Provérbios 31:16 diz:
A mulher de provérbios 31 é uma mulher que, apesar de ser zelosa por sua família, suas habilidades não se resumem ao campo doméstico. Ela mesma vai examinar um campo, e avalia se vale a pena a compra ou não. Ela não delega para o marido: ela mesma avalia se ele será rentável ou não. Ela o compra e esse campo se mostra tão rentável que ela planta um vinhedo com seus rendimentos! Ela é empreendedora e sabe gerir seu próprio dinheiro.
Jesus nunca teve desconforto com o fato de mulheres terem dinheiro. Ele até mesmo era sustentado por algumas delas em sua jornada terrena.
Lucas 8:1-3 diz:
“Iam com ele os Doze e também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos impuros e enfermidades. Entre elas estavam Maria Madalena, de quem ele havia expulsado sete demônios; Joana, esposa de Cuza, administrador de Herodes; Susana, e muitas outras que contribuíam com seus próprios recursos para o sustento de Jesus e seus discípulos.”
A Palavra também fala em Atos sobre Lídia, vendedora de púrpura, um artigo fino, de alto valor agregado em uma época que os tecidos não tinham cor. Ela era temente a Deus e recebeu a mensagem do evangelho pregado por Paulo. Lídia era uma mulher comerciante, e que tinha posses.
A palavra economia advém da palavra “oikonomia”, constituída de duas palavras: “oikos”, que já mencionamos aqui e “nomia” que significa leis e normas. Oikonomia portanto expressava o conjunto de regras, de normas que regulavam as relações de produção e distribuição dos bens e produtos necessários à preservação da vida do núcleo familiar.
Eram as mulheres as responsáveis pela oikonomia , o conjunto de relações e atividades realizadas no lar, no espaço privado, com a finalidade de manutenção da vida biológica dos habitantes da “oikos”, da casa, criando os bens necessários à satisfação das necessidades.
A questão não são mulheres que possuem ou administram riquezas, mas sim mulheres possuídas pela busca por riquezas.
E para isso não há distinção de sexo. A avareza é um pecado sem gênero. Avareza tem a ver com egoísmo e com uma identidade firmada sobre alicerces falsos. Se no altar do nosso coração houver nossa carreira, nossa “independência”, nosso status, posso ter me tornado uma idólatra, porque aquilo que eu mais quero se torna o meu deus. Não é possível servir a dois senhores. Pois iremos amar a um e desprezar o outro.
Não há como me lançar na estrada da “busca em primeiro lugar do Reino de Deus” e ao mesmo tempo estar na estrada que os gentios estão, correndo atrás do que “vou comer e o que vou vestir”.
Não dá tempo para ser mãe. Não há espaço para ser esposa. Cuidar do governo do lar que Deus entregou aos meus cuidados quando formei uma família se torna uma perda de tempo e um peso.
Porém, esse não era o caso dessa guardiã. Apesar de estar atenta à lucratividade de suas atividades comerciais, ela não estava buscando saciar o anseio de sua alma por segurança com bens e riquezas.