“De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2:25-26)
Fica claro nesses versículos do livro de Tiago que a vida da fé que dizemos professar também parte daquilo que praticamos. Raabe deixa isso evidente, ela foi uma mulher que não só confessou temer a Deus, mas que manifestou em atitudes aquilo que dizia crer em seu íntimo.
Sua atitude de esconder os espias no terraço de sua casa, mesmo diante da tensão criada pelos homens do rei de Jericó que estavam em sua porta atrás deles, denunciou que sua fé agia. Além disso, ela os despistou e assim salvou a vida daqueles Israelitas que estavam em uma missão a mando de Josué. O desfecho dessa história? A sua salvação e de sua família quando o exército de Josué invadiu e destruiu Jericó.
A escolha de expressar sua fé por meio de suas atitudes fez com que ela fosse lembrada na história como exemplo de grande fé. Raabe, uma mulher de fé real e não fingida, que destruiu os muros da indiferença e partiu para a ação. Uma mulher que não deixou sua fé escondida e imóvel no fundo de seu coração, mas foi capaz de trazer à tona tudo aquilo que carregava dentro de si. Ela me ensina que devo colocar em evidência através das minhas ações aquilo que digo carregar no coração.
A vida de Raabe é uma prova de que as nossas obras são uma reação da nossa fé e que estão ligadas por um elo que não pode se romper. Afinal de contas, nós não sabemos quando alguns espias irão cruzar o nosso caminho… Mas quando assim fizerem, que possamos dar a certeza de que entraram na casa certa, pois ali haverá uma “Raabe” disponível para manifestar o que o seu íntimo diz carregar.