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A importância do exemplo

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Certa vez, Deus apareceu a Isaque e disse-lhe: “Eu sou o Deus de seu pai Abraão” – Gn 26.24b. Passa-se os anos e Deus aparece a um dos filhos de Isaque, Jacó, e diz-lhe: “Eu sou o SENHOR, Deus de Abraão, seu pai, e Deus de Isaque”- Gn 28.13b.

Eu não vejo Isaque rejeitar a Deus quando o Senhor diz que é o Deus de seu pai. Da mesma forma, eu não vejo Jacó rejeitar a Deus quando o Senhor identifica-se como o Deus de seu avô Abraão e de seu pai Isaque (a Bíblia em Gn 28.13b diz que Abraão era pai de Jacó no sentido de ser seu antecedente).

Infelizmente, não é isso que aconteceria hoje com muitos filhos de pais cristãos. Pois, pela falta de uma verdadeira vida com Deus, os filhos não sabem o que é a bem-aventurança de servir ao Senhor.

Há casos em que os filhos veem o quão “santos” os pais são em público, mas não enxergam a mesma conduta dentro de casa. Crescem expostos à hipocrisia e encaram o evangelho como uma farsa, um teatro, uma vida de aparência desconectada da realidade.

Há também o perigo real de negligenciar a família em prol dos compromissos da igreja. Certa vez, eu estive em um culto em que fizemos uma homenagem a um grande pastor brasileiro. Um verdadeiro mestre na Palavra que à época estava com cerca de 90 anos de idade. Eu o admiro muito e aprendi muito com ele. Naquele culto, deram a palavra à filha dele (que à época devia ter 40 anos aproximadamente). Enquanto agradecia e homenageava seu pai, ela também mencionou o quanto sentiu a sua falta na infância e o quanto sua mãe precisou cuidar sozinha da casa e dos filhos por causa das suas frequentes ausências. Ficou claro a todos que aquele homem de Deus havia sido um grande conhecedor e ensinador da Palavra, mas, infelizmente, não havia sido um bom pai. Naquele momento eu disse a mim mesmo: “Meu Senhor, tem misericórdia de mim. Nenhum homem é perfeito e eu também não sou. Mas, eu não gostaria de repetir o mesmo erro. Não quero que minha filha tenha a mesma queixa de mim.” As palavras daquela filha foram um dos maiores alertas que recebi sobre o dever de dar prioridade ao cuidado da família.

Portanto, se o Senhor hoje se revelasse a alguns filhos dizendo Ele é o Deus de seus pais, infelizmente, muitos deles, como no primeiro caso acima, diriam “é a crença de meus pais no Senhor que me fez ver o quão hipócrita é andar no evangelho”, e, no segundo caso, diriam “não tive o amor de um pai porque ele estava tão envolvido em servi-lO que não tinha tempo para mim”.

Portanto, há uma pergunta importante que precisamos responder a nós mesmos: COMO NOSSOS FILHOS REAGIRIAM SE O SENHOR SE MANIFESTASSE A ELES DIZENDO QUE É O NOSSO DEUS? Minha esperança é que esta reflexão transforme-nos em pais melhores.

Há uma expressão muito usada na Bíblia que diz “o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Dentre tantas lições que esta expressão nos ensina, umas delas é que Deus não é apenas o Senhor de uma geração. Mas, Ele é Senhor da geração ANTERIOR, da MINHA geração e da geração que HÁ DE VIR. Em suma, Deus é o Senhor de toda a humanidade em todas as suas gerações.

Minha oração é que o Senhor possa brilhar de tal forma através de sua vida que você sirva de exemplo às próximas gerações. Mas, antes de pensar em alcançar os outros, que você tenha o privilégio de servir de referência para alcançar os seus próprios filhos. Que eles olhem para você e digam “eu quero servir a Deus assim como o meu pai.” De todos os bens que você poderia deixar a eles, nada se comparará a essa bênção. Da mesma forma que Deus foi com Abraão, que o Senhor seja o teu Deus, o Deus de teu filho e também o Deus de teu neto.

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