Menu

Fé que persevera

Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram
Compartilhar no facebook
Compartilhar no email

“Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?”

(Lucas 18.7-8)

Jesus contou a parábola da viúva persistente para ensinar sobre perseverança na oração. No mundo judaico, viúvas eram símbolo de vulnerabilidade, pois não tinham poder político, não tinham voz na justiça, dependiam da misericórdia de outros. E, justamente por isso, Jesus escolheu essa figura. Ela representa todos os que não têm recursos, mas não desistem de clamar.

O juiz da parábola era injusto, sem temor a Deus ou consideração pelos homens. Ainda assim, pela insistência daquela mulher, ele cedeu. Jesus então faz um contraste. Se até um juiz corrupto pode agir por insistência, quanto mais Deus, que é justo, ouvirá o clamor dos seus filhos.

Na teologia pentecostal, esse texto é um chamado à oração fervorosa, constante e cheia de fé. Nós sabemos que o Espírito Santo é quem move o coração do crente a clamar “dia e noite” (Rm 8.26-27). Para o pentecostalismo, orar não é apenas repetir palavras, mas entrar em comunhão viva com o Deus que age no presente, que responde, que faz justiça e que manifesta sinais e milagres no meio do Seu povo.

O “clamor” da viúva se assemelha ao clamor da Igreja que, movida pelo Espírito, não se cala diante da injustiça, do sofrimento e da opressão. A oração não é vista como resignação, mas como arma espiritual. Quem ora não cruza os braços, mas abre o Céu.

Vivemos em um tempo em que muitos perdem a esperança rapidamente. A cultura atual valoriza a rapidez, mensagens instantâneas, respostas imediatas, resultados visíveis. Mas o Reino de Deus opera em outra lógica: perseverança, fé, espera.

Jesus pergunta: “Quando o Filho do Homem vier, encontrará fé na terra?”
É como se dissesse: “Haverá ainda pessoas que acreditam no poder da oração, mesmo quando não veem resposta imediata? Haverá ainda homens e mulheres que confiam na justiça de Deus, mesmo quando tudo parece injusto?”

Essa pergunta ecoa em nossa geração. Em um mundo marcado por desigualdade, corrupção e violência, Deus ainda encontra um povo que clama dia e noite por justiça? Em meio a tanta pressa e descrença, há ainda quem dobre os joelhos em secreto e diga: “Senhor, eu confio em Ti”?

A fé que Jesus procura não é apenas doutrinária, mas prática, fé que ora, espera, insiste, chora, clama, e não solta a mão de Deus. Talvez hoje você se sinta como aquela viúva, vulnerável, esquecido, sem forças. Mas a Palavra garante que o Deus justo ouve o seu clamor. Ele pode demorar aos nossos olhos, mas nunca chega tarde.

Continue orando. Continue crendo. Continue clamando.
Porque o Deus que prometeu é fiel para fazer justiça.
E quando Cristo voltar, que Ele encontre em nós essa fé viva, perseverante e cheia do fogo do Espírito.

Publicações Relacionadas

Devocional
Déborah Freire

O ponto final

Pronto. Agora quero fazer algo por ela! Mas o quê? Um filho.Se considerarmos a narrativa bíblica, veremos que a sunamita não pediu nada em troca

Leia mais
Devocional
Paulo Maskote

Como eles souberam?

“Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam os seus rebanhos durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu

Leia mais

Outras Publicações

Devocional
Aline Brum

O DIA DAS PEQUENAS COISAS

Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas?… (Zacarias 4:10) De forma geral, o ser humano, tem um certo impulso de querer mais. Nada demais

Leia mais
Mulher Vitoriosa
Elizete Malafaia

Vida com Deus

A vida com Deus é o resultado do amor dEle por nós: Nós amamos porque ele nos amou primeiro (1 João 4:20 – leia também

Leia mais