Menu

A Fábula Paulo Freire: Por que não funciona?

Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram
Compartilhar no facebook
Compartilhar no email

Os valores éticos e morais na educação são princípios fundamentais que orientam o comportamento dos indivíduos e estabelecem padrões de conduta. Eles são essenciais no desenvolvimento dos estudantes, ajudando-os a se tornarem cidadãos responsáveis, respeitosos e éticos.

Alguns valores éticos e morais na educação incluem:

  • Respeito: Valorizar a diversidade, tratar os outros com cortesia e consideração, reconhecer a igualdade e promover a inclusão.
  • Honestidade: Ser verdadeiro e sincero, agindo de forma ética e íntegra em todas as situações.
  • Responsabilidade: Assumir as consequências de suas ações e comprometer-se com o cumprimento de seus deveres e obrigações.
  • Empatia: Desenvolver a capacidade de entender e compartilhar dos sentimentos dos outros, mostrando compaixão e solidariedade.
  • Justiça: Promover a igualdade de oportunidades, tratar todas as pessoas de forma justa e equitativa, e lutar contra a discriminação.
  • Tolerância: Aceitar as diferenças culturais, religiosas e ideológicas; respeitando a liberdade de expressão e o direito de cada um de ter suas próprias opiniões.
  • Confiança: Construir relações baseadas na integridade; estabelecendo vínculos de confiança mútua entre estudantes, professores e demais membros da comunidade escolar.
  • Solidariedade: Colaborar com os outros, ajudando aqueles que estão em situação de necessidade, e promover a participação ativa na resolução de problemas coletivos.
  • Autodisciplina: Desenvolver a capacidade de controlar impulsos e adiar gratificações; cultivando a perseverança, a paciência e o autorrespeito.
  • Gratidão: Reconhecer e valorizar as oportunidades educacionais, bem como expressar apreço pelos esforços dos outros e expressar gratidão pelo conhecimento adquirido.

Esses valores éticos e morais na educação contribuem para a formação de indivíduos éticos, empáticos e responsáveis; capazes de tomar decisões responsáveis e contribuir positivamente para a sociedade. Infelizmente, esse não é o ideal da ideologia marxista, que é uma teoria política, econômica e social desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX.

O marxismo busca analisar a sociedade a partir de uma perspectiva materialista e dialética, enfocando as relações de produção e a luta de classes. Nessa análise, a sociedade é dividida em classes sociais com interesses antagônicos, principalmente entre a classe trabalhadora, que vende sua força de trabalho, e a classe capitalista, que detém os meios de produção. Segundo essa visão, o capitalismo gera exploração e opressão, levando à desigualdade e alienação dos trabalhadores.

O objetivo do marxismo é alcançar o que não deu certo em lugar nenhum do mundo humano, uma sociedade sem classes, conhecida como socialismo ou comunismo, em que a propriedade privada dos meios de produção é abolida, e os bens são distribuídos de forma equitativa, o que se prova um engodo para que poucos dominem sobre muitos.  Para isso, o marxismo defende, falaciosamente, a necessidade de uma revolução proletária, na qual a classe trabalhadora toma o controle do Estado para transformar as estruturas sociais.

Neste artigo, a aderência não é a pessoa, mas as ideias. Não se desqualifica a pessoa de Paulo Freire e suas condecorações, mas o prejuízo patente na educação, após mais de cinquenta anos do método implementado em 1970, em um grupo de 300 trabalhadores dos canaviais de Angicos, no Recife.

Paulo Freire (1921-1997) foi um educador e filósofo brasileiro reconhecido internacionalmente por sua metodologia de ensino, que coloca o aluno como protagonista do próprio aprendizado, influenciando o movimento chamado Pedagogia Crítica.

O pensamento pedagógico desenvolvido por Paulo Freire é assumidamente político. Freire defende que o principal objetivo da educação é conscientizar o estudante, tornando-o mais crítico, sobretudo a respeito de suas próprias condições.

Ou seja, para ele a educação deve ser democrática e libertadora, pois uma vez que chega às parcelas mais desfavorecidas da população, deveria incentivá-las a reconhecer sua situação de opressão e a lutar pela sua própria libertação.

