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Inteligência Financeira (Parte I)

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“Mas, lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza.”

Deuteronômio 8.18

Inteligência financeira, em primeira análise, parece ser um conceito restrito a alguma formação específica, ou, até mesmo, um privilégio concedido de forma restrita a algumas pessoas. No entanto, analisando muitos casos e levando em consideração minha experiência de observação, percebi muitas situações, que, ao senso comum, seriam improváveis, pois, mesmo sem formação na área, existe a possibilidade de se ter um nível financeiro e qualidade de vida financeira acima da média. Podemos ressaltar que a própria Bíblia atesta que o povo que vive a palavra de Deus é gente sábia e entendida (Dt 4.6).

Nesse artigo sobre Inteligência Financeira, o propósito não é apontar como ganhar mais e mais dinheiro, mas, sim, contribuir para uma orientação apropriada sobre como viver melhor e oferecer dicas de como lidar com suas finanças, seguindo o direcionamento da Palavra de Deus.

O sucesso, assim como o bem estar financeiro, não estão em ter muito dinheiro. Assim como existem muitos, que ganham bem e não atingem prosperidade, outros, apesar do pouco, vivem felizes e de forma a ter um equilíbrio em suas finanças, contribuindo para o seu bem estar.

Mas, afinal, o que é ter Inteligência Financeira?

De forma resumida, a resposta envolve uma boa educação financeira, capacidade de administrar e aplicar bem os recursos obtidos, além de saber lidar com as finanças, quer sejam elas no âmbito empresarial, no seio familiar ou em suas finanças pessoais.

Apesar de ser um termo recente, é um assunto frequentemente abordado e que requer atenção especial, pois é um conhecimento teórico, que, assim como muitos outros, só tem seu propósito cumprido ao ser aplicado na prática.

Lucas 14.28-30 – Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que virem rirão dele, dizendo: Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar.

O homem em questão é um exemplo de um conceito muito comum no vocabulário militar – a “desinteligência”: Falta de planejamento, de saber lidar com o orçamento, falta de habilidade financeira. É muito comum encontrar pessoas que, por falta dessas habilidades, ou por “desinteligência”, acabam errando e não tendo capacidade de terminar o projeto ou obra, que começaram.

Aconteceu comigo. Na compra do meu primeiro apartamento, quando eu tinha cerca de 25 anos de idade. No ano de 1996, vindo de uma cidade do interior do Espírito Santo, trabalhando na empresa, em que trabalho até hoje na capital Rio de Janeiro, costumava observar os vizinhos colocando os melhores pisos, fazendo obras e deixando seus respectivos apartamentos, lindos, disse: vou fazer também uma bela obra! Fiz, e fui capaz de concluir, mas por falta de preparação, adquiri uma dívida enorme. Se eu tivesse planejado – visto a viabilidade – e se não achasse que devia acompanhar os passos dos demais vizinhos, e vivesse dentro de minhas condições, o resultado teria sido diferente.

Por que aumentar sua inteligência financeira?

Consciência de realidade e propósito: entender onde você está e onde deseja chegar. Isso vai ajudar nas tomadas de decisões e nortear-te-á melhor!

Princípios bíblicos básicos da Inteligência Financeira

Bom, o foco é trazer o que a Bíblia diz-nos, e ela está repleta de mensagens, palavras que norteiam nosso viver diário, e, também, orientações específicas para nossa vida financeira! Costumo falar que finanças é um assunto altamente espiritual. Digo isso, pois já vi muitas famílias, igrejas e pessoas, de uma forma geral, arruinarem sua fé e seus princípios por não saberem cuidar de suas finanças.

Vale mais ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro (Pv 22.1).

Por tudo o dinheiro responde (Ec 10.19b).

  • Entender que tudo é do Senhor:

 (Salmos 24.1)Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.”

Engana-se aquele que pensa ser o possuidor, dono, de alguma coisa. Somos simples administradores.

