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O Cristão e a sua cidadania

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“Bem aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor.”

(Salmos 33:12)

“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.” (DALLARI, Diretos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. P. 14)

            A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas“, que significa cidade. Na Roma antiga, a palavra cidadania era usada para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que ela tinha ou podia exercer. Por cidadania, entendemos que é o exercício dos nossos direitos e deveres civis, sociais e políticos estabelecidos pela Organização Constitucional de um país. Porém, cidadania não pode ser confundida com patriotismo. Ser patriota implica na disposição que o cidadão possui em se doar à causa da pátria.
            Como cristãos somos chamados para glorificar a Deus através do nosso testemunho de vida aqui na terra – e isso inclui, principalmente, uma participação ativa no destino da Pátria. Podemos exemplificar o amor do povo judeu pela sua nação. Veja o que está escrito em Isaías 62:1 “Por amor de Sião não me calarei, e por amor de Jerusalém não descansarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa.” Temos em mente que o dever do cidadão cristão é agir conforme a Bíblia nos instrui – de modo que precisamos fazer a diferença e lutar veemente contra toda incoerência e insanidade moral e ética que deturpam a nossa sociedade.
            É exatamente o que a Bíblia nos relata em Mateus 5:13-16 “Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.  Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”

            Devemos trabalhar para o bem-estar da nossa população e para seu desenvolvimento. Por isso, não se enganem, trabalhar para o bem da sociedade também significa não se anular do nosso posicionamento em relação aos rumos tomados por essa nação. É impossível pelas leis terrenas – às quais também estamos sujeitos – abstermo-nos do debate aberto, direto e franco sobre esse assunto. Em seu livro Ortodoxia, o autor G.K. Chesterton afirma: “A questão não é que este mundo é triste demais para ser amado ou alegre demais para não o ser; a questão é que, quando se ama alguma coisa, a sua alegria é a razão para amá-la, e a sua tristeza é a razão para amá-la ainda mais.” Essa perspectiva de amor quase incondicional pela nossa nação nos serve, inclusive, para combater o sentimento de covardia e de fuga da batalha.

            Na passagem bíblica de Josué 1:9 lemos: “Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar! Nosso patriotismo não tem a ver com um belo discurso, um carisma irrevogável, falácias através de críticas infundadas e exaltações do nosso próprio eu – mas sim, com nossas ATITUDES e nossos VALORES ÉTICOS e MORAIS que norteiam o bem-estar da nossa sociedade. 

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