Paulo Freire qualifica o formato tradicional de educação como alienante, pois não desenvolve a criticidade dos alunos e reprime sua curiosidade e criatividade, além de não ser menos ideologizada do que a metodologia por ele sugerida.

Um olhar mais acurado para as obras escritas de Paulo Freire permite perceber sua ênfase na revisão da relação entre educadores e alunos, como chave para a educação “libertadora das massas” e na proposta de uma educação que possa acabar com a exclusão social, relacionando educação, conscientização e inclusão.

Paulo Freire era inteiramente contra a visão tradicional da educação (de transferência de conhecimento), que vê o professor como aquele que possui a sabedoria e o aluno como aquele que recebe essa bagagem. Ele propôs um método, em que professores e alunos dialogavam, e o aprendizado se fazia com base nas necessidades diárias reais dos alunos. A educação, para Paulo Freire, era um ato coletivo e solidário. 

O educador criou um método de ensino inovador acreditando que a educação, sem dúvida, éuma ferramenta essencial para a transformação da sociedade, e que tem o sujeito social como horizonte formativo. E, para isso, a alfabetização sempre será o primeiro passo nessa busca, alcançando as crianças, que dão seus primeiros passos na busca do conhecimento, da integração à sociedade e sua consequente transformação.

O que deve ficar claro é que o método freiriano de alfabetização foi idealizado para e aplicado em um grupo de trabalhadores adultos, alijados do processo educacional, mas com vivência de mundo e com capacidade cognitiva desenvolvida para entender as questões pertinentes à sua realidade. O que não é o caso de crianças, pobres ou ricas, privilegiadas ou não, que ainda não possuem seu senso de mundo formado.

A inocência de uma criança é caracterizada por sua ingenuidade, falta de malícia e falta de conhecimento sobre os aspectos mais sombrios e complexos do mundo. Uma criança inocente geralmente é pura e sincera em suas emoções e ações, sem a malícia ou a capacidade de fazer julgamentos morais complexos. A inocência também pode ser vista na confiança inabalável que uma criança tem em seus pais, cuidadores e mestres; bem como na sua capacidade de se maravilhar e encantar com ações simples e cotidianas. Além disso, uma criança inocente tende a acreditar nas boas intenções dos outros e não tem uma compreensão plena das realidades mais duras do mundo. E é dessa ingenuidade e falta de malícia infantis que, covardemente, os ideólogos marxistas lançam mão para fazer deles seus veículos de perversão dos valores éticos e morais de uma sociedade, buscando a falência da família tradicional, que é o objetivo final da ideologia marxista.

Vários dos alunos adultos expostos ao método freiriano, depois de alfabetizados, passaram a refletir sobre o trabalho, a ler artigos da constituição brasileira e a cobrar direitos que antes não tinham como férias, dias de descanso e proteção em caso de desemprego ou doença. Não há demérito nisso, pois é a que a educação se propõe. A questão séria e preocupante é que, subliminarmente, o que se vê é uma abordagem socialista a estimular a independência do aluno sutilmente subordinada aos ideais socialistas.

Na obra “Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire fala bastante sobre a relação entre opressores e oprimidos e sobre a dinâmica da sociedade que condena alguns e premia outros; subvertendo implicitamente a meritocracia, ideal sempre perseguido pelo socialismo, que busca neutralizar os talentos naturais que premiam os mais esforçados em detrimento daqueles que se acomodam à sombra do Estado. Toda a educação proposta por Paulo Freire passa pelo diálogo e pela troca sem hierarquias: professor e aluno são vistos como iguais. 

Freire defendia uma educação libertadora, que capacitasse as pessoas a compreenderem sua realidade e a transformá-la, por meio da conscientização e da ação coletiva. Ele via a educação como uma ferramenta essencial na luta por justiça social e igualdade.

 Há quem defenda a ideia de que o mérito de Paulo Freire está no método que valoriza a “consciência crítica, transformadora e diferencial, que emerge da educação como uma prática de liberdade”.

