A nova posição de importância da mulher na sociedade foi fomentada por Jesus, cumprindo-se que o que prenunciava a profecia de Joel 2.28,29:
E, depois disso, derramarei o meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias.
Glória a Deus, que nos concedeu Seu Espírito a todas as pessoas independente de grupos sociais!
A atitude respeitosa de Jesus para com as mulheres (bem como para os pobres, enfermos e oprimidos) causava escândalo e até indignação (veja Mc 5.25-34; Lc 7.36-50; 13.10-16).
Certa ocasião, os escribas e fariseus levaram à Sua presença uma mulher pega em flagrante adultério, e perguntaram a Jesus se achava que ela deveria ser apedrejada (leia esta história em Jo 8.2-11) –“inexplicavelmente”, o homem adúltero não foi levado também, conforme mandava a Lei, para que ambos fossem apedrejados.
Aqueles religiosos queriam testar o Mestre, buscando uma prova para acusá-lo. Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo (Jo 8.6). Então, Ele disse: “Se algum de vocês estiver em pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” (Jo 8:7b). Um a um, todos os acusadores se retiraram. Jesus perdoou os pecados da adúltera, que certamente se tornou uma nova criatura e serva fiel do Senhor.
Em outra ocasião, Jesus conversou com uma mulher samaritana à beira de um poço (leia a história completa em Jo 4.5-30). Isso representava um “duplo escândalo”, pois Ele não só falou com uma mulher (atitude condenada pelos rabinos, que consideravam toda mulher fonte de pecados sexuais e, por isso, proibiam conversas entre homens e mulheres), mas com uma mulher que pertencia a um povo inimigo dos judeus (veja Jo 4.9). Os discípulos se admiraram que o Mestre estivesse falando com ela (veja Jo 4.27), mas não o criticara; ao contrário, aprenderam com Ele a não fazerem acepção de pessoas, porque, para com Deus, não há acepção de pessoas (Rm 2.11,ARC).
Não podemos esquecer também a mulher pecadora (talvez uma prostituta) que ungiu os pés de Jesus com puro alabastro e, quando chorava a Seus pés e suas lágrimas caíam sobre eles, enxugava-os como os seus cabelos e beijava-os (Leia a história completa em Lc 7.36-50). Evidentemente, o Senhor foi criticado pelos fariseus por permitir que uma pecadora o tocasse, mas, após demonstrar por meio de uma parábola que o amor de uma pessoa por Deus é proporcional ao perdão que ela recebe, o Mestre perdoou os pecados da mulher e afirmou que sua fé a salvou.
Jesus não apenas protegeu as mulheres da frieza masculina de Sua época, que permitia abandoná-las à própria sorte em qualquer tempo e por qualquer razão por meio do divórcio (veja Mt 19.3-9), mas também as valorizou socialmente, enfatizando o quanto são capazes de aprender os mandamentos de Deus e contribuir para a obra.
Muitas mulheres estavam ali, observando de longe. Elas haviam seguido Jesus desde a Galiléia, para o servir.
Mateus 27.55
Na Galiléia elas tinham seguido e servido a Jesus. Muitas outras mulheres que tinham subido com ele para Jerusalém também estavam ali.
Marcos 15.41
Talvez, por essa razão, a ressurreição do Senhor tenha sido primeiro anunciado a elas!
Jesus veio ensinar duas grandes lições ao ser humano: 1) As pessoas valem mais do que as regras; 2) O amor é fundamental em todos os relacionamentos.
*Este texto é parte da obra “VIVENDO COM OUSADIA” – PASTORA ELIZETE MALAFAIA”. Adquira a obra integral em: https://loja.editoracentralgospel.com/centralgospel/livro-vivendo-com-ousadia-elizete-000460