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Apóstolos: muito mais que doze

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A cessação do ministério apostólico na Igreja do Senhor Jesus tem causado um prejuízo incalculável e irreparável. Ninguém saberia explicar porque os cinco ministérios mencionados em Ef 4.11 foram reduzidos a dois.

Insensatamente alguns declaram que a era dos apóstolos passou. Deveriam também proclamar que passou o tempo dos evangelistas e dos pastores.

Damos mil graças a Deus porque a Igreja Evangélica não dispõe de um Papa (embora nalguns lugares haja alguns líderes travestidos de papistas). A Igreja não partiu para o extremo de possuir papas e cardeais, mas também optou por não dispor de mestres, apóstolos e profetas.

Os mestres foram substituídos pelos doutores formados em Teologia. Vezes sem conta nada tem uma coisa a ver com a outra. Os profetas entraram em extinção há séculos. Hoje de uma maneira quase leviana muitos se autodenominam profetas exclusivamente para anunciar riquezas fáceis aos que apoiarem seus planos financeiros. Que saudade dos tempos áureos da Igreja Primitiva, quando as fortunas doadas eram postas aos pés dos apóstolos!

Os apóstolos cessaram por dezenas de décadas e no século passado foram substituídos, no Brasil, por Presidentes de Convenção ou de Supremos Concílios.

A autoridade apostólica é de origem divina e natureza espiritual. Ela jamais esteve vinculada a táticas eleitoreiras, tão próprias dos arraiais estranhos à Igreja do Senhor Jesus. O apóstolo possui traços fortes e evidências claras de uma liderança concedida pelo Espírito Santo. A ausência de apóstolos levou a Igreja a assemelhar-se a um Parlamento e suas mais importantes decisões, por falta de revelação e direção divinas, passaram a ser tomadas por votos e manipuladas previamente por hábeis ministros de conchavos.

Plenários convencionais, que no passado eram assembléias de Cenáculo, transformaram-se em objeto de manipulação feita pelos lobistas eclesiológicos. Uma incalculável soma de valores pecuniários que daria para sustentar centenas de missionários ao redor do mundo tem sido canalizada para propagandas eleitorais, nos angustiantes períodos que precedem assembleias convencionais.

Cada vez mais encontro homens de Deus que decidiram se abster dessas reuniões. Os momentos de oração e os períodos devocionais foram substituídos por conversas ao pé do ouvido, muitas delas com estilo maquiavélico.

E quando alguém pergunta o que está acontecendo, não se ouve resposta coerente.

Na verdade, faltam os apóstolos. Eles eram colunas na Igreja Primitiva.

Às vezes se chega a pensar que a Igreja hodierna continua com um Firme Fundamento e com paredes robustas e exuberantes. Mas… e as colunas?

Ninguém quer se dar ao trabalho de examinar o texto bíblico acuradamente. Lá está escrito que havia outros apóstolos, além dos doze. É só conferir.

Daqui a alguns anos haverá apóstolos em Igrejas que hoje rejeitam. Mas, como em outras áreas, eles surgirão tarde demais. Fica, todavia, o singelo lembrete. A igreja de Cristo foi estabelecida para ser uma Igreja Apostólica. Desde os primeiros tempos houve apóstolos. E muito mais que doze.

Texto original disponível em http://prgeziel.blogspot.com/2012/

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