Quem sabe… Durante a conversa, emerge um tom de questionamento. Ester, por sua vez, tenta responder com a própria vida. Se fez vulnerável para que muitos vivessem. Na cena da morte, um cetro estendido.
Enquanto a cultura calava as mulheres, Mardoqueu apostou justamente numa mulher para trazer resposta a uma nação. Deus, embora não citado no livro, está visivelmente em ação. Independente dos estragos do passado e das expectativas que lançam sobre o futuro de Ester, o céu conta com ela para o hoje, o agora. O doutrinamento do Palácio não foi capaz de recuar o ativismo de Ester. Afinal, ações em prol do ser humano para ela eram mais importantes do que o falso legalismo que pune apenas os indefesos. A ação dela não foi de alguém revoltado. Até porque, se tivesse sido, ela não perderia a oportunidade de denunciar Hamã no primeiro banquete. Cautelosa, sábia e visivelmente prudente. Que mulher! Não fez nada sem antes consultar e extrair da sala do trono celestial a resposta que precisava para se portar diante do trono terreno.
Ester. Estrela, porque preferiu brilhar no céu enquanto treinava Hadassa para agir na Terra. O tempo é chegado do reino dos homens saber que (AINDA) existe um soberano nos céus!