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O perfil do professor de EBD para adolescentes

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Como o intuito é ensinar a Palavra de Deus para um público que hoje tem muita informação, é preciso que alguns diferenciais sejam aplicados em aula, para que ela não seja cansativa, mas produtiva e interessante.

O professor deve ter um perfil mais dinâmico, pois o público nessa idade costuma ser distraído e dependendo do horário em que se aplique a aula, até mesmo sonolento (adolescentes, comprovadamente, não “funcionam” bem de manhã, por exemplo).

Que use as artes em seu favor regularmente, como por exemplo, procurar uma música que fale sobre o tema a ser abordado, ou que faça uma pequena dinâmica de grupos que tenha relação com o conteúdo, coisas que movimentem os alunos de forma mais lúdica e desperte o interesse ao interesse nas aulas.

É bom que conheça os alunos pelo nome e sempre que possível, faça-os se imaginar naquela história. Por exemplo: “Imagine que o Rodrigo é Davi e se depara com um gigante que desafia todos vocês aqui…” dessa forma, eles se colocam no lugar do personagem e fixam melhor a história.

O professor deve usar uma linguagem que os alunos entendam. Nessa questão, não significa “falar igual a eles”, isso pode ser perigoso, mas sim, falar de forma que eles consigam assimilar o conteúdo passado. Faz-se necessário o equilíbrio no uso de gírias, ou de expressões que podem ser seculares demais e inadequadas.

Nesta faixa etária o professor precisa ser contextualizado com realidade de seus alunos. Frases como “No meu tempo era assim!” causam risadas, mas criam mais distância que aproximação, sendo, portanto, uma desafio constante se atualizar quanto ao contexto que esses adolescentes estão inseridos hoje.

Outro ponto a se considerar é a imagem que o professor passa para seus alunos. Antes de ouvir um professor, os alunos irão vê-lo, e a forma como este se comporta e se veste já emite sinais aos alunos. É preciso muito equilíbrio com a intenção de se aproximar e se identificar com os seus alunos, pois o professor corre o risco de se tornar alguém que não inspire autoridade.

Todo professor precisa ter a predisposição em ser um bom ouvinte. Adolescentes de 12 a 14 anos estão iniciando o período da adolescência, e nessa fase, geralmente eles desenvolvem dois tipos de comportamentos: ou desabafam tudo ou se retraem e se isolam. E é diante disso, que o professor precisa estar disponível aos seus alunos. Tanto para os que falam muito, e muitas vezes em busca de respostas que não possuem dentro de casa e acabam transferindo para um professor essa figura de autoridade e orientação, quanto para aqueles que se retraem e desenvolvem um bloqueio em se comunicar. O professor precisa estar atento a esses perfis colocando-se à disposição e ser acessível.

Diferente de um professor no cenário secular, o professor de EBD precisa ter a consciência de que o ensino que ele transmite tem o poder de transformar vidas, pois se trata da Palavra de Deus, sendo assim, é de extrema importância que esse professor se dedique ao estudo da Palavra para que possa tanto enriquecer sua aula quanto aumentar seu conhecimento. Como já pontuado, adolescentes costumam ser curiosos, e alguns assuntos da Bíblia costumam despertar bastante interesse nesse público. Exemplo disso são assuntos relacionados à Escatologia – A Volta de Jesus. O ideal é o professor estar bem preparado para o assunto a que ele se propõe ensinar, todavia, algumas questões podem ser levantadas e “pegar” esse professor de surpresa; nessa hora, o mais indicado é ter a humildade em dizer: “Essa questão eu preciso pesquisar um pouco mais para que possa te responder!” – acredite, isso aproxima muito mais o professor do aluno do que sustentar um orgulho que pode transmitir um ensino errado. E ao se propor essa pesquisa, comprometa-se em fazê-la e na próxima oportunidade, esclarecer ao aluno suas dúvidas.

Em último lugar, o professor precisa ser alguém que passe confiança aos seus alunos, tanto para ouvir algo particular deles, quanto para ser ouvido, pois não se pode ignorar o fato de que, mesmo sem palavras, esse professor pode ensinar, e querendo ou não, ele sempre será observado pelos seus alunos e a forma como ele os influenciará também.

Sigamos sempre o conselho de Paulo ao seu aluno Timóteo:

“Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.

2 Tm 2.15

Autores: Paulo Maskote, Fernanda Toledo, Gabriel Danilo, Marcela Passos

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