Os valores éticos e morais na educação são princípios fundamentais que orientam o comportamento dos indivíduos e estabelecem padrões de conduta. Eles são essenciais no desenvolvimento dos estudantes, ajudando-os a se tornarem cidadãos responsáveis, respeitosos e éticos.
Alguns valores éticos e morais na educação incluem:
- Respeito: Valorizar a diversidade, tratar os outros com cortesia e consideração, reconhecer a igualdade e promover a inclusão.
- Honestidade: Ser verdadeiro e sincero, agindo de forma ética e íntegra em todas as situações.
- Responsabilidade: Assumir as consequências de suas ações e comprometer-se com o cumprimento de seus deveres e obrigações.
- Empatia: Desenvolver a capacidade de entender e compartilhar dos sentimentos dos outros, mostrando compaixão e solidariedade.
- Justiça: Promover a igualdade de oportunidades, tratar todas as pessoas de forma justa e equitativa, e lutar contra a discriminação.
- Tolerância: Aceitar as diferenças culturais, religiosas e ideológicas; respeitando a liberdade de expressão e o direito de cada um de ter suas próprias opiniões.
- Confiança: Construir relações baseadas na integridade; estabelecendo vínculos de confiança mútua entre estudantes, professores e demais membros da comunidade escolar.
- Solidariedade: Colaborar com os outros, ajudando aqueles que estão em situação de necessidade, e promover a participação ativa na resolução de problemas coletivos.
- Autodisciplina: Desenvolver a capacidade de controlar impulsos e adiar gratificações; cultivando a perseverança, a paciência e o autorrespeito.
- Gratidão: Reconhecer e valorizar as oportunidades educacionais, bem como expressar apreço pelos esforços dos outros e expressar gratidão pelo conhecimento adquirido.
Esses valores éticos e morais na educação contribuem para a formação de indivíduos éticos, empáticos e responsáveis; capazes de tomar decisões responsáveis e contribuir positivamente para a sociedade. Infelizmente, esse não é o ideal da ideologia marxista, que é uma teoria política, econômica e social desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX.
O marxismo busca analisar a sociedade a partir de uma perspectiva materialista e dialética, enfocando as relações de produção e a luta de classes. Nessa análise, a sociedade é dividida em classes sociais com interesses antagônicos, principalmente entre a classe trabalhadora, que vende sua força de trabalho, e a classe capitalista, que detém os meios de produção. Segundo essa visão, o capitalismo gera exploração e opressão, levando à desigualdade e alienação dos trabalhadores.
O objetivo do marxismo é alcançar o que não deu certo em lugar nenhum do mundo humano, uma sociedade sem classes, conhecida como socialismo ou comunismo, em que a propriedade privada dos meios de produção é abolida, e os bens são distribuídos de forma equitativa, o que se prova um engodo para que poucos dominem sobre muitos. Para isso, o marxismo defende, falaciosamente, a necessidade de uma revolução proletária, na qual a classe trabalhadora toma o controle do Estado para transformar as estruturas sociais.
Neste artigo, a aderência não é a pessoa, mas as ideias. Não se desqualifica a pessoa de Paulo Freire e suas condecorações, mas o prejuízo patente na educação, após mais de cinquenta anos do método implementado em 1970, em um grupo de 300 trabalhadores dos canaviais de Angicos, no Recife.
Paulo Freire (1921-1997) foi um educador e filósofo brasileiro reconhecido internacionalmente por sua metodologia de ensino, que coloca o aluno como protagonista do próprio aprendizado, influenciando o movimento chamado Pedagogia Crítica.
O pensamento pedagógico desenvolvido por Paulo Freire é assumidamente político. Freire defende que o principal objetivo da educação é conscientizar o estudante, tornando-o mais crítico, sobretudo a respeito de suas próprias condições.
Ou seja, para ele a educação deve ser democrática e libertadora, pois uma vez que chega às parcelas mais desfavorecidas da população, deveria incentivá-las a reconhecer sua situação de opressão e a lutar pela sua própria libertação.
Paulo Freire qualifica o formato tradicional de educação como alienante, pois não desenvolve a criticidade dos alunos e reprime sua curiosidade e criatividade, além de não ser menos ideologizada do que a metodologia por ele sugerida.
Um olhar mais acurado para as obras escritas de Paulo Freire permite perceber sua ênfase na revisão da relação entre educadores e alunos, como chave para a educação “libertadora das massas” e na proposta de uma educação que possa acabar com a exclusão social, relacionando educação, conscientização e inclusão.
Paulo Freire era inteiramente contra a visão tradicional da educação (de transferência de conhecimento), que vê o professor como aquele que possui a sabedoria e o aluno como aquele que recebe essa bagagem. Ele propôs um método, em que professores e alunos dialogavam, e o aprendizado se fazia com base nas necessidades diárias reais dos alunos. A educação, para Paulo Freire, era um ato coletivo e solidário.
O educador criou um método de ensino inovador acreditando que a educação, sem dúvida, éuma ferramenta essencial para a transformação da sociedade, e que tem o sujeito social como horizonte formativo. E, para isso, a alfabetização sempre será o primeiro passo nessa busca, alcançando as crianças, que dão seus primeiros passos na busca do conhecimento, da integração à sociedade e sua consequente transformação.
