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“Ninguém pode servir a dois Senhores” – Mt 6.24

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Em plena crise de opióide nos Estados Unidos muitos jovens têm suas vidas ceifadas pelo uso de drogas. Em recente publicação na Revista Clinical Drug Investigation, intitulado “Utilização dos serviços de saúde por pacientes com transtorno do uso de opioides em hospitais dos EUA de 2016 a 2019: Foco em variâncias raciais e regionais” (tradução livre) foram expostos vários dados alarmantes sobre o uso e abuso de medicamentos para dor nos Estados Unidos. 

A chamada “epidemia de opioides” foi descrita como chegando em três ondas nos Estados Unidos: 

Com a primeira onda nos anos 2000, os opioides prescritos foram cada vez mais abusados; em 2007, a segunda onda atingiu, trazendo abuso de heroína, e em 2016 a terceira onda desembocou com o aumento do fentanil e do uso indevido de opioides sintéticos.

Mas o que há por trás dessa epidemia?

O transtorno do uso de opióides pode ter consequências generalizadas para indivíduos e para toda a sociedade. Indivíduos que sofrem de transtorno do uso de opióides muitas vezes têm múltiplas comorbidades como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes mellitus, HIV, doenças cardiovasculares e câncer. 

Alguns fatores de risco para o transtorno do uso de opioides incluem genética, idade mais jovem, baixa escolaridade e renda, sexo masculino, transtornos de humor e outros transtornos de uso de substâncias. Recentemente, com a pandemia COVID-19, medicamentos para transtorno do uso de opióides como naltrexona e agonistas opióides aumentaram ainda mais o risco de internação e tempo de permanência hospitalar. 

Essa epidemia custou aos Estados Unidos mais de US$ 700 bilhões entre 2015 e 2019. Esse aumento dos custos não veio só pois são acompanhados desde encargos monetários até encargos sociais, como aumento dos custos de saúde, atividade criminosa e diminuição da produtividade. Os casos de overdose tornaram-se uma preocupação nacional e causaram 47.000 mortes só em 2018! 

O abuso dessas drogas não poupou sequer as gestantes. Entre 1999 e 2014, as taxas de transtorno do uso de opióides naquelas que tiveram partos em hospitais quadruplicaram! 

Uma boa notícia é que estudos têm constatado, de uma maneira muito evidente, que a religiosidade é protetora contra o uso perigoso de álcool e drogas na população geral (Allen & Lo, 2010). Pessoas que frequentam regularmente um culto religioso, ou que dão relevante importância à sua crença religiosa, ou ainda que praticam, no seu dia-a-dia, as propostas da religião professada, apresentam menores índices de consumo de drogas lícitas, tanto no caso dos opioides, comumente usados no tratamento da dor, como também de drogas que apresentam riscos de vício devido ao uso frequente (álcool, sedativos e calmantes) e as chamadas drogas ilícitas, como maconha, crack, cocaína e outras. Além disso, esses mesmos estudos mostram que os dependentes de drogas apresentam melhores índices de recuperação (tanto física, psicológica, como emocional, e sobretudo espiritual) quando seu tratamento é permeado por uma abordagem espiritual, como aqueles realizados de forma voluntária nas Casas de recuperação de dependentes químicos, muitas delas ligadas as Igrejas evangélicas de várias denominações, quando comparados a dependentes que são tratados exclusivamente por meio médico. E principalmente, nós cristãos acreditamos que esse processo de cura, pode vir por intermédio de Senhor Jesus Cristo. Como o Mestre mesmo diz nas escrituras: “Eu irei curá-lo”. Mateus 8:7.

O artigo conclui demonstrando que é fundamental caracterizar diferenças no cuidado dos pacientes e que existem barreiras importantes a serem vencidas.  Fica claro no texto que as drogas, mesmo aquelas usadas para tratamento de dor, podem dominar completamente o ser humano e torná-lo um escravo. Por isso nos ensina a Bíblia: não se pode ter dois senhores (Mateus 6:24; Lucas 16:13) e completa: “renegadas a impiedade e às paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tito 2:12).

Allen T.M., Lo C.C. Religiosity, spirituality, and substance abuse. Journal of Drug Issues. 2010;40(2):433–459. doi: 10.1177/002204261004000208.

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