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A Bíblia como ela é

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Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hb 4.12

Deus na plenitude de sua soberania decidiu se revelar ao homem, através do homem, como homem e a favor do próprio homem. Para tanto, nos seus intentos se valeu da suprema sabedoria para nos fornecer um registro escrito de sua revelação  e o ser humano sempre faz perguntas filosóficas do tipo: De onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para onde vamos? E certamente na Bíblia encontramos respostas para muitos dos nossos questionamentos. Portanto, ler, amar, estudar a Bíblia é um caminho importante para conhecer o Deus na Bíblia relevado, mas para isso precisamos nos alimentar da Bíblia como ela é. Palavra de Deus!

A história relata que por volta de 2500 a.C. os egípcios desenvolveram a técnica de fabricar folhas de papiro. Essa folha de papiro preparada para escrita era chamada pelos gregos de “biblos”. O rolo pequeno de papiro, os gregos chamavam de “biblion”, e no plural “bíblia”, o que para nós é no singular. Dessa maneira o entendimento é que a palavra “bíblia” significa: coleção de pequenos livros.

A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana, que foi registrada por vontade do próprio Autor (Deus), que inspirou e dirigiu homens pelo Espírito Santo para a escrita da Palavra. Deus é o Autor da Bíblia!

Por mais que busquemos maneiras de evidenciar e comprovar a autoria divina das Escrituras, a certeza dessa premissa vem pela fé (Hb 11.1).

A Bíblia foi escrita por aproximadamente 40 homens de diversos estilos de vida, que viveram em períodos diversos. Isaías era um profeta, Esdras era um sacerdote, Mateus um coletor de impostos, João era um pescador, Paulo era um fabricante de tendas (At 18.3), Moisés era um pastor.

Apesar de ter sido escrita por diferentes homens, a Bíblia não se contradiz e não contém erros. Todos os escritores apresentam perspectivas diferentes, mas todos proclamam o mesmo Deus único e verdadeiro, e o mesmo único caminho para salvação – Jesus Cristo (Jo 14.6; At 4.12). Interessante frisar que poucos dos livros da Bíblia nomeiam especificamente o seu escritor.

Jesus é o Verbo encarnado (Jo 1.14, At 4.12). Portanto, o tema central da Bíblia, sem sombra de dúvida, é o Senhor Jesus Cristo. A própria Bíblia declara isso em Lucas 24.27:

E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.    

No mesmo capítulo, no versículo 44, o próprio Senhor Jesus afirmou:

E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.                                                                            

E por fim, em João 5.39 que expressa o cristocentrismo das Escrituras, ele reafirma:

Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam

Durante um período de aproximadamente 1600 anos, ou seja, mais ou menos 16 séculos a Bíblia teve seus escritos produzidos.

O Antigo Testamento foi escrito entre o tempo de Moisés (1600-1400 a.C) e o retorno dos israelitas do exílio na Babilônia (400 a.C). A tradição ensina que Moisés escreveu os 5 primeiros livros do Antigo Testamento. Esses são os livros mais antigos da Bíblia. Outro livro que os estudiosos pensam ser muito antigo é o livro de Jó, de autor desconhecido.

O Novo Testamento foi escrito depois da morte e ressurreição de Jesus, provavelmente entre 40 d.C e 100 d.C. O Novo Testamento foi escrito por testemunhas oculares da vida de Jesus e por pessoas que tiveram contato próximo com as testemunhas (2 Pe 1.16; Lc 1.1-4).

Muitos livros do Novo Testamento são cartas escritas pelos apóstolos que foram enviadas a grupos de cristãos. Essas cartas foram escritas para explicar mais sobre o ensino de Jesus e sobre como praticar a fé cristã. A evidência arqueológica prova que cópias dessas cartas já circulavam por toda a parte 20 a 50 anos depois da escrita do Novo Testamento.

Muitos estudiosos concordam que os últimos livros do Novo Testamento que foram escritos foram os livros do apóstolo João (o evangelho de João, as 3 cartas de João e o livro do Apocalipse), cerca de 100 d.C. Ele viveu com Jesus e viu o que ele fez.

INSPIRAÇÃO, INERRÂNCIA E INFALIBILIDADE

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir e para instruir em justiça.   2 Tm 3.16

Há sempre quem tenta ridicularizar a Bíblia, mas até mesmo os cientistas acabam dando o braço a torcer.

  • 2 Rs 20.11 – Foi provado que a terra parou no passado.
  • Dizem que pode acontecer do mar vermelho ficar com a maré muito baixa, devido a um vento do oriente que é um fenômeno raríssimo.
  • Dizem que a arca encontrada no monte Ararate na Turquia não era a de Noé, mas como foi parar lá, este monte é um dos mais altos do mundo.
  • Arqueólogos estão sempre descobrindo provas bíblicas em suas escavações.

A BÍBLIA COMO ELA É

Inspiração plenária e verbal.

Nossa declaração de fé é esta: Cremos, professamos e ensinamos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única revelação escrita de Deus dada pelo Espírito Santo, escrita para a humanidade e que o Senhor Jesus Cristo chamou as Escrituras Sagradas de a “Palavra de Deus”; que os livros da Bíblia foram produzidos sob inspiração divina: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil” (2 Tm 3.16 – ARA). Isso significa que toda a Escritura foi respirada ou soprada por Deus, o que a distingue de qualquer outra literatura, manifestando, assim, o seu caráter sui generis. As Escrituras Sagradas são de origem divina; seus autores humanos falaram e escreveram por inspiração verbal e plenária do Espírito Santo: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Deus soprou nos escritores sagrados, os quais viveram numa região e numa época da história e cuja cultura influenciou na composição do texto. Esses homens não foram usados automaticamente; eles foram instrumentos usados por Deus, cada um com sua própria personalidade e talento. A inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática, a inerrante, completa e infalível Palavra de Deus: “A lei do SENHOR é perfeita” (Sl 19.7). É a Palavra de Deus, que não pode ser anulada: “e a Escritura não pode falhar” (Jo 10.35 – ARA).

(Declaração de Fé das Assembleias de Deus – pág. 25,26 – CPAD-2019)

A Bíblia é a Palavra de Deus e nós somos filhos de dEle. Todo filho que honra seu pai, vive constantemente buscando ouvir a voz de direcionamento dele.

Não somente estude sobre a Bíblia, estude a Bíblia, ore a Bíblia, medite na Bíblia!

Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Salmos 1.1,2

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