Pronto. Agora quero fazer algo por ela! Mas o quê? Um filho.
Se considerarmos a narrativa bíblica, veremos que a sunamita não pediu nada em troca do que fez pelo profeta e seu assistente. Porém, ao perceber sua generosidade, Eliseu decidiu que precisava fazer algo por ela. O filho, então, não foi um pedido dela, mas uma resposta de Deus, um presente.
Certo dia, a Bíblia nos conta que o menino morreu.
Como assim? Algo que Deus decide nos dar pode morrer?
Sim, pode.
E é exatamente por isso que entendo a atitude dessa mulher diante da morte da criança. Ela sabia que deveria colocá-lo em um caixão, pois era o que a ocasião pedia. Mas, para ela, não haveria enterro antes que tivesse uma conversa com Aquele que lhe havia dado o filho.
Uau! Eu fico impressionado com a ousadia dessa mulher.
“Não te disse eu: não mintas à tua serva?”, exclamou a Eliseu.
Querido(a), o ponto final só pode ser colocado por quem criou a ideia, por quem trouxe algo à existência, por Aquele que tem a vida e a morte em Suas mãos. Fora o Criador, todos nós somos apenas criaturas, sujeitos a acertos e erros. Por isso, aquilo que Deus te deu, ninguém pode encerrar, nem mesmo você!
Leve tudo o que as adversidades fizeram a você aos pés do Senhor.
Atraia a Sua presença para o cenário, mesmo que seja de luto ou desistência.
Insista naquilo que Ele decidiu começar em sua vida.
Não permita que a frustração roube a sua identidade.
Suba ao Carmelo até encontrá-Lo, e não desça de lá sem a Sua companhia.
A cama, o menino e o quarto têm um Dono!
Ainda há muita história para esse menino.
As páginas do livro da sua vida apenas começaram a ser escritas.
Afinal, há pontos que não são finais, mas continuativos.
Esse texto não é sobre meninos.
(2 Reis 4.8-37)