Do amor próprio ferido decorrem muitos outros sentimentos negativos, tais como impaciência, agressividade, pessimismo, frustração, raiva, ódio, baixa autoestima e desejo de vingança. Não há como entender o Evangelho sem aceitar a ideia do perdão. Ele é a base para que nos acheguemos a Deus, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus (Romanos 3:23-24).
Perdoar o ofensor é a maior vitória e condição para que sejamos também perdoados: Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas (Mateus 6:14-15).
A Bíblia nos diz ainda que o perdão é também condição para que nossas orações sejam ouvidas: Portanto, eu lhes digo:
Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá. E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados (Marcos 11:24-26).
O Novo Testamento está repleto de passagens que alertam sobre a necessidade do perdão, sendo um mandamento do qual Deus não abre mão:
Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar e que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta (Mateus 5:23-24).
No passado, como a sociedade era patriarcal (mulher e filhos não tinham “voz”), tudo era aparentemente mais fácil: o homem determinava, falava e era obedecido sem ser questionado. Havia a mágoa, o ressentimento, o ódio e a sede de vingança, pois esses sentimentos negativos fazem parte da natureza decaída do ser humano e sempre foram despertados pelas circunstâncias e pela ação do diabo. Entretanto, essas emoções eram sufocadas pelos costumes da época, que não velavam pelos direitos de todos.
Hoje, um dos grandes desafios da família é aprender a se relacionar, perdoar e amar. Os direitos são iguais, a mulher tem participação ativa na sociedade e as crianças são bens pátrios (do Estado), devidamente protegidas pelos direitos estabelecidos no Estatuto da Infância e Adolescência, que, dentre outras coisas, protege-as contra abusos, agressões e torturas físicas e psicológicas.
As leis foram ampliadas, os direitos de cidadania igualmente concedidos, mas dentro do lar as leis sempre serão regidas pela boa vontade, pelo perdão e amor. Sem isso a família não consegue vencer tantos desafios e tentações da contemporaneidade.
É preciso perdoar e amar mais!
Este texto é parte da obra “NO DIVÃ COM A DRA ELIZETE MALAFAIA – FAMÍLIA” – PASTORA ELIZETE MALAFAIA.
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