No passado, não percebemos que tínhamos em nossas mãos a responsabilidade de frear os valores deturpados do progressismo. Não nos demos conta que não se tratava somente de economia ou política, mas dos valores fundamentais que regem o bem-estar das nossas famílias e compõem a sociedade. Nossas crianças e famílias têm pago um alto preço; nossa educação e cultura também têm pago um alto preço; nossas igrejas têm pago um altíssimo preço. Agora, temos o dever de aprender com os erros do passado para que possamos quebrar com a dominação cultural que nos foi, sutilmente, imposta.
Sara Matsuda
Em sua célebre frase “Um povo que não conhece sua história, está fadado a repeti-la”, Edmund Burke ressalta a importância de conhecermos o processo histórico percorrido pela nossa civilização, para, então, compreendermos o presente momento e intervir nesse ciclo vicioso de autodestruição do indivíduo.
A religião é um dos fatores primordiais para a construção do processo histórico. Ou seja, a religião fez, faz e SEMPRE FARÁ parte da dinâmica humana. A religião é inescapável ao processo de construção de toda civilização. É inegável que no decorrer desse processo, correntes como o iluminismo, humanismo, niilismo e as que delas derivam, engrandeceram o homem – e suas vontades – em detrimento do transcendente e seus princípios.
Viver uma vida pautada nas convicções fundamentais da moral e ética judaico-cristã saíra de cena e dera lugar a cultura efêmera do prazer. Uma cultura caracterizada pela busca desenfreada em satisfazer-se a qualquer custo, jogando por terra tudo aquilo que nos diferencia do reino animal: a consciência e a capacidade de analisar nossos atos.
A cultura da gratificação instantânea sobrepujou a ideia de que somente Deus é a única fonte capaz de transformar o homem e sua mente em algo bom e agradável, tornando-o único em seu sentido de vida e capacitado para exercer o propósito pelo qual cada um foi chamado. Isso corrobora com o que está escrito em Romanos 12:2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Michael Oakeshott assertivamente nos diz que “A esperança depende de encontrar algum fim a ser alcançado que é maior do que um desejo meramente instantâneo.”
Não se deixem enganar por falácias que visam o servilismo ideológico. A guerra espiritual é desencadeada na esfera cultural – e a batalha é travada na mente humana. O objetivo é aprisionar as consciências para que as pessoas percam sua personalidade, fazendo-as de massa de manobra – de tal forma que, cada indivíduo perca o domínio sobre si, descaracterizando-se completamente enquanto ser humano racional, negando Aquele que o criou, segundo Sua própria imagem e semelhança.
A mentalidade revolucionária quer aniquilar toda a influência que a cultura judaico-cristã exerce na civilização ocidental. Quer romper com a crença de que somos mensageiros do Evangelho de Cristo, portadores de promessas e depositários da moral e ética que balizam e sustentam a sociedade de forma coesa.
Nós não seremos escravos dessas ideologias nefastas e não seremos corrompidos por elas. A vida pode nos desgastar ou nos afiar, mas isso depende do aço que somos feitos. Onde há esperança há vontade de lutar e onde há vontade de lutar há um caminho (pensando no cruzamento de afirmações de Santo Agostinho e George Bernard Shaw).
E respondeu-lhe Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”
(João 14:6)