– Qual é o nome do novo escravo?
– José. – O hebreu?
– Sim!
– Te falar… não me convence.
Tempos depois…
– Qual é o nome do governador?
– José.
– Huuum, o hebreu?
– Sim!
– Te falar… AGORA sim, eu acredito nele.
ENTÃO… Eu não quero acreditar nas pessoas só depois de suas histórias prontas. Eu preciso aproveitar a oportunidade que a vida me dá de estar junto delas, seja em que capítulo de suas vidas elas estiverem. Eu não me importo se estarei ou não atuante nos capítulos mais ilustres dessas histórias… o fato de ter vindo junto até aqui não é garantia de permanecer até lá – e isso não precisa ser trágico, às vezes é o curso natural da vida.
Estar aos berros no cenário da coroação do novo governador dizendo: Vai lá, José! Arrebenta! Vira tudo, quebra tudo! Tem lá seu “valor”. Mas que eu seja também a voz que saúda o novo companheiro de cela e diga: Você está aqui, mas eu acredito nos sonhos de Deus pra você. Não deixe de crer, Zé! Não precisa me contar o que aconteceu pra você parar aqui. Tenho ombros, joelhos e meu abraço à sua disposição – caso você tenha chegado aqui desacreditado de ouvidos confiáveis, não me importo; aliás, te entendo. Eu acredito na sua história com Deus.
Alguns simplesmente não me inspiram – afinal, se não estamos em busca das mesmas coisas, nossos conceitos de honra serão bem diferentes, mas isso não significa que devo desacreditar.
Nunca é tarde para acreditarmos nas pessoas… às vezes é tudo que alguém ferido precisa para sair dos seus capítulos de tragédias e começar a inaugurar as páginas de um lindo capítulo da superação…