Já falei sobre esse tópico de forma mais rápida anteriormente, mas quero deter-me aqui um pouco mais sobre esse assunto.
Como o namoro não é um bicho de sete cabeças, ele não pode ser também um jugo pesado a ser carregado. É bom o casal de namorados entender que está apenas “namorando” e que tem de tomar cuidado com imposições exageradas. Lembre-se: namoro é fase de conhecimento.
Às vezes, essas imposições são frutos de um ciúme doentio. Por exemplo: fiquei sabendo de um caso em que a moça chegou para o culto na igreja e assentou-se em determinado lugar. Naquele momento, um rapaz aproximou-se e assentou-se perto dela sem nenhuma maldade. As pessoas foram chegando, e a igreja foi enchendo. Quando o namorado chegou, por sinal atrasado, e viu a cena, saiu da bênção e ficou esperando o culto acabar para soltar os cachorros em cima da moça. Que absurdo!
Jesus veio e libertou, aí veio o(a) namorado(a) e prendeu de novo. Não sei como alguém consegue ainda ficar em um relacionamento como esse. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36)
Algumas imposições que considero absurdas:
•Depois que começou a namorar, não se pode ter mais amigos(as). Na igreja, na sorveteria ou em qualquer lugar, não se pode mais relacionar com alguém, porque o chiclete não desgruda.
•Quer a senha do e-mail, do celular e de alguma outra rede social para ver quem está fazendo contato.
•Determina que tipo de roupa vai usar e as cores também.
•Exige mais consideração para si do que para qualquer outra pessoa.
•Limita a participação na igreja. O(a) namorado(a) diz o que pode ou não pode fazer: “Não quero você participando do ministério tal, porque fulano(a) e sicrano(a) estão lá.”
•Fica vigiando o que a outra pessoa está fazendo.
•Pega o celular dentro da bolsa, despercebidamente, só para checar as últimas chamadas.
•Fica sempre exigindo prova de amor, pois não confia em si mesmo(a).
A lista poderia ser muito maior. Isso é só para você ter uma ideia.
Há namorados que querem mandar mais na moça do que os pais dela. Os próprios pais não fazem tantas exigências absurdas assim.
De ambos os lados, tem de haver cuidado, pois, muitas vezes, a pessoa faz esse tipo de concessão em nome do sentimento só porque ama demais e faz de tudo para manter o relacionamento com o(a) abençoado(a).
Talvez a pessoa não tenha ainda percebido, mas está vivendo em uma prisão. Só que, um dia, a ficha cairá e poderá ser tarde demais.
Estou escrevendo estas linhas para ajudá-lo(a). Se você está vivendo uma situação dessas, em um cárcere emocional, precisa sair dele. Comece procurando ajuda, procure seu pastor, seu líder, e abra-se antes que seja tarde.
Deus tem uma pessoa que o(a) fará feliz.
Ore: “O senhor libertou-me, portanto, não viverei escravizado(a) por ninguém. Tu tens planos maravilhosos para a minha vida. Eu irei desfrutar de grandes bênçãos. Jamais permitirei que meus sentimentos e emoções sejam aprisionados. Serei sempre livre, para a honra e glória do teu nome. Em nome de Jesus. Amém!”