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A vida que conduz à perdição eterna

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Quem vive dissolutamente, longe de Deus, escolheu a porta larga. Contudo, é necessário estabelecer aqui uma distinção. Uma pessoa que comete pecado ao qual todos estamos sujeitos, é diferente da pessoa que vive em pecado. O apóstolo João declarou, em sua primeira carta, que, se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós (1 João 1.8). Todos estamos suscetíveis a pecar, mas há quem peque habitualmente, não se importando em reconciliar-se com Deus. Porém, João nos dá esta grande notícia: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 João 1.9).

Pecar é transgredir as normas estabelecidas por Deus, errar o alvo, desobedecer às leis do Criador e infringi-las, o que implica em dívida. Em sua carta aos gálatas, o apóstolo Paulo apresenta uma ampla lista de pecados que são cometidos por quem vive afastado de Deus:

“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.”

Gálatas 5.19-21

Jesus disse em Mateus 7.14: E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. A porta é estreita, o caminho é apertado, e poucos são os que encontram esse caminho que conduz à vida. Em outras palavras, a porta leva ao céu e às bênçãos espirituais. Ela está aberta para quem quiser entrar. Contudo, poucos entram por ela, porque é estreita e requer daqueles que a ultrapassem renúncia quanto ao estilo de vida mundano e obediência a Deus, para alcançar a salvação em Cristo.

E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me (Lucas 9.23). Renunciar a nós mesmos é renegar o que atrai a nossa natureza com mais veemência, levando-nos a pecar. Este mundo tem muita coisa que nos atrai. Então, se desejamos seguir Cristo pelo caminho apertado, devemos estar dispostos a renunciar a nós mesmos, às solicitudes da nossa natureza carnal e à nossa vã maneira de viver.

Você quer seguir o caminho da porta estreita? Então, renuncie a si mesmo, arrependa-se dos seus pecados e aceite a Cristo como Salvador. Isso implica em você dizer “não” aos desejos que levam à morte espiritual e às obras da carne. Porém, devo advertir que muitos, após aceitarem a Cristo, passam a viver segundo um evangelho de facilidades. Eles costumam aconselhar: “Não se preocupe, irmão. Você é novo convertido, e não há problema algum em continuar nesse tipo de trabalho ou de prática ilícita”. Isso, portanto, é banalizar o evangelho. Se nos deixarmos levar por nossa natureza carnal, acabaremos não renunciando a nada e nos candidatando a futuros moradores do inferno.

O que é, então, renunciar? Em termos bíblicos, é abrir mão de nossa vontade em prol da vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável: E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12.2). A renúncia verdadeira nasce no coração do homem; é uma decisão individual, geralmente motivada pela necessidade de algo superior, capaz de preencher o vazio da alma. É o resultado de um arrependimento sincero e resulta na decisão de mudar de estilo de vida.

Um evangelho sem renúncia e mudança na maneira de viver, que permita à pessoa continuar no mesmo estilo de vida dissoluta e cheia de pecado, não é o evangelho de Jesus Cristo; é o da porta larga, cuja cartilha foi escrita pelo diabo. Evangelho de verdade é o da porta estreita e do caminho apertado, que conduz à vida eterna e à vitória. Sendo assim, renuncie à porta larga!

É claro que renunciar a si mesmo e viver para Cristo não implica em viver fora do mundo nem deixar de relacionar-se com as pessoas. Se assim fosse, conforme argumentou Paulo com os cristãos de Corinto, seria necessário sair do mundo (1 Coríntios 5.10). Os coríntios haviam interpretado mal as instruções do apóstolo. Pensaram que ele os aconselhara a afastarem-se totalmente de todos os pecadores. Porém, o que ele recomendou foi isto:

“Já por carta vos tenho escrito que não vos associeis com os que se prostituem; isso não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas, agora, escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.”

1 Coríntios 5.9-11

Em suma, a Palavra de Deus nos ensina a renunciar à nossa carne e às suas obras malignas (Gálatas 5.20,21), que entristecem o Espírito Santo, e a obedecer ao mandamento de Deus, que implica amar a Deus com todo o nosso ser e ao nosso próximo como a nós mesmos. Aquele que crer em Jesus Cristo como Salvador terá aberta a porta da salvação para si e sua família (Atos 16.31).

*Este texto é parte da obra “SER UM VERDADEIRO CRISTÃO – PASTOR SILAS MALAFAIA”. Adquira a obra integral em: https://loja.editoracentralgospel.com/centralgospel/livro-ser-um-verdadeiro-cristao-000339

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