Hospede-se na montanha por um tempo…
Maria quando soube que estava grávida precisou ausentar-se de Nazaré por um tempo… não era um “adeus” – era um “Já volto com minha nova versão!”
Às vezes precisamos deixar Nazaré e subir às montanhas – essa foi a escolha de Maria: começar a gerar algo nos lugares altos (na casa de sua prima Isabel).
Nazaré poderia ser cruel! E antes de ser alvo de leituras erradas de quem não estava no diálogo com o anjo Gabriel, melhor ausentar-se. Antes dos inquéritos de “como?” “quando?” “como assim?” “me conta isso direito!” “Mãe do Salvador, VOCÊ, Maria? Menos. Bem menos…” – é melhor retirar-se e permitir-se um isolamento temporário, ou melhor, um redirecionamento.
Os lugares altos te esperam, Maria!
Quem sabe seu interior denúncia que o Céu está gerando algo em você e isso não tem te feito “festejar”, mas sim sentir a necessidade de um redirecionamento – há uma necessidade de uma quietude, o que talvez até te faça se sentir estranho(a), pois qualquer um sairia correndo com a mão na barriga pelas ruas de Nazaré gritando: EU FUI A ESCOLHIDA! EU FUI!
Que Nazaré descreia! Que Nazaré subestime… de que importa?! Seu ventre já foi escolhido! Tarde demais…
Os lugares altos te esperam, Maria!
Às vezes será necessário silenciar algumas experiências suas com o Céu. Silenciar projetos sendo gerados. Silenciar promessas que já entraram na fase embrionária – não se constranja por isso! Não se constranja por isso.
Os lugares altos te esperam, Maria!
Será necessário sobreviver por um tempo, ter saudade do seu quarto, de sua cama, de sua casa de Nazaré, mas a glória do que está sendo gerado em você te sustentará nessa fase.
Suba silenciosamente aos lugares altos, e desça silenciosamente deles também – não vai adiantar contar detalhes da visita do anjo para quem descrê que o Céu conhece seu pé da cama, seu nome e seu CEP… Sua barriga crescendo denunciará que tudo foi real.
Os lugares altos te esperam, Maria!
Suba. Mas suba sem alardes. Simplesmente suba…