Desde os últimos atos terroristas empreendidos contra o Estado de Israel no dia 7 de outubro, pelo grupo terrorista, autodenominado HAMAS. Muita informação distorcida está sendo veiculada nas mídias. Grupos de esquerda tentam amenizar a barbárie cometida pelo HAMAS, usando expressões como militantes, combatentes ou extremistas, ao invés de defini-los como são: terroristas. Apesar dos fundadores do HAMAS afirmarem que o significado de sua instituição representa o “fervor”, o “zelo” ou o “entusiasmo”, justificando ainda que, a origem do nome é derivada do acrônimo árabe حركة المقاومة الاسلامية, Ḥarakat al-Muqāwamat al-Islāmiyyah, ou seja, Movimento de Resistência Islâmica. Na verdade, a palavra חָמָס hamas é de origem hebraica, tendo sido usada na Bíblia pela primeira vez no episódio do dilúvio (Gênesis 6), milênios antes da fundação do islamismo.
O vocábulo חָמָס hamas aparece 60 vezes no Antigo Testamento e seu significado mais comum é violência, agressão, dano, crueldade ou injustiça. De fato, a palavra hamas, não significa uma violência ocasional, mas uma violência planejada, que busca encontrar a maneira mais cruel de prejudicar alguém. Portanto, não se engane quanto à origem e objetivo desse grupo terrorista islâmico, suas práticas estão alinhadas ao verdadeiro significado de seu nome. O que esperar de um grupo, cujo nome significa violência?
Agora, vamos analisar alguns textos bíblicos sobre a palavra hamas. A geração pré-diluviana estava cheia de violência (hamas): “Então Deus disse a Noé: Resolvi acabar com todos os seres humanos, porque a terra está cheia de violência por causa deles. Eis que os destruirei juntamente com a terra” (Gn 6.13). Apesar do dilúvio ter limpado a terra por um período de tempo, os seres humanos voltaram a praticar a violência. Como agiam nos dias de Noé, ainda agem hoje. Há diversos episódios nos quais violência foi praticada, contudo, vamos analisar mais um exemplo.
O livro de Gênesis relata a disputa entre dois irmãos: Jacó e Esaú. Embora o texto revele que houve uma reconciliação entre eles, anos mais tarde, seus descendentes tornam-se inimigos uns dos outros. O problema começa logo depois da saída de Israel do Egito. No percurso, do Egito até Canaã, era necessário que os israelitas passassem pelo território de Edom (descendentes de Esaú). Então, Moisés, líder do povo de Israel (descendentes de Jacó) pediu autorização para cruzar o território. Contudo, os edomitas negaram o pedido e declararam guerra aos filhos de Israel. Entretanto, para evitar maiores conflitos, Israel decide contornar o território de Edom e seguir seu caminho.
Anos mais tarde, Edom se mostrou um inimigo muito traiçoeiro. Durante o período da conquista babilônica em 586 a.C., os edomitas se aliaram aos babilônios para massacrar quem habitava em Jerusalém. O profeta Obadias foi usado por Deus para denunciar a violência (hamas) dos descendentes de Esaú contra seus irmãos judeus. Observe os versículos 10 a 14:
Ao invés de proteger seus irmãos, eles denunciaram os que tentavam escapar com vida. Por isso, muitas pessoas, incluindo crianças, tiveram seus crânios esmagados contra as rochas (Salmos 137.7-9). E o pior de tudo, os edomitas se alegraram com a desgraça de seus irmãos, aproveitaram a oportunidade para tirar vantagens e para roubar os seus bens. Esse comportamento foi muito bem descrito pelo profeta Obadias como sendo hamas (violência). Contudo, Deus que é justo, que ao culpado não tem por inocente, usou seus profetas para anunciar a ruína de Edom.
Os judeus foram restaurados por Deus inúmeras vezes, porém os edomitas foram exterminados e ninguém mais ouviu falar de seus descendentes. Ao longo da história, muitos tentaram aniquilar Israel, contudo, os filhos de Deus permaneceram de pé. Há uma promessa de Deus para Abraão e sua descendência: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3). Quem estiver ao lado de Israel será abençoado, quem decidir opor-se, será amaldiçoado.
Aprouve a Deus, enviar Jesus, o príncipe da paz, tendo sua linhagem humana da tribo de Judá, da casa de Davi, descendente de Abraão. Se cada ser humano, crer em Jesus e seguir os mandamentos, haverá paz. Porque Jesus disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (João 13.34). Em seguida completou: “Deixo com vocês a paz, a minha paz lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Que o coração de vocês não fique angustiado nem com medo” (João 14.27). Os sistemas deste mundo oferecem apenas uma falsa paz, uma falsa sensação de segurança. Por isso, amar os outros como Jesus nos amou é o segredo para desfrutar a verdadeira paz.
REFERÊNCIAS STRONG, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.