Nosso Deus é o criador dos céus, isto é, a extensão de todo o firmamento, e criador da terra. Logo, tudo o que neles existem, ou provém do universo e da criação, é d’Ele. Além disso, o salmista continua, dizendo que o mundo e tudo que nele habita são d’Ele. Somos feitura de suas mãos, somos Seus. Entender isso é um grande passo para sermos inteligentes financeiramente. 

  • Tenha dependência plena de Deus,

(Mt 6.33) “Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas lhes serão acrescentadas.

Você considera-se tão bom em alguma coisa que, muitas vezes, passa a acreditar que é você que conseguiu conquistar, avançar, chegar onde você está agora? Pois é, Deus sabe que nós somos tendenciosos a achar que somos melhores do que realmente somos. No livro de Deuteronômio 8.17, diz Deus: Portanto, não digas no teu íntimo: “a minha força e o poder do meu braço me conquistaram estes bens e riquezas”.

Deus alertava ao povo de Israel sobre essas questões. Ele havia prometido uma terra que daria leite e mel, seria uma terra de prosperidade e daria saúde, força, capacidade, para que eles pudessem ser prósperos em tudo que propusessem fazer, segundo a sua vontade. No entanto, sabendo como somos falhos, faz um alerta, cuidado para não achar que tudo isso foram seus esforços que adquiriram, lembrem-se que fui Eu quem deu a vocês todas essas coisas.

Quando estudamos o capítulo 6 de Mateus, vemos preocupações da vida em vários âmbitos: socioeconômico, sociocultural e espiritual, e Jesus fala aos Seus, dizendo que, diante de tantas preocupações, havia um Deus que cuidava de cada um de Seus filhos, portanto, não precisavam ficar ansiosos com essas coisas e termina Sua fala dizendo: buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas. Precisamos entender que a busca é pelo reino de Deus e sua Justiça e a Prioridade é Dele, Somos dependentes Dele.

“Confie em Deus e saiba que para Ele e por Ele são todas as coisas. Mas, faça, trabalhe como se tudo dependesse de suas ações.”

  • Entender que Deus é Justo: Ele derrama Bênçãos sobre todos.

Sua justiça denota que aquele que trabalha, administra bem o que tem nas mãos, vive com o que tem, será bem sucedido. O inverso também é verdadeiro – quem não trabalha, é melhor que não coma; quem não administra bem os seus bens, é chamado de negligente, veja a parábola dos talentos (Mt 25).

Não podemos nos enganar: ninguém chega ao sucesso profissional, nem mesmo ministerial, sem ter dedicação, sem investir seu tempo, seus esforços, sua capacidade, sem arriscar, muitas vezes, com danos, mas prosseguindo até o alvo que deseja alcançar. Ainda verificando o mesmo texto, Mt 6.33, indica buscar o reino de Deus e sua Justiça. Ele é justo, e, por isso, recompensa quem se esforça em fazer seu melhor. (Mt 5.45) “o sol aparece sobre bons e maus”. Isto é: a oportunidade está para todos, quem aproveita as oportunidades, conquista o que deseja.

  • Somos Servos de Deus, não das Riquezas: Mt 6.24, ninguém consegue servir fielmente a dois senhores.

Engana-se quem acredita que pode servir a Deus fielmente e, ao mesmo tempo, viver de forma que o sucesso financeiro, a preocupação ou dedicação em gerar mais e mais riquezas, estão como prioridade principal.

Não podemos nos tornar escravos do dinheiro. As riquezas, de uma forma geral, devem estar a nosso serviço. Assim, o domínio nosso sobre as riquezas, a sabedoria em usufruir, em investir, ser generoso, isso sim, deve ser o foco do relacionamento com ele. A Bíblia diz-nos: A alma generosa prosperará, e o que regar também será regado (PV 11.25).

Na parte II desse artigo, daremos dicas de como viver uma vida próspera. Até lá!

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