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As 12 regras para a vida – Parte I

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No artigo de hoje serão apresentadas as seis primeiras regras da obra “As 12 Regras para a Vida”, de autoria de Jordan Peterson. Esta obra nos revela direcionamentos importantes sobre nossos propósitos de vida, evidenciando responsabilidades e verdades indispensáveis para a vida do homem contemporâneo.

Êxodo 32:1-4

Vendo o povo que Moisés não desceu logo da montanha, foi ter com Aarão e disse-lhe: “Olha, faz-nos ídolos, para que tenhamos deuses que nos guiem, pois não sabemos o que foi feito desse Moisés que nos tirou do Egito.” “Deem-me os vossos brincos de ouro”, respondeu-lhes Aarão. Assim fizeram todos; as mulheres e os seus filhos e filhas. Aarão fundiu o ouro e moldou-o, dando-lhe a forma de um bezerro. E o povo exclamou: “Ó Israel, aqui tens os teus deuses que te fizeram sair do Egito!”

  • O povo já não era mais escravo de Faraó, mas ERAM ESCRAVOS DE SUAS PRÓPRIAS PAIXÕES.

No livro “As 12 regras para a vida” Jordan Peterson entende que o ser humano precisa de princípios ordenadores da vida ou o caos começa a reinar. Peterson ensina sobre a importância de assumir a responsabilidade de sua própria vida e a responsabilidade de ser genuíno consigo mesmo e com todos ao seu redor.

  • Regra 1: Costas eretas e ombros para trás. 

As pessoas manifestam como estão se sentindo por meio da postura – as deprimidas aparentam falta de ânimo e fraqueza, já as confiantes aparentam vivacidade e força. Muitas vezes mudar a postura pode ser o ponto de partida para mudar as próprias emoções. A expressão corporal amplifica ou enfraquece o estado interno. Nas palavras do próprio Peterson: “Se você se apresentar como derrotado, as pessoas vão reagir a você como se fosse um perdedor. Se começar a se alinhar, elas o olharão e tratarão de forma diferente”.

  • Regra 2: Cuide de si mesmo como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade.

Para entender essa regra é necessário compreender dois termos: CAOS X ORDEM. O caos é o domínio da ignorância, o mundo inexplorado e desconhecido, algo que não entendemos. A ordem representa o território conhecido, organização e hierarquia.

O mundo é perigoso, mas cada indivíduo é perigoso para si mesmo e para os outros. A dupla – ordem e caos – existe não somente fora do ser humano, mas também dentro de cada um.

Motivado por esse pensamento, Peterson pergunta aos pais: “Vocês querem que seus filhos estejam seguros ou que sejam fortes?” Não é possível proteger alguém de tudo, porque o mundo não é só ordem, mas também é caos. A vida cotidiana apresenta o caos – cada vez que se tenta banir tudo que é perigoso e ameaçador, o resultado pode ser o infantilismo. Situações ameaçadoras favorecem o crescimento e impedir o contato com o caos é criar inutilidade nos seres humanos.

FELIZ NÃO É SINÔNIMO DE BOM. O QUE IMPORTA NÃO É FAZER O QUE TE FARÁ FELIZ – É FAZER O QUE RACIONALMENTE VOCÊ SABE QUE É BOM E DEVIDO, MESMO QUE SEJA DESAGRADÁVEL. Por isso é bom saber onde você está, traçar um percurso, saber quem você é e se fortalecer nas limitações. Saber para onde você está indo e assim limitar a extensão do caos em sua vida. 

Para Peterson, reestruturar a ordem é trazer a força divina para o mundo.

  • Regra 3: Seja amigo de pessoas que queiram o melhor para você.

Basicamente, pessoas escolhem amigos ruins por dois motivos: não assumem a responsabilidade da vida e escolhem amizades também irresponsáveis ou se aproximam de pessoas ruins com a intenção de resgatá-las do mal caminho. Existe ainda um risco maior para quem quer tentar puxar um amigo – que está vivendo uma vida ruim – ser puxado para o buraco. A delinquência se espalha com mais facilidade do que a responsabilidade.

