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Logos: mais do que um conceito, uma pessoa

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Introdução

Quando falamos sobre os livros da Bíblia, muitos sabem que quatro deles são dedicados à biografia de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Dentre esses, o Evangelho de João se destaca por sua singularidade. Enquanto Mateus, Marcos e Lucas compartilham semelhanças em conteúdo e estrutura, João nos oferece uma perspectiva única, sem mencionar o nascimento ou a infância de Jesus, nem mesmo o tão conhecido Sermão da Montanha.

O Evangelho de João, no entanto, nos presenteia com algumas das joias mais preciosas das Escrituras, abordando temas como a ação do Espírito Santo, a justificação pela fé e a divindade de Cristo. De maneira bela e profunda, João nos apresenta essas verdades teológicas em sentenças impressionantemente simples, mas profundamente significativas.

Os Primeiros Versos de João

Neste post, iremos explorar os primeiros cinco versos do Evangelho de João. Vejamos desde já os dois primeiros:

“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio.” (João 1:1-2, NVI)

O Logos: Mais que um Conceito

Já no início de seu Evangelho, João nos introduz a uma profundidade imensa. No original grego, “Logos” é traduzido para o português como “Palavra” ou, em algumas traduções, como “Verbo”. Fato é que “Logos” é um conceito que já era conhecido e amplamente debatido pela intelectualidade grega há séculos. João, ao afirmar que o Logos, a essência e razão de ser de todas as coisas, não é uma ideia ou um conceito, mas sim uma pessoa, eleva o debate filosófico a um novo patamar.

Esta afirmação é revolucionária, pois revela que o fundamento de tudo o que existe é uma pessoa e, portanto, diferentemente de se fosse meramente um conceito, é com Ele que podemos nos relacionar, confiar e amar. Isso transforma completamente a maneira como entendemos a essência do universo e a nossa relação com o divino.

A Atemporalidade de Jesus

João nos ensina ainda que Jesus, o Logos, já existia no princípio, antes de tudo ser criado. Ele não é apenas eterno, mas atemporal, pois existia antes mesmo da criação do tempo, e, portanto, sempre foi, é e será.

A importância disso se torna clara quando comparamos com Gênesis 1:1: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” João nos mostra que Jesus não é como nós, que viemos a existir em um determinado momento no tempo. Jesus sempre existiu, até mesmo fora do tempo, reafirmando Sua divindade e supremacia.

A Divindade de Cristo

Sem a divindade de Cristo, nada faz sentido na vida cristã. É porque Jesus é Deus que podemos afirmar que Ele é a solução para nossos problemas, a cura para nossa alma e corpo, e a esperança para nossos relacionamentos. Toda a Bíblia só pode ser completamente compreendida à luz desta verdade: Jesus, o Logos, é Deus.

Paulo, em Colossenses 1:17, nos lembra: “Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” Jesus não é apenas um grande mestre ou profeta; Ele é o Filho de Deus. Como C. S. Lewis escreveu, devemos decidir se Jesus é realmente quem Ele diz ser ou se é algo menos.

Jesus, o Criador

No verso 3 de João, aprendemos que Jesus é o meio pelo qual tudo foi criado: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.” Ele é o Logos criativo, a Palavra através da qual Deus trouxe tudo à existência.

Cristo, que criou tudo, pode criar perdão em nossos corações e transformar nossas vidas. Ele se envolveu diretamente em nossa criação, nos dando talentos e habilidades como presentes de Deus. Fora de Deus, não temos propósito, mas em Cristo, encontramos o sentido de nossa existência.

A Vida e a Luz

João 1:4 nos ensina que em Jesus está a vida, e essa vida é a luz dos homens. A vida de Deus é autossuficiente, e em Cristo, encontramos a fonte da vida. Ele é a luz que ilumina nosso caminho, nos libertando da escuridão da alma.

No verso 5, João afirma: “A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram.”

Quando entendemos que a vida em Cristo é nossa luz, tudo se transforma. Nosso chamado é refletir essa luz em um mundo em trevas, vivendo como filhos da luz. Isso não é apenas um chamado espiritual, mas um convite para que nossas vidas se tornem testemunhos vivos da graça e do amor de Deus.

Blaise Pascal observou que há luz suficiente para aqueles que desejam ver a luz e escuridão suficiente para aqueles que desejam o contrário. A escolha é nossa. Jesus, o Logos, se apresenta como vida e luz para nossas almas.

Conclusão e Convite

Se você deseja sair da escuridão e viver na luz do Senhor, o momento é agora. Vamos orar juntos:

Pai Celestial, venho em nome de Jesus pedir perdão pelos meus pecados. Confesso com minha boca que Jesus é Senhor da minha vida e creio com o coração que Deus o ressuscitou dos mortos. Agradeço por me aceitar e por me dar a chance de viver na tua luz. Guia-me e ilumina meu caminho, para que eu possa refletir tua luz neste mundo. Em nome de Jesus, amém.

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