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Jóias verdadeiras e bijuterias

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A beleza do Evangelho é algo sem comparação. A santidade da Palavra é perfeita e está além do nosso entendimento.

Quem maneja as Escrituras deve estar cônscio de que lida com tesouros insondáveis, visto sermos “despenseiros dos mistérios de Deus” (I Co 4.2).

Pregadores devem tomar tempo com a Palavra. Primeiramente para si; depois, para seus ouvintes.  O imediatismo rouba a elegância espiritual do ministério. A garimpagem não pode ser obra de minutos, senão de uma vida.

O púlpito sagrado foi instituído para projetar a fragrância da Rosa de Sarom, bem como a excelência das raras jóias escondidas no coração do Amado.

Pregar a Palavra de Deus aleatoriamente resulta em apresentar ao público ouvinte meras bijuterias, incapazes de adornar com precisão a alma regenerada pelo Senhor.

Um amigo meu costuma chamar as preciosidades descobertas na Bíblia de “pérolas”.

Vez por outra ouve-se falar de pessoas que transformam a pregação da Palavra em um amontoado de declarações inconseqüentes, que não agradam, não edificam e não permanecem.

Falar a Palavra do Rei equivale a expor jóias do mais precioso valor.

É preciso descobrir o sentido exato das palavras, a mensagem inserida no contexto, o propósito com que o texto foi escrito e a aplicação sugerida pelo próprio Espírito de Deus.

Os escritores do Cânon Sagrado precisaram de iluminação, inspiração e revelação. Ao exporem a Palavra, os pregadores carecem, sempre, dos mesmos divinos elementos. E os ouvintes, por sua vez, não poderão jamais assimilar com precisão a Santa Mensagem se não alcançarem revelação, se não forem iluminados e se não estiverem inspirados.

As jóias do Evangelho são mais do que meras palavras. Muito mais do que conceitos horizontais. São revelações do coração do Pai, verticalmente outorgadas à mente do pregador, que as transmite ao coração dos que comparecem ao templo sagrado, não à procura de bijuterias religiosas, senão de jóias teológicas de raro preço.

Bem-aventuradas são as igrejas alimentadas com o mel puro da Palavra, que jamais se confunde com os adoçantes dietéticos das doutrinas e filosofias humanas.

Sejamos como Eliezer, que não presenteou Rebeca com bijuterias de liquidação. Como está escrito em Gn 24, “aconteceu que, acabando os camelos de beber, tomou o homem um pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro”.

Não levemos latão para a tribuna da Casa de Deus. Deus nos levantou para oferecermos ouro puro, prata refinada, diamante de qualidade, jóias de raro valor. 

Escolha a frase que melhor lhe convier: Bijuterias, jamais. Ou: bijuterias, nunca mais.

Texto original disponível em http://prgeziel.blogspot.com/2007/ 

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