“… até então eu ERA copeiro do rei.”
Ne 1.11
Essa foi a declaração de Neemias tempos depois de saber como estava Jerusalém. Sua cidade estava destruída, devastada, muro derrubado, portas queimadas… E ele lá, longe e cativo. Mas seu coração não. Seu coração estava lá pulsando no meio dos escombros, no meio das fontes secas. Sua alma ainda chora, e agora mais ainda por Jerusalém.
Como não lamentar por uma Jerusalém destruída? Como? Como ser indiferente à dor de um lugar escolhido pelo Céu para O representar. Mas “peralá”?!?! Tá irreconhecível, mas ainda é Jerusalém! Foi atacada, mas ainda é Jerusalém! Não está de pé, mas ainda é Jerusalém! Tem história… Seja lá de que forma for, o Céu não estaria disposto a abandonar Jerusalém por conta dessa “versão”. Não. Não! A resposta pra dor de Jerusalém tem um nome: Neemias – o ATÉ ENTÃO, copeiro!
E lá vai Neemias… suas mãos acostumadas com a bandeja e o vinho sendo servido, e mesmo que sua função seja silenciosa, todo dia ele é entregue à morte por servir ao rei. Mas um copeiro? O que esperar de um copeiro?
Neemias nos ensina que muitas vezes precisaremos abandonar algumas “versões” nossas, porque o desafio, a guerra, a circunstância que podemos enfrentar vai requerer isso de nós! Só quem acredita em recomeços está disposto a desamarrar o avental, deixar a bandeja de lado pra segurar uma pá e carregar tijolos e se deparar com situações que a bandeja na mão, JAMAIS iria nos fazer passar… Mas acredite: Vai valer a pena!
Eu não sei exatamente o que pode representar Jerusalém pra você, mas talvez ela vai requerer de alguns de nós uma despedida de quem somos, ou quem sabe, de quem nos tornamos, e receber do Rei as cartas pra avançar e se permitir ser o que essa Jerusalém, do jeito que está, exige de nós!
Vai, Neemias, não só o Rei te autoriza, mas a Guarda Real te respalda nisso. Não perca tempo com quem não entende sua nova rota, apresente a Carta e ela falará por você! Jerusalém te espera…