Menu

O cristão e o coletivismo escravagista

Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram
Compartilhar no facebook
Compartilhar no email

O comunismo é uma ideologia de satanás e combater as várias estratégias utilizadas por essa cosmovisão é uma obrigação do cristão. Se, de um lado, a Primeira Epístola de Pedro (3.15) determina que os cristãos estejam aptos a defenderem a fé, de outro, o comunismo não poupa esforços para cumprir sua missão: descristianizar o ocidente, lançando em especial jovens e crianças à completa destruição moral.

Para que possamos entender o porquê da incompatibilidade absoluta entre as cosmovisões do cristianismo e comunismo, é importante que desde já conceituemos esta última, considerando a evolução de seu pensamento a partir das bases marxistas para o pensamento de Antonio Gramsci e da Escola de Frankfurt. Dito isso, passo então à definição conceitual de comunismo: comunismo é um conjunto de ideias que tem por objetivo expandir o seu viés coletivista (feminismo, negrismo, LGBTismo, indigenismo etc.) para que, colocando as pessoas em compartimentos ideológicos, possa exercer total domínio sobre elas, impondo como devem falar, pensar e, por fim, agir. 

Veja que o coletivismo promove a escravidão das pessoas pela perda de sua individualidade. A proposta é sugerir que as pessoas vejam a si mesmas apenas como pertencentes a um grupo que a define de fora para dentro, excluindo sua identidade única e individual. Esta proposta busca anular o indivíduo que se define de dentro para fora. A diferença, embora pareça sutil, é radical. A definição de dentro para fora expõe nossa liberdade natural, pois a pessoa se percebe como de fato é, ou seja, livre. A definição de fora para dentro é exatamente o oposto, é escravizante, pois impõe uma falsa interiorização da identidade, já que requer que seja adequada a aspectos secundários e modos de ser e pensar externos.

Não é novidade que o comunismo busca incessantemente descristianizar o ocidente, pois o cristianismo é o principal obstáculo contra o ímpeto expansionista coletivista dessa ideologia. Isso também porque a cosmovisão cristã afirma que, independentemente de quaisquer qualificações externas (sejam étnicas, sociais ou de gênero), todos são um, são de mesmo valor e importância em Cristo Jesus. A este respeito, veja o que o apóstolo Paulo escreveu em sua Carta aos Gálatas (3.28): “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus”. O argumento paulino nos revela a unidade da humanidade, sem qualquer separação e divisão entre os homens.

Para que fique ainda mais claro seu entendimento, veja como isso ocorre. No coletivismo, é a ideologia que determina quem a pessoa é por meio da divisão entre grupos, realizando “classificações” ao sugerir que elas pertencem a categorias identitárias antes de serem indivíduos livres e pensantes. Em outras palavras, o índio é escravizado pelo indigenismo; a mulher, pelo feminismo; o homossexual, pelo LGBTismo; o negro, pelo negrismo; o branco, pela teoria crítica racial, e assim por diante. São criadas categorias externas para colocar as pessoas em “cárceres” e controlá-las mais facilmente, conforme já disse anteriormente.

O poder da manipulação do ato de se expressar ou, se você prefere, da prática da linguagem, foi uma das mais relevantes descobertas intelectuais da filosofia do Séc. XX. Por isso, a ideologia comunista prioriza tanto a manipulação da linguagem e muitas vezes os cristãos são negligentes ao não estarem atentos a esses ataques. Fato é que o quão menos precisa e mais fluida a linguagem, mais difícil se torna o estabelecimento do pensamento adequado. Por isso, há grande esforço, inclusive institucional, de se ferir o vernáculo em nome de uma pauta ideológica linguística. Não só a chamada “linguagem neutra” como também o esforço comunista para o esvaziamento do sentido de palavras. 

Hoje, por exemplo, a comunidade linguística tem dificuldade em conceituar termos outrora simples de conceituar como normalidade ou verdade. A consequência imediata disso é que a sociedade fica susceptível a relativizar e aceitar qualquer ato, opinião ou comportamento como normal ou verdadeiro, estabelecendo-se assim mais um ataque ao cristianismo.