Peterson alerta ainda que alguns tentam ajudar os outros por vaidade porque é mais fácil parecer virtuoso ao lado dos irresponsáveis. Segundo o professor, negar a responsabilidade pessoal da vítima é negar a possibilidade da correção. Não adianta ficar ao lado de quem não quer melhorar. Querer melhorar é condição para o progresso. Algumas amizades afundam outras e vivem uma vida miserável apenas para dizer que o mundo é cruel.

  • Regra 4: Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje.

Jordan Peterson deixa claro que ninguém é igual em habilidades ou resultados. Para ele, essa igualdade nunca vai existir e sempre um número pequeno de pessoas será responsável por grandes feitos que superam os da maioria. Mesmo que sempre existam os melhores, não se significa que devemos nos considerar irrelevantes.

REFLITA SE VOCÊ SUPERVALORIZA O QUE NÃO TEM, OU SE SUBVALORIZA O QUE TEM.

Para Peterson, a comparação desfavorável com alguém extraordinário em um domínio, pode inibir a motivação das pessoas e isso paralisa. Qualquer um pode ter mais esperança – se mudar a forma que criticar a si mesmo.

A SOLUÇÃO É ENFRENTAR A SI MESMO BUSCANDO CRESCIMENTO DIÁRIO, CONSCIENTE E COM FOCO.

  • Regra 5: Não deixe que seus filhos façam algo que faça você deixar de gostar deles.

Nessa regra Peterson explica que os pais que permite que seus filhos façam o que querem, estão privando os próprios filhos dos limites que garantem a independência.

Não treinar, disciplinar e encorajar – é colocar a vida delas em risco de não prosperar. O problema é que alguns pais modernos têm medo dos próprios filhos, medo de que eles não gostem deles por causa das correções e exigências. De acordo com Jordan Peterson, pais são como os árbitros da sociedade – não podem simplesmente ser amiguinhos dos filhos. Precisam impor limites para oferecer segurança e criatividade. Quando os limites são retirados, as crianças ficam cada vez mais ousadas buscando uma barreira e se a barreira não vem – e ela pode surgir no formato de punição – os comportamentos indesejados não são parados.

CABE AOS PAIS ESCOLHER: DISCIPLINAR O FILHO OU DEIXAR QUE A CRUELDADE DO MUNDO FAÇA ISSO? 

  • Regra 6: Deixe sua casa em perfeita ordem antes de criticar o mundo.

Você sabe o que há em comum entre as pessoas que cometem assassinato em massa e depois se matam? Peterson explica que, normalmente, foram pessoas feridas no passado. Primeiro odiaram quem fez mal a elas, porém o ódio cresceu e se voltou contra a própria humanidade. Para alguns, isso ainda não seriam motivos para chacinas, mas alguns homicidas e suicidas culparam a Deus, o criador da ordem. Jordan Peterson vê nisso uma forma de culpar a realidade. E se a própria realidade é culpada, ninguém tem a responsabilidade de mudar a própria vida. Não é possível mudar o que passou.

DIANTE DE FATOS RUINS E DA ESTRUTURA REAL – ESTÁ EM NÓS O PODER DE MUDAR AS NOSSAS AÇÕES.

Para exemplificar, Peterson cita Alexandre Soljenítsin (1918-2008). Ele foi prisioneiro em campo soviético, preso, surrado e lançado na prisão pelo próprio povo. Teve câncer. Hitler e Stálin fizeram sua vida ser ainda mais miserável, mas Soljenítsin não colocou a culpa em Deus ou no mundo. Agiu como autor de sua vida e usou o mal para entregar ao mundo uma grande obra que desacreditou o comunismo – seu livro “Arquipélago Gulag.”

Já que todos sofrem, é preciso arrumar a própria vida. As dicas são:

  1. Pare de fazer o que você sabe o que é errado;
  2. Faça somente o que você possa falar com honra;
  3. Não culpe os outros;
  4. Tenha humildade;
  5. Não reorganize o estado sem antes organizar sua própria existência.

Antes de tentar governar cidades, é preciso buscar a paz dentro de casa. 

No próximo artigo serão apresentadas as seis regras finais oferecidas pela obra de Peterson. Não perca!

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