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Reflexões sobre a epístola de Paulo aos Colossenses

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Sempre devemos ser gratos ao Espírito Santo por nos haver doado a preciosa epístola escrita por Paulo e endereçada aos membros da igreja do Senhor na cidade de Colossos.

Essa epístola contém ensinamentos básicos para o povo de Deus e situa-se em grandeza teológica ao lado da que foi enviada à igreja em Éfeso. Paulo a escreveu durante seu período de cativeiro na cidade de Roma e a enviou pelas mãos de Tíquico, um dos seus mais íntimos e fiéis colaboradores, provavelmente no ano 62 da Era Cristã;

Facilmente podemos divisar cinco seções na carta e cada uma delas é por si só, um verdadeiro monumento.

Paulo possuía uma visão apostólica das igrejas e sentia-se fortemente comprometido a exortá-las, admoestá-las e confrontá-las.

Na época em que Paulo viveu as igrejas (especialmente a de Colossos) sofreram fortes ataques de indivíduos que seguiam os ensinamentos filosóficos, tanto oriundos dos Judaísmo quanto do Médio Oriente e tais filosofias começaram a corromper a simplicidade da fé cristã, de tal modo que a glória, a dignidade e a divindade de Cristo estavam sendo postas em dúvida.

Existe uma evidente similaridade entre as epístolas endereçadas aos efésios e aos colossenses.

A primeira parte compreende os seis primeiros versículos do capítulo primeiro e seu enfoque está na satisfação pelas qualidades espirituais dos crentes colossenses.

A segunda parte trata da intercessão em favor de um maior crescimento da Igreja, e se estende de 1.7 a 1.10;

A terceira parte vai de 1.11 a 1.27. O tema é a exposição de um grande mistério.

A quarta parte compreende todo o segundo capítulo e inclui basicamente admoestações para uma vida estável.

Na quinta e última parte da epístola o apóstolo Paulo apresenta exortações sobre a santidade e trata de relações domésticas. Ela abrange os capítulos 3 e quatro.

Assim, essa epístola é profundamente teológica, mas não descura o lado social e prático da vida cristã.

Ao decidir ler pausadamente essa epístola, que tal levar em consideração algumas simples sugestões para um melhor aproveitamento?

Pois bem, destaco a seguir nove pérolas encontradas no primeiro capítulo da magnífica Carta à Igreja em Colossos. Poderiam ser doze, quarenta ou oitenta, mas para o espaço proposto, bastam essas nove:

1.  1.1 – Paulo declara que a redação dessa carta contou com a colaboração do Irmão Timóteo a quem nas Epístolas Pastorais ele chama de meu filho na fé. Imaginemos a surpresa de Timóteo ao ver seu nome associado ao maior de todos os apóstolos!

2.  1.2 – O apóstolo usa três palavras para definir e identificar os membros da Igreja em Colossos. Eram irmãos, eram santos e eram fiéis. Hoje em dia há que nem são santos, nem fiéis, nem irmãos. Outros há que são irmãos, mas não santos nem fiéis. Vale a pena refletir sobre essas 3 palavras.

3.  1.8 –  Nosso amor no Espírito. Que lindas palavras! Nossa fala é de fraternidade e de solidariedade. Amor fala da virtude maior, indispensável a todo cristão. No Espírito recorda a origem da Obra que tem sido feita dentro de nossos corações.

4.  1.9 – Sabedoria e entendimento espiritual   Existe uma louca competição  no mundo, a busca pela sabedoria. A Bíblia menciona 3 tipos de sabedoria: a de Deus, a de Satanás e a do homem. A satânica é totalmente deturpada; a do homem, absolutamente limitada. A divina, perfeita e imaculada. A sabedoria espiritual é adquirida a partir do temor a Deus e é excelente para dirigir, como ensina a Escritura. Se alguém sente falta, basta pedir a Deus com fé e sinceridade.

5.  1.10 – Em nossa versão são encontrados 3 verbos, como tradução dos que Paulo usou como meta proposta para os irmãos colossenses: agradar, frutificar e crescer. Agradar sugere um relacionamento vertical com Deus. Frutificar é o trabalho interior do Espírito dentro de cada um de nós. Crescer aponta para a visão coletiva e universal da Igreja. Agradando a Deus, frutificamos. Frutificando, crescemos. Crescendo, atingimos a estatura de “varão perfeito”.

6.  1.12 – O Pai vos fez idôneos. Diante dos ataques cruéis do Adversário, que desejava ver o declínio espiritual da Igreja, através da perda de sua firmeza espiritual e de suas convicções nos fundamentos do Evangelho e da fé cristã, Paulo testifica da idoneidade dos membros daquela Igreja. Quão triste é observar pessoas que se comportam como crianças e “são levadas pelo vento”, indo ao sabor das ondas que sopram para minar-lhes o conhecimento, a firmeza e a estabilidade. Heresias e filosofias, bem como religiões e seitas falsas são armas diletas do Inimigo para tentar destruir a Igreja, mas o Senhor já declarou que as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Que cada um cultive sua própria idoneidade, dentro e fora da Casa do Senhor.

7.  1.14 Temos a redenção. Redenção é uma palavra favorita nas epístolas de Paulo. Redenção é um tema prioritário nas páginas da Bíblia. Redenção define o propósito e o significado da morte de Jesus. Redenção aponta para o sangue inocente e imaculado que oferecido por nós e que sacudiu de sobre nós o jugo do pecado e da escravidão de Satanás.

8.  1.15 – Nele – por ele – para ele. A Cristologia da epístola de Paulo aos Colossenses (bem como a dos Efésios) projeta o Filho de Deus e nosso Salvador no pódio universal da majestade divina. Tudo o que foi criado foi criado NELE. Este é o testemunho sólido e vibrante de Jo 1.1-3. Tudo o que foi criado por ELE. Ele é o Coautor da Criação e merece ser adorado pelos homens na Terra, assim como pelos anjos no Céu. Nós o adoramos no tempo atualmente, mas estamos a caminho de adorá-lo eternamente.

9.  1.18 – Ele é a Cabeça da Igreja.  Jesus veio a este mundo “buscar e salvar o que se havia perdido”. Esses ex perdidos e agora salvos constituem a Igreja do Deus vivo, coluna e firmeza da verdade. Cristo não é O cabeça da Igreja. Ele é A Cabeça. A única, a divina, a insubstituível Cabeça. Essa Cabeça mora no Céu, mas o Seu Corpo vive na Terra. Cristo nos ensina a ver corretamente, porque os olhos estão na Cabeça. Ele nos outorga sabedoria, porque na cabeça está o cérebro. Ele é quem nos ensina a discernir entre o bem o mal, posto que o nariz também está na cabeça.

E, finalmente, Ele fala a Palavra, Ele tem a Palavra e Ele É a Palavra. Somos apenas os Seus porta-vozes. Que essa Cabeça continue a ter primazia em nossa vida, assim como teve na de Paulo e na dos crentes de Colossos. Assim seja, até que o Senhor volte.

Texto original disponível em: http://prgeziel.blogspot.com/2011/08/reflexoes-sobre-epistola-de-paulo-aos.html

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