Recomendo-lhes nossa irmã Febe, serva da igreja em Cencréia. Peço que a recebam no Senhor, de maneira digna dos santos e lhe prestem a ajuda de que venha a necessitar, pois tem sido de grande auxílio para muita gente, inclusive para mim (Romanos 16.1,2)
A Bíblia nos fornece apenas dois versículos a respeito de Febe, mas veremos o quanto temos a aprender com essa mulher, uma ativa participante da Igreja em Cencréia. No original grego, o termo traduzido por serva é diakonos, portanto Febe era uma diaconisa.
Isso nos mostra que não há motivo para qualquer discriminação acerca da mulher na igreja ser investida em um cargo, desde que suas tarefas sejam executadas com honestidade, seriedade, competência e unção. A igreja em Cencréia ficava no porto da cidade de Corinto, em um território da Grécia antiga, na costa do mar Egeu (situado entre a Europa e a Ásia).
A igreja em Corinto, para a qual foram destinadas as cartas de Paulo que constam nas Escrituras (1 e 2 Coríntios), sempre se envolveu com o trabalho de missões, e foi elogiada pelo apóstolo no que diz respeito à ação social.
Embora em sua primeira carta aos Coríntios o apóstolo considerasse a igreja local imatura e carnal por haver ranços do paganismo (veja 1 Co 3.1-3; 5; 10.1-14), isso foi totalmente solucionado como se vê em toda a Segunda Epístola aos Coríntios.
Assim, embora Febe não fizesse parte da Igreja em Corinto, ela vivia em uma região em que o amor ao próximo era ato comum entre os cristãos, bem como a busca pela santificação (2 Co 8.7-15).
O nome Febe era muito comum na mitologia grega e significa radiante, iluminado e brilhante. Como na Antiguidade, os nomes sempre se relacionavam ao nomeado ou à família dele (descendência, benção, ou maldição sobre o recém-nascido, ídolo adorado etc.), e Febe provavelmente fazia parte de uma família grega. Podemos perceber que ela pertenceu a um lar no qual era adorado Apolo (deus da polis, da cidade), pois os adjetivos do nome dela são justamente os que eram dedicados a ele. Assim ao que parece, Febe recebeu esse nome em homenagem ao “radiante Apolo”.
Não sabemos se apenas Febe se converteu ao evangelho (ou seus pais também se converteram), entretanto, o que importa é que, a partir de tal momento, ela passou a ser iluminada pelo único Deus que possui a verdadeira luz (capaz de dissipar e transformar vidas) e a transmiti-la a muitos por meio de um viver dedicado ao serviço evangelístico e social.
Febe, cujo nome apontava para o “nada brilhante Apolo” após ser transformada pelo Senhor Jesus, passou a viver com ousadia e a iluminar muitas pessoas, dedicando – lhes o melhor de si. Isso é conversão! Febe ousou compartilhar o que tinha, ajudando os mais necessitados, por isso Paulo a elogiou.
*Este texto é parte da obra “VIVENDO COM OUSADIA” – PASTORA ELIZETE MALAFAIA”.
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