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Promessas

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Parte do tempo acreditamos que as promessas de Deus têm mais a ver com os locais que estamos e pessoas que conhecemos do que, primordialmente, sobre aquilo que sairá de nós. Deus estava bastante interessado, primeiro, em gerar algo dentro e a partir de Abraão, do que nas coisas que ele o permitiria conquistar. Deus diz “darei a sua descendência essa terra”. Na sequência, descendência vem primeiro do que a terra. Sendo que nesse episódio, Abraão está exatamente pisando a terra da promessa, mas questiona a Deus sobre a tal descendência que Ele daria aquela terra, visto que nem filho Abraão tinha. Deus nos faz promessas e por vezes, talvez por inocência ou tendência do momento, depositamos em locais e pessoas a responsabilidade de abrir as portas e nos dar as oportunidades necessárias para que haja o cumprimento de algo que foi dito por ele. Amo quando Isaías escreve “De quem recebeu conselho para julgar bem, para que se lhe indique o caminho da justiça, {se lhe ensine a ciência} e se lhe mostre a via mais prudente?” (40.14). O profeta entendeu que Deus não necessita de conselho nem de ajuda de ninguém para fazer o que Ele quer e promete. Quando lemos as expressões “a sua descendência” ou “aquele que sairá de ti” percebemos a alusão que se faz a Cristo, que viria trazer a todos nós a plenitude dos tempos e cumpriria a promessa concedida a toda a humanidade desde a gênese de tudo. Deus não está interessado que o cumprimento das promessas promova lugares, pessoas ou nossos próprios nomes. A partir do encontro que temos com Cristo ele passa a morar em nós, através do seu Espírito, e deseja ser manifesto através de nossas ações. Paulo fala aos Gálatas que Deus o separou desde o ventre de sua mãe “para revelar seu Filho” na pessoa dele, a fim de tornar Jesus conhecido entre os gentios (1.15-16). O cumprimento da promessa não está sob o controle de terceiras pessoas, não enfatiza locais, nomeações e plataformas. Estas farão parte do processo, porém, são secundárias. Deus quer se mover em nossa sociedade na medida que revelamos o Cristo que está em nossas entranhas. Afinal, de que vale “pisar em certos lugares” sem que o Filho possa neles se manifestar?

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