A pedagogia moderna, contaminada com a cosmovisão freiriana de educação, diz que o professor deve propor situações de ensino baseadas nas descobertas espontâneas dos alunos. A aprendizagem se realiza por intermédio da conduta ativa do aluno, que aprende mediante o que ele faz e não o que faz o professor. É a busca pelo empoderamento dos indivíduos, especialmente os mais marginalizados socialmente.

Nisso é perceptível a aderência de Paulo Freire à ideologia política de pensamento progressista, com uma forte influência marxista. Ele acreditava na luta contra a opressão e na emancipação dos oprimidos, especialmente, no contexto das desigualdades sociais

Seu trabalho foi influente tanto na educação formal quanto em iniciativas de educação popular e comunitária. Embora a abordagem de Freire seja amplamente reconhecida e aplicada em diversos países ao redor do mundo, a obra do educador brasileiro está longe de ser unanimidade entre os países que costumam liderar o ranking Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

A crítica que se faz ao método freiriano não é nova. Nos anos 1970, o pedagogo John L. Elias, então professor da Universidade de Nova Jersey, escreveu muito a respeito de Paulo Freire. O educador brasileiro foi tema de sua tese de doutorado. Em texto de 1975, Elias apontou “sérios problemas no método” do brasileiro: “A teoria da aprendizagem de Freire está subordinada a propósitos políticos e sociais. Tal teoria se abre para acusações de doutrinação e manipulação”, afirmou ele. “A teoria de Freire da aprendizagem é doutrinária e manipuladora?”, provocou.

Elias apontou que o educador brasileiro via “os sistemas educacionais do Terceiro Mundo como o principal meio que as elites opressoras usam para dominar as massas”. “Conhecimento e aprendizado são políticos para Freire, porque eles são o poder para aqueles que os geram, como são para aqueles que os usam”, argumentou.

Para especialistas em educação ouvidos pela BBC News Brasil, entretanto, a raiz da controvérsia em torno da pedagogia de Paulo Freire não é sua aplicação em si – mas o uso político-partidário que foi feito dela, historicamente e, mais do que nunca, nos dias atuais. 

Como visto, Paulo Freire, o educador, também era, em essência, Paulo Freire, o filósofo marxista, o político progressista, com todas as suas implicações. Em torno dele e, principalmente, do seu método de alfabetização para adultos surgiram várias quimeras impostas à sociedade como panaceias para os problemas sociais sob o viés, ressalte-se, marxista-progressista.

Em uma sociedade que se quer desenvolvida, ética e moralmente, deve-se, sem dúvida, valorizar a educação; mas uma educação que respeite os valores judaico-cristãos herdados e que promova a paz social e o desenvolvimento pessoal sem o viés ideológico que busca desvalorizar a meritocracia e subverter os valores éticos, morais e, principalmente, a família como núcleo divino de crescimento. Uma educação que não respeite esses padrões jamais funcionará.

Publicações Relacionadas

NPC
Ana Clara Sterque

Precisamos Falar sobre Barbie

O filme Barbie foi lançado recentemente e foi sem dúvida, um dos maiores sucessos de marketing e de bilheteria. Em apenas 3 semanas o lançamento

Leia mais
NPC
Pr Eurípides Rodrigues das Neves

O CRISTÃO E A POLÍTICA

INTRODUÇÃO O que venha a ser política? Que influência ela traz sobre a vida do cidadão cristão? E por que o cristão deve participar ativamente

Leia mais

Outras Publicações

Our Faith
Verônica de Souza

Nothing Satisfies Like God

For years, I wanted my ministry to grow. When it didn’t, I became frustrated and dissatisfied. I fasted, prayed, and tried everything I knew to get more people to come to my meetings. I remember complaining when God wouldn’t give me the increase I wanted. Then I would leave the meeting questioning, What am I doing wrong, God? Why aren’t You blessing me? I’m fasting. I’m praying. I’m giving and believing. I was so frustrated. I even asked, “God! Why are You doing this to me?” He said, “Joyce, I am teaching you that man does not live by bread alone.”

Leia mais
Our Faith
Verônica de Souza

A New Thing

Do you ever get really tired of doing the same old thing all the time? You might want to do something different, but you either don’t know what to do, or you’re afraid to step out and try the new thing you’ve been thinking about.

Leia mais