A ideia de que tudo pode ser normal, justo ou verdadeiro, por exemplo, é uma consequência de uma percepção anticristã do mundo chamada relativismo. O relativismo está no fundamento do anticristianismo, pois tentar ferir de morte o ensinamento que destaca a prática de um valor moral objetivo. Aliás, o próprio Cristo, de acordo com as Escrituras e, de forma expressa, com o Evangelho de João (14.6), é a encarnação da verdade que o relativismo se esforça em anular. 

Se analisarmos com mais detalhes o caso do Brasil, a questão ganha contornos ainda mais interessantes. É fácil notar o que se conseguiu fazer aqui em uma década. O estabelecimento da ideologia de gênero, por exemplo, foi realizado em nosso país quatro vezes mais rápido em comparação com outros países. No Brasil, a constatação de uma mudança brusca de valores se deu de uma a outra geração apenas. A velocidade espantosa é mais um indício de que toda essa ideologia é fruto de um terrível processo de neocolonização ideológica.

Para que possamos entender bem isso, passemos a analisar a questão do negrismo. O negrismo é um aspecto do comunismo coletivista que tenta cooptar os negros, escravizá-los ideologicamente, para que abandonem os valores de seus antepassados e passem a adotar uma pauta de fala, pensamento e ação que é estabelecida não por eles ou por seus antepassados, sejam brasileiros ou mesmo africanos, mas sim por um grupo ideológico comunista.

Você pode estar-se questionando se não seria o caso do negrismo não ser um resgate dos valores dos antepassados africanos ou, ampliando a discussão, o indigenismo não seria um esforço para resgatar os valores dos índios brasileiros, os povos originários. A resposta, surpreendentemente, é não. Por onde andei na África negra, isto é, na África Subsaariana, por onde andei entre os índios da Amazônia profunda, inclusive no Alto Solimões, por onde andei nos sertões mais profundos do nordeste brasileiro, vi pessoas que, em essência, não adotam as pautas negristas, indigenistas, LGBTistas, feministas etc. Não é no Brasil real e profundo, com os caboclos, mulatos e cafuzos, nem mesmo na África, que está a origem de todas essas ideologias comunistas.

Para ser honesto, o que me parece é que o Brasil está cheio de vítimas com sintomas da Síndrome de Estocolmo. Escravos ideológicos do neocolonialismo que passam a amar, enaltecer e serem militantes da causa da destruição de si próprios. E o comunismo não quer apenas a razão e a emoção dessas pessoas, ele quer também a alma. No final, a conquista é espiritual. No caso de nosso país, cabe aos brasilianistas genuínos resgatar nosso modo de ser real, com fundamento em quem somos de fato, na nossa mestiçagem e não nas pautas identitaristas que escravizam as pessoas.

Vale ainda registrar que, no caso brasileiro, o caráter mestiço de nosso povo é mais um obstáculo a esse ímpeto comunista de dividir as pessoas em raças e castas para dominá-las. Por isso que o comunismo detesta tanto o conceito de miscigenação. Pensadores como Gilberto Freyre, por exemplo, são extirpados das leituras acadêmicas. Pardos são instados a se considerarem negros quando são, na realidade, mestiços. Termos como os que há pouco citei, como mulato, cafuzo ou mameluco, são artificialmente considerados inapropriados pelo comunismo. Há não muitos anos, as crianças aprendiam esses termos e aprendiam que o Brasil era um país mestiço. Perguntem aos jovens de hoje se pelo menos já ouviram falar sobre essa temática na escola. 

Nós, cristãos, sabemos que a cor da pele é tão insignificante para uma pessoa que a Bíblia, narrando eventos no Mediterrâneo, com pessoas de todas as cores, não faz a quaisquer menção significante a esse tema. Dizer isso para a ideologia comunista é um verdadeiro sacrilégio. 

