Deus deu à borboleta a oportunidade de se transformar… Ela não tem opção, a não ser deixar sua condição de lagarta e adquirir asas. Mas isso requer uma enorme energia e trabalho num estágio ainda precário da sua existência.
Assim, entendo que acontece o mesmo processo conosco. À medida que nos encontramos com Jesus temos essa maravilhosa oportunidade de transformação. Não há volta… O que nem sempre é compreensível para nós é que essa mudança exigirá de nós muito tempo se alimentando, muito esforço trocando de uma folha à outra e ainda um tempo de reclusão.
Até encontrar Cristo, somos todos lagartas, mas quanto mais nos alimentamos da Palavra, mais rápido o nosso processo se dá. Muita gente ainda é lagarta porque não entrou na dieta da engorda de Deus, como Daniel. É necessário abrir mão dos manjares e comer apenas o que é saudável para o Espírito, assim Ele se fortalece e o nosso eu enfraquece.
Mas dieta não é coisa que agrada… Gostamos do que faz mal ao corpo, do que foi processado, do que ganhou conservantes, corantes, estabilizantes. Gostamos do que é feito de maquiagem, e assim, aceitamos como bom aquilo que é bonito sem de fato ser.
Lagarta para se transformar come in natura, se alimenta do que é fresco, do verde que corre seiva. Depois se recolhe, entra num estado de íntima comunhão com o seu Criador. Ali, bem alimentada e a sós, pode ver sua condição mudar, e se esquecer da velha natureza. Ao sair do casulo a borboleta não tenta rastejar, pois simplesmente não há em si nada que a leve a essa condição. Antes, estende as suas asas até que cada célula se cristalize e sinta a brisa chamando-a a voar.
Transformação requer esses dois elementos: Alimentar-se e recolher-se.
Deus nos dá essa oportunidade, mas diferente da borboleta que segue o seu ciclo sincronizada com o Criador, temos a liberdade de usar o tempo como melhor nos parecer…
Ó Senhor, tenho urgência de transformar-me! Deleito-me na Tua Palavra!
Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais do que o mel para a minha boca! (Salmos 119:103)