Menu

Amor: a neurociência explica o caminho para a felicidade

Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram
Compartilhar no facebook
Compartilhar no email

Na primeira semana de setembro de 2024, a Human Resources Portugal publicou uma matéria intitulada “Segundo a neurociência, a felicidade no trabalho resume-se a duas escolhas simples”, que aborda um trabalho publicado na “Nature Communications” sobre um experimento social bastante interessante[i].
No experimento citado, foram entregues 100 dólares, durante algumas semanas, para 50 pessoas. O objetivo era que metade delas gastasse esse valor com gastos pessoais e a outra metade com amigos ou pessoas próximas.
Então, os participantes foram avaliados por meio de exames de ressonância magnética funcional para medir a atividade em três regiões do cérebro ligadas ao comportamento social, generosidade, felicidade e tomada de decisão. O resultado foi surpreendente: a intenção de ser generoso foi associada à atividade do corpo estriado ventral, área cerebral relacionada ao sentimento de felicidade.
Philippe Tobler, um dos autores do estudo, afirmou: “É notável que a intenção por si só gera uma mudança neural antes de a ação ser realmente implementada. Prometer um comportamento generoso pode ser utilizado como estratégia para reforçar o comportamento desejado, por um lado, e para aumentar o nível de felicidade, por outro. Não é preciso ser um mártir para se sentir mais feliz. Basta ser um pouco mais generoso.”
Ao ler a reportagem, uma associação imediata veio à minha mente: a Bíblia e o amor. Não apenas pelo fato de o autor citar um exemplo de mártir para “se conseguir chegar a ser feliz” e a associação inevitável com Jesus Cristo, mas também pelos próprios ensinamentos do Mestre, que resumiu todos os mandamentos em dois: “Ame ao Senhor, o seu Deus, com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todas as suas forças e com todo o seu entendimento” e “Ame ao seu próximo como a você mesmo”. (Lucas 10:27 – NVI)
O amor de que o Mestre fala é o maior sentimento que o ser humano pode experimentar. Dele derivam outros sentimentos nobres, como a amizade e o altruísmo. Além disso, o próprio amor pode ter várias facetas, como o amor “eros” (romântico), “philia” (fraterno), “storge” (entre pais e filhos) e o “ágape” (transcendental ou divino). Todos enfatizam o relacionamento entre o ser humano, seu Criador e seus semelhantes, contribuindo para relações sociais fortes e produtivas.
A relação social é um fator preponderante na vivência humana, uma vez que o homem, como ser eminentemente social, traz implicações diretas em sua qualidade de vida, evolução pessoal, crescimento profissional, desenvolvimento das civilizações e até mesmo na saúde do indivíduo.
Há, inclusive, outras publicações científicas que reforçam o tema e associam as relações sociais à longevidade. Um estudo feito com idosos dos sete países com maior expectativa de vida no mundo acompanhou, por décadas, grupos de pessoas, mostrando que relações sociais fortes e um senso de comunidade estão associados a uma vida mais longa e saudável.
Há também uma linha de pesquisa que sugere que a interação social ativa o sistema imunológico, reduzindo o estresse e promovendo a saúde física e mental. Outros estudos, agora sobre solidão – ou seja, a ausência de uma socialização efetiva –, demonstram que a solidão crônica pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, depressão e morte precoce.
Em síntese, a felicidade vem de vários fatores, e o mais preponderante é o amor. Ensinado há milênios nas Sagradas Escrituras, o amor ao próximo traz excelentes consequências ao ser humano, tanto do ponto de vista pessoal quanto coletivo. Pois estes mandamentos: “Não adulterarás”, “Não matarás”, “Não furtarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame ao seu próximo como a você mesmo” (Romanos 13:9 – NVI), e ainda: “Em tudo o que fiz, mostrei a vocês que, mediante trabalho árduo, devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’” (Atos 20:35 – NVI).


[i] https://hrportugal.sapo.pt/segundo-a-neurociencia-a-felicidade-no-trabalho-resume-se-a-duas-escolhas-simples/

Publicações Relacionadas

Ciência e Fé
João Marcos / Lígia Helena

Imagem e semelhanças: A anatomia

No relato da criação em Gênesis, capítulo 1, Deus nos formou à sua imagem: Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a

Leia mais
Ciência e Fé
João Marcos / Lígia Helena

Por que sou objetor de consciência?

Vivemos em uma democracia. Isso é muito bom. Apenas 7,8% da população vive em “democracias plenas”. A EIU (Economist Intelligence Unit) alertou para a regressão

Leia mais
Ciência e Fé
João Marcos / Lígia Helena

Fígado, Rins e Sacerdócio

Em Êxodo, o segundo livro da Bíblia, no capítulo 28 em diante, vemos que Deus escolhe Arão e seus filhos para serem sacerdotes. Durante todo

Leia mais

Outras Publicações

NPC
Dérek Nascimento

Diga não ao aborto! 

Perspectiva Bíblica Como se vê, demasiados são os argumentos fora do campo estritamente religioso. Entretanto, como é uma série direcionada especialmente para os cristãos, como

Leia mais