Agora, preste atenção ao seguinte texto que fala acerca do olhar de Deus atento ao sofrimento de Seu povo e pronto a libertá-lo da opressão egípcia.
E aconteceu, depois de muitos destes dias, morrendo o rei do Egito, que os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão. E ouviu Deus o seu gemido e lembrou-se Deus do seu concerto com Abraão, com Isaque e com Jacó; e atentou Deus para os filhos de Israel e conheceu- os Deus.
Êxodo 2.23-25
Os israelitas estavam no Egito desde a época de José, quando houve uma grande fome na terra e os descendentes de Jacó se fixaram lá, a fim de sobreviver à escassez que se abateu sobre todas as outras nações (ver Gênesis 30—49). Deus já havia revelado a Abraão que os descendentes deste peregrinariam numa terra que não era a deles durante 400 anos e que as últimas gerações seriam escravizadas, mas seriam libertas por Ele, sairiam com grandes riquezas e retornariam a Canaã (ver Gênesis 15.13-16).
No episódio narrado em Êxodo 2, após 430 anos de Israel no Egito, vemos que, quando o clamor dos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó se tornou mais intenso, Deus se manifestou a eles, enviando Moisés de volta ao Egito, para libertar os hebreus e conduzi-los à Terra Prometida.
Mais uma vez na narrativa bíblica há vários elementos que apontam para nossa situação aflitiva nos desertos deste mundo, para o plano divino de redimir e salvar a humanidade e para Cristo, como o Libertador de toda a humanidade.
O faraó representa o diabo, que, por meio da nossa aquiescência ao pecado, cega nosso entendimento quanto à liberdade em Cristo e aos projetos de Deus para nós, subjugando-nos à escravidão e fazendo-nos amargar a vida. O Egito simboliza o mundo, o sistema desigual e maligno comandado por Satanás.
Os israelitas representam aqueles que foram destinados à salvação, mas ainda estão vivendo como escravos numa terra que não é a sua. Moisés representa Jesus, o nosso Libertador e o Mediador da nova e eterna aliança, que nos assegura paz, segurança, liberdade e vida abundante numa terra abençoada, onde manam leite e mel. O deserto a ser transposto do Egito até Canaã representa nossa vida recém-liberta do pecado rumo ao céu.
Tendo em vista esses elementos simbólicos, concluímos que aqueles que estão em Cristo já foram libertos da escravidão do pecado e do sistema mundano quando entenderam o plano de salvação, arrependeram-se de seus pecados, clamaram ao Senhor por libertação e aceitaram Jesus como seu Libertador e novo Senhor. Mas ainda lhes resta um deserto a atravessar rumo à cidade celestial, cujo artífice e construtor é Deus (Hebreus 11.10).
Não é à toa que, em Apocalipse 15.3, quando a trombeta soar anunciando a volta de Jesus para buscar a Sua Igreja, os remidos que ainda estiverem vivendo na terra e forem vitoriosos sobre a Grande Tribulação, durante o governo do Anticristo, entoarão o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro (ver Êxodo 15.21), louvando ao Senhor pela grande vitória dele sobre o inimigo.
Sabe o que isto também nos ensina? Entre outras coisas, que, em meio a uma situação terrível que pessoas possam estar enfrentando, o Senhor está atento até aos gemidos inexprimíveis em palavras daquelas que estão clamando a Ele por libertação do jugo do pecado e do inferno, e que Ele tem todo o poder para libertar, remir e salvá-las a qualquer momento que julgue conveniente.
Sabe por quê? Porque Deus ama o ser que Ele criou à Sua imagem e semelhança. Porque o inferno, onde será lançado o diabo e todos os demônios, não foi criado para o homem. Porque, para libertar a humanidade do jugo pesado do diabo e livrá-la da condenação eterna, Deus enviou Seu próprio Filho para morrer em nosso lugar na cruz, a fim de que o nosso pecado fosse perdoado, a nossa culpa fosse expiada, o jugo de Satanás sobre nós fosse quebrado, e fôssemos reconciliados com o Pai, passando a desfrutar de toda a sorte de bênçãos espirituais em Cristo, podendo viver como reis e sacerdotes num Reino eterno de justiça, paz, alegria, amor, vida abundante; sem doenças, enfermidades, tristeza, pecado.
Você já parou para pensar na amplitude da obra de Cristo para resgatá-lo do reino das trevas para Seu Reino de amor? Você já entregou o controle da sua vida a Cristo? Até aqui nós nos esforçamos para conscientizá-lo do quanto é importante você atrair a atenção de Deus para você, e tornar-se um servo fiel e amigo do Senhor.
Agora, convido-o(a) a passarmos para a próxima fase, na qual trataremos dos insondáveis propósitos de Deus para sua vida.
Fique atento(a) às próximas postagens!
Deus o abençoe!
*Este texto é parte da obra “COMO TORNAR-SE AMIGO DE DEUS? – PASTOR SILAS MALAFAIA”