Nós somos o resultado de nossas decisões. Planejamentos, sonhos e
ideais que valem muito, mas o que decidimos é que o determina nosso futuro.
Muitas vezes somos capazes de realizar grandes proezas, noutras
ocasiões hesitamos em tomar uma pequena decisão.
Um jovem foi a Jesus e ouviu do Mestre a proposta que o faria feliz
nesta vida e na eternidade. O jovem, conhecido como “mancebo rico” não foi
capaz de decidir e perdeu-se para sempre. Ele procurou a Pessoa certa, no
momento certo, fez a pergunta certa e ouviu a resposta certa, mas tomou a
decisão errada.
Você é capaz de recordar a última vez em que deixou de tomar uma
importante e acertada decisão?
Menciono, a seguir, algumas das mais acertadas decisões que toda
pessoa precisa tomar nessa vida. E são, todas elas, decisões que não podem
ser adiadas.
A decisão de conhecer a Cristo, Fp 3.10; Oc 6.3. O inferno estará cheio
de pessoas que não se interessaram pela Pessoa de Cristo. Existem milhões
para os quais jamais sobre um minuto para ir à Igreja, para ouvir um sermão,
para ler a Bíblia, etc., etc. Tais pessoas costumam ser profundas conhecedoras
de tudo quanto ocorre no mundo; vivem permanentemente atualizadas, mas
ignoram Jesus. Se a pessoa conhece tudo, mas desconhece Jesus, na
verdade ela nada conhece, pois Jesus é tudo. Que ninguém adie a decisão de
conhecer a Jesus.
“Os ímpios serão lançados no inferno, e todos os que se
esquecem de Deus”, Sl 9.17.
A decisão de receber a Cristo, Jo 1.12. Receber a Cristo é algo
individual e deve sempre ser uma decisão consciente. Enquanto Satanás usa
de violência para possuir e dominar as pessoas, o Senhor Jesus declara: “Eis
que estou à porta e bato; se alguém ouvir… e abrir, entrarei”. Ap 3.20. Que
postura elegante a do Senhor. Ele respeita as decisões de cada um. Somente
quem recebe a Cristo alcança o direito de ser filho de Deus. Não se trata
apenas de receber a Cristo em sua casa, como Zaqueu (Lc 19), mas recebê-lo
no coração, o lugar onde o Senhor deseja fazer morada, Jo 14.23.
A decisão de amar a Cristo, Jo 14.15. Ninguém pode amar alguém por
pressão. Nenhum tipo de persuasão é suficientemente capaz de injetar amor
verdadeiro em qualquer coração. Amar é uma decisão racional, mas
espontânea. Uma decisão totalmente livre. Mas quem decidiu conhecer a
Cristo e recebê-lo no coração, intuitivamente será constrangido a amá-Lo.
Nosso amor a Cristo é um fruto do Seu amor por nós. O apóstolo João
escreveu: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro”. I Jo 4.19. Amar a
Cristo nos abre a porta para a posse de exuberantes tesouros espirituais.
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e
aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei
a ele”
A decisão de pertencer a Cristo, I Co 1.30. A quarta decisão que aqui
menciono é a de pertencer a Cristo, ou seja, firmar um compromisso com Ele.
O verdadeiro Cristianismo não é um ajuntamento de pessoas que simpatizam
com Cristo, senão uma comunidade de pessoas totalmente comprometidas
com a Pessoa de Cristo, Sua Palavra e Sua Igreja. Pertencer a Cristo envolve
manter comunhão com Ele, depender de Seus ensinamentos e obedecer Suas
ordens. Pertencer a Cristo é uma decisão que nos separa dos compromissos
com o mundo da concupiscência e nos leva uma senda de santificação, pois
“ninguém pode servir a dois senhores”, como declarou o Mestre, Mt 6.24; Lc
16.13. Pertencer a Cristo significa fazer parte da família de Deus. Pertencer a
Cristo significa seguir a trilha de Paulo, que disse: “E a vida que agora vivo
vivo-a na fé do Filho de Deus”, Gl 2.20.
A decisão de seguir a Cristo, Mt 4.19. As decisões de pertencer e seguir
a Cristo são decisões gêmeas. Se a Ele pertencemos, então deveremos seguir-
lHe os passos. Se O seguimos, é porque pertencemos. Todos os membros da
Igreja de Cristo foram por Ele chamados a seguir-Lo, Mt 4.19. Nossa decisão
de seguir significa que estamos prontos para enfrentar os desafios, as
tentações, as provações e as tribulações, na firme disposição de ser fiel até a
morte, Ap 2.10. Não poucos foram aqueles que seguiram a Cristo por um certo
tempo, e depois Dele se separaram. Os tais não provarão a vida eterna.
“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a
aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”.
A decisão de servir a Cristo, Jo 12.28. Servir é um verbo de importância
capital na vida dos filhos de Deus. A salvação consiste fundamentalmente em
crer na morte e ressurreição de Cristo e recebê-Lo como Salvador e Senhor. A
Igreja é o único lugar no mundo em que servir é simplesmente honroso e
totalmente belo. Segundo a carta de Paulo aos Tessalonicenses, a salvação
tem dois propósitos básicos na vida de cada um de nós: 1) servir o Deus vivo e
verdadeiro; 2) esperar dos Céus a Jesus Cristo, II Ts 1.9,10. Muitas atividades
que executamos nesta vida são limitadas e não a exerceremos no Céu. Porém
a Bíblia declara que no Céu serviremos a Deus eternamente. O serviço que
prestamos a Deus nesta vida possui 3 dimensões: a) o serviço devocional,
realizado individualmente por todos os crentes em Cristo; 2) o serviço
sacerdotal, praticado por todos os intercessores que estão espalhados neste
mundo e 3) o serviço promocional, executado por tantos quantos estão
envolvidos com o labor evangelístico e a tarefa missionária. Cada servo de
Cristo receberá dEle o devido galardão por tudo que houver feito nesta vida
para o Senhor e Sua Obra, Ap 22.121.
A decisão de obedecer a Cristo, Rm 6.16. O apóstolo Paulo declarou
que o pecado entrou no mundo pela desobediência de um homem, Adão,
assim como a salvação se tornou possível a todos nós pela obediência de
Cristo. “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram
feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão feitos justos”.
A obediência de Cristo não somente satisfaz todos os requerimentos da
justiça divina. Ela se tornou o padrão universal para todos os que decidem
seguir e servir a Cristo. Para Deus obediência vale muito mais que qualquer
sacrifício, I Sm 15.22. Obediência foi a grande marca dos heróis da fé, como
Noé, Abraão, Moisés, etc., etc. A decisão de obedecer não pode ser adiada.
Finalmente não se pode nem se deve adiar a decisão de esperar a
Cristo, I Ts 1.10. A volta de Cristo é a suprema esperança da Igreja. Para ela
se volta o olhar de todos os que têm sido redimidos pelo sangue do Cordeiro.
Ela é o estuário para onde convergem todos os rios de sentimentos,
expectativas e emoções de nossa alma. Sabemos que Ele voltará por causa
dos profetas que predisseram, por causa das promessas pessoais do Senhor,
por causa da palavra clara dos anjos, por causa dos sinais que acontecem
diariamente no mundo e por causa do testemunho que o Espírito projeta no
mais interior de nossa vida. Tomamos a decisão de entoar o nosso
MARANATA, esse grito de guerra que declara a inabalável confiança da Igreja
no regresso triunfal Daquele que era, que é e que há de ser eternamente. A Ele
seja a glória, pelos séculos dos séculos.