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As diferenças entre homens e mulheres: Covid-19, Psicologia e Biótipos

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Acerca dos inúmeros debates sobre as diferenças entre homens e mulheres chamou a atenção um artigo que aborda essa diferença quanto ao Covid. Homens e mulheres reagiriam igualmente à infecção do coronavírus?  

O artigo científico (1) publicado pelo Journal Neuroimune Pharmacological mostrou que os homens experimentam uma gravidade e fatalidade mais altas para a infecção por COVID-19 do que as mulheres. O trabalho analisou as evidências dessas diferenças de sexo e gênero e tentou ilustrar possíveis mecanismos por trás dessa sensibilidade. A entrada bem-sucedida do SARS-CoV-2 no corpo depende do receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) e da protease transmembranar serina 2 (TMPRSS2). 

Assim, diferenças baseadas no sexo na expressão do receptor ACE2 e TMPRSS2 podem explicar as disparidades na gravidade e fatalidade do COVID-19. Além disso, essas disparidades também podem ser atribuídas à diferença baseada no sexo nas respostas imunológicas. Finalmente, as diferenças nos resultados clínicos das infecções por COVID-19 entre homens e mulheres podem ser devido a diferenças de gênero em comportamentos, como tabagismo e prevalência de comorbidades. 

Tomando as diferenças entre homem e mulher pelo campo da psicologia, destacam-se vários estudos, sendo uma parte importante deles citados em artigo (2) publicado pela BBC. A matéria trouxe autores importantes como Paul Costa, Robert McCrae e Antonio Terracciano, que em 2001 avaliaram mais de 23.000 homens e mulheres de 26 culturas preenchendo questionários de personalidade. Analisando populações de culturas diversas, como Hong Kong, EUA, Índia e Rússia, as mulheres consistentemente se classificaram como sendo mais calorosas, amigáveis, ansiosas e sensíveis a seus sentimentos do que os homens. Os homens, por sua vez, classificaram-se consistentemente como mais assertivos e abertos a novas ideias.

Resultados semelhantes surgiram em 2008, quando uma equipe de pesquisa separada pediu a mais de 17.000 pessoas de 55 culturas para preencher questionários de personalidade. Mais uma vez, as mulheres pontuaram mais alto em amabilidade e neuroticismo (expressão explicada mais a frente) e desta vez também em autoconsciência e extroversão.

Outra pesquisa mostrou que os gêneros começam a diferir em personalidade muito cedo na vida. Publicado em 2013, esse experimento analisou as classificações do temperamento de 357 pares de gêmeos feitos quando tinham três anos de idade. Os meninos foram classificados como mais ativos, em média, do que as meninas, enquanto as meninas foram classificadas como mais tímidas e com mais controle sobre sua atenção e comportamento.

Yanna Weisberg, do Linfield College, e seus colegas testaram essa possibilidade em 2011, medindo o que chamaram de dois “aspectos” de personalidade, extroversão e neuroticismo, em mais de 2.500 pessoas. A extroversão, por exemplo, compreende dois aspectos: entusiasmo e assertividade, enquanto o neuroticismo compreende volatilidade e retraimento.

Adotando essa abordagem, os pesquisadores realmente encontraram diferenças de gênero para cada um dos aspectos da personalidade que analisaram – as mulheres pontuaram mais alto, em média, em entusiasmo, compaixão, polidez, ordem, volatilidade, retraimento e abertura, enquanto os homens pontuaram superior em assertividade, diligência e intelecto.

Um importante pesquisador da área, Marco Del Giudice, afirma: “os pesquisadores muitas vezes enfatizam o risco de superestimar as diferenças de gênero, mas o inverso é igualmente verdadeiro. Fingir que as diferenças de gênero são menores do que são, priva as pessoas de um conhecimento muito importante sobre si mesmas e sobre os outros.”

Mas as diferenças entre homens e mulheres podem ser observadas não só nas respostas imunológicas e na psicologia: a própria compleição física apresenta diferenças importantes, senão vejamos: 

os organismos masculinos têm mais massa muscular, mais resistência e maior capacidade pulmonar. São em média mais altos e fortes que as mulheres, e a maior altura e força, por si só já se constituem vantagem em esportes de alto desempenho. 

Por isso há importantes questionamentos quanto à migração de atletas transgêneros em esportes como basquete, vôlei, natação e até mesmo (pasmem) em esportes de lutas marciais. 

Como se pode concluir, homens e mulheres são diferentes em inúmeros aspectos. E essa não é uma visão religiosa: é científica! O ser humano nasce biologicamente macho ou fêmea. 

Cada uma das nossas trilhões de células carregam material genético alinhado ao seu design genético e cromossômico.

Assim, é inevitável admitir que a Bíblia tem razão ao mostrar que desde o princípio, Deus criou homem e mulher, 

“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” (Gênesis 1.27). 

Deus criou seres diferentes com funções de complementaridade, e não seres humanos que pudessem, em determinado momento, assumir funções incompatíveis com a sua natureza ou “mudar de sexo” de forma artificial e cirúrgica e que não são sequer funcionais em termos reprodutivos.

(1) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33405098/ 

(2)  https://www.bbc.com/future/article/20161011-do-men-and-women-really-have-different-personalities 

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