“No início era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus.”
João 1.1
Os brasileiros têm reputação de desinteresse com livros e textos escritos, embora a Bíblia seja o mais lido. Uma pesquisa feita pela agência Brasil, realizada pelo instituto pró-livro em parceria com Itaú Cultural, entrevistou 8.076 entre 208 municípios entre Outubro de 2019 e Janeiro de 2020, antes do período pandêmico. Essa pesquisa aponta que enquanto cresce o número de leitores com 5-10 anos, cai o percentual a partir dos 11 anos. Além de demarcar algumas problemáticas em relação à leitura básica, afirmando que alguns brasileiros não sabem ler, outros leem muito devagar, outros não têm concentração de leitura e outros ainda não compreendem o que é lido. Essa pesquisa também demarca que o tipo de texto com melhor disposição para o brasileiro é o texto curto e objetivo.
Somado a isso, nessa estrutura montada pela era digital, a maior leitura feita por brasileiros está associada a aplicativos de mídia como atividades preferidas para leitura no tempo livre. O tempo ocioso na mídia é o padrão de funcionamento e a falta de disciplina e desejo por descobrir mais a Deus através das escrituras é ainda mais irregular.
Um estudo realizado pela universidade da Califórnia, L.A, entre jovens de 13-18 anos, procurou determinar o que ocorre com os circuitos cerebrais ao postarem conteúdo nas redes sociais numa variação entre 8 a 18h – o tempo gasto por dia nas plataformas digitais. Hábito que pode influenciar o cérebro em formação desses jovens, destacando que o período de uso é bem superior ao tempo de sono diário.
Nessa mesma pesquisa verificou-se que a ativação cerebral nas áreas de recompensa e prazer (semelhantes a outros vícios) é potencializada quando os amigos aprovam as postagens, criando-se um hábito compulsivo. Entre uma postagem e outra, cria-se um espectro vazio e frustrado do mundo, pouco interessado na vida real e profundamente imaginativo.
As relações vividas são compreendidas como acontecimentos fugazes e de pouca elaboração interna. É frequente observarmos despreparo de atitude do jovem quando se depara com situações adversas e bastante concretas ao ser confrontado com seus anseios internos.
Devemos como professores de EBD impedir que a ociosidade reine no cotidiano dos nossos jovens e estimulá-los a ter convivência com Deus pela leitura e oração diária, pelas experiências vividas e, assim, adquirir intimidade, entender sobre os caminhos de Deus a fim de reagir às adversidades da vida.
A rotina e disciplina são pouco valorizadas e suas dimensões são percebidas como tediosas para os jovens. Aceitar a disciplina como parâmetro para a leitura bíblica diária é o maior desafio na sociedade hedonista em que estamos inseridos.
Ideias aos professores de EBD:
Utilizarem desses recursos midiáticos que tanto viciam para incentivar o convívio dos jovens da EBD com a Palavra de Deus. Por exemplo, fazer grupos com o professor administrador em que todos postem atividades ou descobertas ou surpresas (em vídeo, foto, áudio, texto, artes) em que os jovens testemunharam a presença de Deus nas pequenas coisas do cotidiano e por fim associar a versículos com breve explicação desse testemunho. A finalidade dessa atividade é retroalimentar o cotidiano à palavra de Deus favorecendo a disciplina.
Referências:
BÍBLIA DE ESTUDO MATTHEW HENRY. Rio de Janeiro: Central Gospel editora, 2014. 2144 p. Antigo Testamento e Novo Testamento.
Agencia brasil publicado em 11/9/20 16:53 por Mariana Tokarnia repórter da agencia brasil no Rio de Janeiro. Data de acesso: 22/01/21.
Como o cérebro dos adolescentes reagem às mídias sociais Data de publicação: 08/06/2016. data de acesso: 12/12/2020 Fonte: Icict/Fiocruz Data de publicação: 29/10/2020 – 11:08 Data de acesso: 19/01/21.
