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Ainda consideramos o valor de uma alma?

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Quem melhor entende de vida é o Criador da vida. Vida é, por excelência e prioritariamente o bem mais precioso de que dispomos, sem o qual todos os demais perderiam o sentido.

Primeiramente precisamos viver, para somente depois desfrutarmos os prazeres da vida.  Ao referir-se ao valor de uma alma, Jesus declarou ser ela superior a todo o mundo. 

Quem ganhou o mundo e perdeu a alma jamais ganhou alguma coisa. Custa entender a depreciação da alma na atual bolsa de valores de certos Ministérios.

Ouço falar com dolorosa (e dolorida) freqüência que líderes eclesiásticos declaram de seus tronos que qualquer pessoa será excluída se visitar determina Igreja (do mesmo nome, por sinal, mas de outra Convenção), ou se ouvir uma emissora de outra Denominação, ou ainda se comungar em outros arraiais. Mesmo sendo da mesma fé, mesmo lendo a mesma Bíblia. Mesmo indo para o mesmo Céu.

Que vergonha! Que decepção! Que deboche! Que péssimo testemunho para os infiéis! Que traição aos ensinos do Mestre!

Como causa prazer a muitos líderes, decididamente incapazes de ganhar uma alma para Cristo, desligar e desligar e desligar. Excluir, excluir e excluir.

Em não poucas comunidades, no fim do ano, as estatísticas declaram que o número dos que entraram é bem inferior ao dos que foram postos fora. Como têm crescido as igrejas dos filhos, das ovelhas e das moedas perdidas.

Nas parábolas de Lucas 15, o filho se perdeu porque o desejou. A ovelha, porque vacilou. A moeda, porque a dona de casa dela não cuidou. Para alguns é prova de heroísmo expulsar os irmãos que se recusaram a cumprir seus caprichos. Este é o perigo de ser maioria. 

Não faz diferença perder aquilo que não se ganhou. Este é o principio que os rege. A casa está tão cheia que, segundo alguns, não faz diferença perder uns. Embora esses uns sejam milhares.

Nesta época de globalização, pensar em uma vida parece uma prática extinta. Precisamos de um reavivamento que faça pastores chorarem por ovelhas, ao invés de as fazerem chorar.

Já não bastam os somente-avivalistas, que deixaram de ganhar almas?

Já não bastam os levitas com síndrome de patrimônio aumentado?

Já não bastam os astros e estrelas, ainda que tenham currículos de cometas e de planetóides?

Para completar, agora desaparecem os apascentadores, visto que se travestiram de a-pau-sentadores.

Está na ordem do dia condenar. Condenar os avivamentos, condenar os dons espirituais, condenar os long6animos, condenar os que não são ricos, condenar os misericordiosos e condenar os pobres. Somente condenar.

Durante décadas preguei nos púlpitos brasileiros, de Norte a Sul, advertindo e chamando a atenção para o fato de que Deus não tem filhos prediletos, nem compromissos personalizados com áreas restritas de Seu Povo.

Deus não é obrigado a estar em nossas reuniões, quando e se elas não O incluem em seus programas.

É hora de refletir. A paixão de Deus não é por siglas, nem por rótulos, nem por marcas-e-patentes, nem ainda por palácios. Ele é apaixonado por vidas. Tão apaixonado por elas, a ponto de oferecer Seu Filho para as redimir.

Oh Cristo santo, embora em algumas greis sejas atualmente um Cristo ausente, estejas como um Jesus perdido, e Te adorem como um Nazareno morto, lembra-te de que existem muitos que Te amam sinceramente e desejam o profundo mover do Teu Espírito em suas vidas e reuniões.

No dia em que nos consideremos os melhores e maiores, entramos no marco zero da rodovia que pode nos levar a sermos os menores e piores. Isto já aconteceu no passado. Nada custa ler algumas páginas da História.

Não sejamos insensatos, perdendo tempo em fazer política, retalhando ainda mais o Corpo do Senhor, e desordenando as fileiras dos redimidos, enquanto apoiarmos cismas e espalhamos confusão.

Recusemos decididamente a ser o único exército que devora e mata os seus próprios soldados. Começando pelos feridos em pleno campo de batalha. Amemos as vidas. Busquemos as vidas. Preservemos as vidas. Ajudemos as vidas. Elas valem mais que nosso bem-estar. Elas significam mais que o mundo inteiro.

Se não conseguimos ganhar as que poderiam vir, pelo menos não tratemos de perder as que já estão entre nós.

O mais importante de tudo ainda é O VALOR DE UMA ALMA.

A consideração que VOCÊ der a esta mensagem dirá se VOCÊ ainda acredita nesta verdade.


Texto original disponível em http://prgeziel.blogspot.com/2007/

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