O que deve ficar claro é que o método freiriano de alfabetização foi idealizado para e aplicado em um grupo de trabalhadores adultos, alijados do processo educacional, mas com vivência de mundo e com capacidade cognitiva desenvolvida para entender as questões pertinentes à sua realidade. O que não é o caso de crianças, pobres ou ricas, privilegiadas ou não, que ainda não possuem seu senso de mundo formado.
A inocência de uma criança é caracterizada por sua ingenuidade, falta de malícia e falta de conhecimento sobre os aspectos mais sombrios e complexos do mundo. Uma criança inocente geralmente é pura e sincera em suas emoções e ações, sem a malícia ou a capacidade de fazer julgamentos morais complexos. A inocência também pode ser vista na confiança inabalável que uma criança tem em seus pais, cuidadores e mestres; bem como na sua capacidade de se maravilhar e encantar com ações simples e cotidianas. Além disso, uma criança inocente tende a acreditar nas boas intenções dos outros e não tem uma compreensão plena das realidades mais duras do mundo. E é dessa ingenuidade e falta de malícia infantis que, covardemente, os ideólogos marxistas lançam mão para fazer deles seus veículos de perversão dos valores éticos e morais de uma sociedade, buscando a falência da família tradicional, que é o objetivo final da ideologia marxista.
Vários dos alunos adultos expostos ao método freiriano, depois de alfabetizados, passaram a refletir sobre o trabalho, a ler artigos da constituição brasileira e a cobrar direitos que antes não tinham como férias, dias de descanso e proteção em caso de desemprego ou doença. Não há demérito nisso, pois é a que a educação se propõe. A questão séria e preocupante é que, subliminarmente, o que se vê é uma abordagem socialista a estimular a independência do aluno sutilmente subordinada aos ideais socialistas.
Na obra “Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire fala bastante sobre a relação entre opressores e oprimidos e sobre a dinâmica da sociedade que condena alguns e premia outros; subvertendo implicitamente a meritocracia, ideal sempre perseguido pelo socialismo, que busca neutralizar os talentos naturais que premiam os mais esforçados em detrimento daqueles que se acomodam à sombra do Estado. Toda a educação proposta por Paulo Freire passa pelo diálogo e pela troca sem hierarquias: professor e aluno são vistos como iguais.
Freire defendia uma educação libertadora, que capacitasse as pessoas a compreenderem sua realidade e a transformá-la, por meio da conscientização e da ação coletiva. Ele via a educação como uma ferramenta essencial na luta por justiça social e igualdade.
Há quem defenda a ideia de que o mérito de Paulo Freire está no método que valoriza a “consciência crítica, transformadora e diferencial, que emerge da educação como uma prática de liberdade”.
A pedagogia moderna, contaminada com a cosmovisão freiriana de educação, diz que o professor deve propor situações de ensino baseadas nas descobertas espontâneas dos alunos. A aprendizagem se realiza por intermédio da conduta ativa do aluno, que aprende mediante o que ele faz e não o que faz o professor. É a busca pelo empoderamento dos indivíduos, especialmente os mais marginalizados socialmente.
Nisso é perceptível a aderência de Paulo Freire à ideologia política de pensamento progressista, com uma forte influência marxista. Ele acreditava na luta contra a opressão e na emancipação dos oprimidos, especialmente, no contexto das desigualdades sociais
Seu trabalho foi influente tanto na educação formal quanto em iniciativas de educação popular e comunitária. Embora a abordagem de Freire seja amplamente reconhecida e aplicada em diversos países ao redor do mundo, a obra do educador brasileiro está longe de ser unanimidade entre os países que costumam liderar o ranking Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
A crítica que se faz ao método freiriano não é nova. Nos anos 1970, o pedagogo John L. Elias, então professor da Universidade de Nova Jersey, escreveu muito a respeito de Paulo Freire. O educador brasileiro foi tema de sua tese de doutorado. Em texto de 1975, Elias apontou “sérios problemas no método” do brasileiro: “A teoria da aprendizagem de Freire está subordinada a propósitos políticos e sociais. Tal teoria se abre para acusações de doutrinação e manipulação”, afirmou ele. “A teoria de Freire da aprendizagem é doutrinária e manipuladora?”, provocou.
Elias apontou que o educador brasileiro via “os sistemas educacionais do Terceiro Mundo como o principal meio que as elites opressoras usam para dominar as massas”. “Conhecimento e aprendizado são políticos para Freire, porque eles são o poder para aqueles que os geram, como são para aqueles que os usam”, argumentou.
Para especialistas em educação ouvidos pela BBC News Brasil, entretanto, a raiz da controvérsia em torno da pedagogia de Paulo Freire não é sua aplicação em si – mas o uso político-partidário que foi feito dela, historicamente e, mais do que nunca, nos dias atuais.
Como visto, Paulo Freire, o educador, também era, em essência, Paulo Freire, o filósofo marxista, o político progressista, com todas as suas implicações. Em torno dele e, principalmente, do seu método de alfabetização para adultos surgiram várias quimeras impostas à sociedade como panaceias para os problemas sociais sob o viés, ressalte-se, marxista-progressista.
Em uma sociedade que se quer desenvolvida, ética e moralmente, deve-se, sem dúvida, valorizar a educação; mas uma educação que respeite os valores judaico-cristãos herdados e que promova a paz social e o desenvolvimento pessoal sem o viés ideológico que busca desvalorizar a meritocracia e subverter os valores éticos, morais e, principalmente, a família como núcleo divino de crescimento. Uma educação que não respeite esses padrões jamais funcionará.