Joana era esposa de Cuza, um oficial de finanças de Herodes Antipas (governador a serviço do Império Romano em Israel). Logo percebemos, então, que, com ousadia, ela não temia expor-se. Provavelmente, seu esposo também era um servo de Deus, pois, do contrário, não permitiria que ela participasse da caravana evangelística, tampouco que auxiliasse no sustento da obra de Deus.
Ao converter-se ao evangelho, Joana foi curada por Jesus de alguma enfermidade ou, como Maria Madalena, liberta de espíritos malignos. Isso fica claro em Lucas 8.2, que nos informa que as mulheres seguidoras de Jesus e sustentadoras da obra evangelística e social que o grupo realizava haviam sido libertas ou curadas.
E também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças; Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios (Lucas 8.2).
Joana, que, certamente, era rica, não se importava de misturar-se ao menos favorecidos e oprimidos para ajudar na obra, com seus recursos financeiros e talentos. Ela seguia com aquela caravana, deixando para trás sua provável casa confortável e sua vida abastada.
Você seria grata a Jesus a tal ponto de agir como Joana? Deixaria, por um tempo, a segurança de seu lar para pregar o evangelho e estaria disposta a sustentar missionários dedicados completamente à missão de salvar vidas no nome do Senhor Jesus?
Posso imaginar Joana, uma mulher rica, mas humilde e devotada à obra de Deus. Há muitas formas de ajudar. Nem todas nós podemos contribuir financeiramente, mas todas temos algum talento que, se posto à disposição do Reino de Deus, tornara-se uma ferramenta para que muitos descubram que é possível viver em paz, ser feliz, liberto, ter uma conduta digna e os problemas resolvidos pela graça do Senhor. Pergunte a Deus como você pode ser útil em Sua obra, e Ele a orientará.
Repare que Joana e as demais mulheres não acompanharam Jesus e seus discípulos em apenas uma viagem a uma cidade. Como vimos, partindo da Galiléia, elas foram caminhando (ou seja, a pé, como de costume na época) 193 quilômetros até Jerusalém, em uma trajetória certamente cansativa e longa.
O Grupo levou, no mínimo, dez dias para concluir o percurso, visto que parava nas cidades para curar, libertar e pregar sobre o Reino de Deus. Enquanto Jesus e os discípulos operavam milagres, as auxiliadoras investiam seus recursos financeiros, comprando o que era necessário e dando testemunho do poder restaurador do Senhor.
Joana, um exemplo de ousadia e humildade, ensina-nos a romper barreiras e a ser, de fato, gratas a Deus, oferecendo-lhe o melhor: nossos recursos, nossa força, nossa vida.
*Este texto é parte da obra “VIVENDO COM OUSADIA” – PASTORA ELIZETE MALAFAIA”.
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