Paralelamente à questão racial, o comunismo propõe um ataque pelo âmbito da sexualidade. De fato, o LGBTismo deve ser entendido como um movimento ideológico, de índole comunista, que tem por objetivo destruir a civilização ocidental. O interessante é que muitos não se dão conta de que atacar a ideologia LGBTista não é nem de perto um ataque ao homossexual. Na realidade, esta sigla aprisiona e escraviza os homossexuais, impondo-lhes o fim da diversidade, fazendo-os todos iguais, como se não pensassem individualmente, para, em última instância, servirem de massa de manobra para a propagação de uma ideologia política. Por isso, o combate ao LGBTismo é antes de tudo uma luta pela libertação do homossexual de algo que o aprisiona e só admite uma diversidade: a do mesmo. 

Agora, vejamos algo muito mais profundo aqui no que tange à questão LGBTista. Embora os homossexuais sejam vítimas deste movimento, não é contra eles que essa ideologia se volta primordialmente, mas sim contra jovens e crianças. A razão é que o LGBTismo tem como essência de seu ataque as chamadas “questões da sexualidade”, a exemplo das que permeiam a ideologia de gênero. Ora, a sexualidade diz respeito a impulsos primitivos e, por essa razão, tem o condão de ser utilizada como instrumento fácil de massificação ideológica nos jovens. 

A questão tomou contornos ainda mais profundos. Veja que o LGBTismo é uma estratégia do coletivismo comunista que serve como porta de entrada para todas as demais ideologias. O pacote é completo: muitos, a partir daí, são levados ao feminismo, anti-natalismo, anti-patriarcalismo, abortismo, veganismo etc., onde serão mais fortemente manipulados pelo já referido coletivismo comunista. 

Contra essas poderosas armas da ideologia comunista, temos a igreja cristã e a instituição da família. A primeira é o ambiente em que todas as diferenças se desfazem em prol da unidade. A segunda é o celeiro natural da identidade. Por essa razão, o comunismo quer destruir ambas. Em certa medida, já se infiltrou na igreja católica pela teologia da libertação e vem-se infiltrando em parte da evangélica, geralmente pela teologia da missão integral.

Cabe a nós a resistência articulada e inteligente contra a cosmovisão comunista, para que, principalmente as crianças e jovens, não sejam cooptados para o caminho da destruição. É preciso quebrar as correntes da escravidão! É preciso valorizar a liberdade! No caso dos cristãos, nunca devemos nos esquecer que foi exatamente para ela que Cristo nos libertou. Sim, a liberdade conquista para nós é preciosa demais para que abramos mão dela.

É mais do que chegada a hora de o cristianismo genuíno entender que parte de sua missão é a defesa da liberdade contra um fenômeno perverso de neocolonialismo. Com efeito, muitos não se dão conta de que o comunismo ideológico nem de perto se origina do Brasil real, mas decorre de uma estratégia de cooptação e controle das pessoas principalmente pelos vieses da cultura e da educação. 

Muitos ainda não entendem a ação do comunismo contra a igreja, porque desconhecem a evolução do seu pensamento. A atua estratégia abandona as diretrizes marxistas originárias e passa a atuar no âmbito da superestrutura ideológica, graças às contribuições de Gramsci e da Escola de Frankfurt. 

A defesa da individualidade e do direito individual de sermos únicos é uma das maneiras mais poderosas de proteção contra as artimanhas coletivistas. Por isso, é preciso que saibamos como nos proteger desses ataques, que cada vez mais são direcionados às crianças na mais tenra idade. Na igreja posicionada e na família responsável é que temos a atmosfera ideal para que jovens e crianças aceitem a ação efetiva de Cristo em suas vidas. Não podemos baixar a guarda.

Publicações Relacionadas

Outras Publicações

InterBible
Débora Souza

Caminho de volta

“Busquem o Senhor enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio abandone o seu caminho; e o homem mau, os

Leia mais