuja conformação sexual e celular estão definidas desde o ventre. Esses seres diferentes se unem através do casamento e se tornam uma unidade (Mt 19.6; Mc 10.8,9). A partir daí é firmada uma aliança de amor, de entrega, de sujeição e de respeito (Ef 5.22-33).

As referências bíblicas não deixam dúvidas de que o casamento, à luz dos preceitos divinos, é heterossexual (dois diferentes), monogâmico (um homem e uma mulher) e indissolúvel (durável). Temos casos de pessoas que não observaram esses preceitos, incluindo servos de Deus, os quais amargaram graves consequências familiares (Abraão, Jacó, Elcana e Davi são exemplos de pessoas que aderiram à poligamia e enfrentaram diversos problemas entre cônjuges e filhos).

2. Devemos guardar nossa família contra os ataques do mal.

Deus havia colocado o homem no Jardim e lhe deu duas tarefas: lavrar e guardar (Gn 2.15). Como lavrador, Adão poderia fazer modificações onde morava, trabalhar a terra de forma prazerosa e criativa, mas como guardião, ele deveria ter zelo e vigiar constantemente contra um perigo potencial: o diabo.

Sabemos que a mulher foi tentada e desobedeceu ao mandamento do Senhor ao comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3.1-6). Ocorre que nesse processo, em que Eva dialoga com a serpente, Adão aparece apenas quando a serpente sai de cena. Ele surge quando Eva lhe dá o fruto e come com ela (Gn 3.6).

Diante disso, cabe uma pergunta: onde estava Adão? Ele não estava presente na conversa que sua mulher teve com o inimigo? Ou ele, apesar de estar presente, não interferiu? O fato é que ambos pecaram, os dois infringiram a única norma que Deus havia estabelecido, mas percebe-se que Adão faltou com o dever de cautela, de precaução.

A lição desse episódio é a da vigilância. Proteja sua família contra os ataques do inimigo. Ele não pede permissão para entrar, basta um descuido, uma brecha para que ele invada o ambiente familiar e leve membros de uma família ao pecado e à desgraça.

Seja presente e cuide do seu cônjuge, conheça as amizades dos teus filhos, saiba quais programações estão assistindo, quais sites estão acessando, quais jogos estão jogando. Mantenha o diálogo aberto em sua casa, tenha tempo para interagir com sua família acerca da Bíblia e para atividades recreativas. Divirtam-se juntos.

Do Éden à nossa época, a estratégia do inimigo continua a mesma. Ele continua investindo contra o ser humano, mas nós devemos agir e orar (Ef 6.18) para que nossa família não seja atingida pelo mal.

3. Os relacionamentos foram comprometidos pelo pecado.

Quando o homem e a mulher pecaram, o primeiro sentimento que lhes sobreveio foi a vergonha (Gn 3.7). Antes de errarem, eles não se envergonhavam pelo fato de estarem nus (Gn 2.25), mas agora eles sentem a desonra e dão um jeito de se cobrirem.

O segundo sentimento foi o do medo, pois tentaram se esconder de Deus, quando receberam sua visita ao cair da tarde (Gn 3.10).

Por último, quando confrontados sobre a transgressão, quando Deus lhes abriu a oportunidade de arrependimento, ao invés de admitirem o erro, optaram pela terceirização da culpa. O homem transferiu a responsabilidade para a mulher e ela para a serpente.

A partir daí o relacionamento humano passou a ser comprometido, pois um cônjuge lançou sobre o outro a culpa pelo pecado. Eva não deve ter gostado de receber a culpa exclusiva por Adão. Foi a saída do estado da inocência e a entrada no estado da consciência. O mal não era mais uma possibilidade, mas já era uma realidade na vida desse casal.

Os problemas fugiram do controle dessa família a tal ponto que o filho Caim, movido pela ira, matou seu irmão Abel. Agora, pela primeira vez eles experimentam o luto, além de outros sentimentos, os quais não é possível descrever, haja vista que na mesma família tem uma vítima, mas também tem um homicida. Que desastre!

Nisso sabemos que os relacionamentos estão comprometidos pelo pecado. As pessoas transformadas por Deus, que observam e praticam Sua Palavra, podem viver relacionamentos saudáveis, marcados pela sinceridade, pelo reconhecimento do erro e pelo perdão.

Quem se converteu a Cristo, pode experimentar o relacionamento correto de acordo com a declaração do Mestre:

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

Mateus 22.37-39

Quem observa isso colherá bons resultados em sua vida familiar.

CONCLUSÃO

Desde os primórdios da humanidade o inimigo investe contra a família, deturpando sua composição original, relativizando a identidade de cada um de seus componentes, induzindo-os ao fracasso espiritual e fomentando discórdias. Ele sabe que famílias fracas formam uma sociedade distante de Deus e rebelde.

Que possamos empreender todos os esforços para que nossa família não caia nas armadilhas do inimigo, que influenciemos pessoas a esse projeto de Deus (Sl 128) e que esse Dia Nacional da Família sirva de reflexão sobre os rumos da nossa família a fim de que o Senhor se agrade de nós.

Publicações Relacionadas

Outras Publicações

Our Faith
Verônica de Souza

A New Thing

Do you ever get really tired of doing the same old thing all the time? You might want to do something different, but you either don’t know what to do, or you’re afraid to step out and try the new thing you’ve been thinking about.

Leia mais