Quando os que socorrem se cansam, A QUEM eles têm?
Quantas vezes você tirou de si o holofote da atenção e redirecionou a alguém? Há tanta gente por aí que tem colocado à disposição seus ombros, mas em contrapartida, a quem esses que julgamos fortes procuram quando se cansam? Será que nosso nome passa pelas suas mentes quando precisam de um abrigo na alma, ou será que os sinais que emitimos denunciam que ajudar alguém a carregar a cruz é algo fora do nosso roteiro?
Há quem se encontre fraco, não por ser frágil, mas porque precisou ser forte a vida inteira e ninguém percebeu. Admiravam suas armaduras, mas jamais se preocuparam com o sangue derramado dentro delas. E guerreiros, sangram!
Permitam-me o seguinte cenário: A ROTA DO CALVÁRIO!
Lá está Jesus… A multidão se aglomera nas ruas, mas sequer souberam da sua solidão no Getsêmani. Considerou a Rota do Calvário, e em oração desejou não beber desse cálice, e como resposta, naquele momento, o silêncio do Pai – e quem já experimentou desse silêncio, sabe que ele arranca uma TOTAL e dolorosa rendição ao Seu propósito. Não há Ressurreição sem Calvário!
Ombros feridos, pés cansados, e de repente, por mais que Jesus estivesse entregue ao seu propósito, uma hora a Cruz tocou ao chão! No meio disso tudo, aparece Simão – O cirineu. Ele vinha do campo, e sua intenção era somente PASSAR pelo cenário, mas foi constrangido a carregar uma cruz que não era dele.
Ah Cirineu… Seus ombros foram preciosos! Você também tinha seu cansaço. Sua parada te fez entrar na história como a resposta da oração feita no Getsêmani. O Pai não poupou o Filho do Calvário, mas trouxe você para nos ensinar que quando a nossa Cruz ficar pesada demais, o Céu sempre nos enviará alguém pra nos ajudar a não parar no caminho.
Talvez em meio às suas guerras, você nunca se preocupou em oferecer seus ombros a quem sempre te foi abrigo. Não permita que seu cansaço te impeça de ser a resposta do Céu pra alguém. Pense nisso, e demonstre a alguém sua gratidão, e se for oportuno, ofereça seus ombros também!