Para conseguirmos estabelecer uma relação entre surdos e ouvintes é necessário que conheçamos a sua identidade e a sua cultura. É a partir daí que poderemos ter uma visão de como o surdo vê a vida e se desenvolve nela intelectualmente.
Precisamos lembrar que o surdo não é aquele “coitadinho” impossibilitado de fazer as coisas, mas sim que ele é capaz de fazer tudo ao que se propõe assim como os ouvintes, eles apenas precisam de acesso linguístico para que possam interagir na sociedade.
Com isso, podemos apontar algumas considerações que devemos fazer:
Surdos que possuem dificuldades para se comunicar, ou porque não sabem Libras e o seu local de convívio só se utiliza o Português, ou porque a família só ensina o básico com sinais criados em casa e os conceitos ficam a cargo da vida ensinar, ou ainda, lugares em que não há pessoas que saibam a Língua de Sinais para promover a mediação entre o surdo e o conhecimento…
O que quero dizer é que o conhecimento cognitivo desenvolvido nos surdos não é idêntico ao ouvinte, a transmissão de conhecimento requer o uso de expressões faciais e corporais e a sinalização de forma que leve ao surdo fazer uma ponte ao que está sendo ensinado com o que já faz parte de sua vivência, não só assimilando o que aprendeu como também acomodando mais um conhecimento em sua bagagem.
Podemos exemplificar da seguinte forma:
O mesmo acontece quando você não sabe quase nada de inglês, mas vai ter que passar 1 ano em um país em que essa língua é a oficial. É claro que você irá se virar da melhor forma possível, mas facilitaria muito mais o entendimento se houvesse alguém como o mediador ou ainda que se prontificasse a se comunicar de qualquer forma para você possa se sentir fazendo parte de algo.
Nós como igreja precisamos entender as necessidades do próximo para que o IDE também o alcance. Para que ele tenha a oportunidade de conhecer o nosso Deus e desfrutar de uma vida de comunhão com o Altíssimo.
Que você seja esse instrumento nas mãos do Senhor para ganhar também essas almas para o Reino!!!