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O que aprendo com o natal? – Parte 1

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Entramos no mês de dezembro. O mês do natal. É comum vermos nesta época o nascimento de Cristo ser retratado em desenhos animados, encenações, contação de histórias infantis e outros. Isso é muito bom. Retratar o natal em linguagem infantil é muito bom para alcançar as crianças. Porém, quando estou fora do ambiente da igreja e olho ao meu redor, percebo que, infelizmente, grande parte dos adultos deixam escapar o principal: que o natal é a manifestação do amor de Deus para a salvação de todo aquele que crê em Jesus (Mt 1.21, Jo 3.16, Lc 2.29-32). É que às vezes o Natal toma uma aparência bastante romantizada para essas pessoas. Algo como um conto infantil. O problema não é transmitir o Natal em linguagem infantil às crianças. O problema acontece quando os adultos não enxergam além do que a linguagem infantil transmite.

Por isso, nesse mês quero compartilhar algumas lições que aprendo ao ler os evangelhos a respeito do nascimento do nosso Salvador. No total serão quatro artigos. Será publicado um artigo por semana e cada um com uma lição principal. Sei que essas mensagens de maneira nenhuma irão esgotar tudo o que se pode extrair da Bíblia sobre o natal. Mas, espero que elas falem aos corações de vocês e que vejamos a ação da poderosa mão de Deus em um dos acontecimentos mais importantes da humanidade: o nascimento de Cristo, o verbo que se tornou carne (Jo 1.14).


1ª Lição: Ninguém frustra os planos de Deus


Tentativas de frustrar os planos de Deus:

Depois que Jesus nasceu, alguns sábios vieram do oriente para o conhecer e prestar reverência. Porém, como não sabiam o local exato do nascimento, foram até Jerusalém buscar mais informações (Mt 2.1-2). Herodes ficou perturbado ouvindo aquilo e descobriu, depois de questionar os sacerdotes, que Cristo iria nascer em Belém da Judéia, pois havia uma profecia em Miquéias 5.2 que dizia que ele nasceria ali (Mt 2.3-6). 

  • Primeira tentativa de frustrar o Plano de Deus: Herodes enviou os sábios a Belém e pediu que voltassem para avisá-lo quando encontrassem o bebê. Ele queria matá-lo, porém, mentiu dizendo que gostaria de ir adorá-lo (Mt 2.7-8).
  •  Desfecho: Deus advertiu os sábios em sonho a não retornarem a Herodes. Eles, então, voltaram a sua terra por outro caminho (Mt 2.12).
  • Segunda tentativa de frustrar o Plano de Deus: Os sábios não voltaram para avisar Herodes. Passando-se algum tempo Herodes ficou furioso quando percebeu que havia sido enganado e na tentativa de matar Jesus mandou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo em Belém e nas cidades próximas (Mt 2.16-18).
  •  Desfecho: José foi instruído em sonho a fugir para o Egito. Eles (José, Maria e Jesus) não estavam mais lá quando veio a ordem de Herodes (Mt 2.13-15).

O que já aprendo aqui é que o homem mau não pode frustrar os planos de Deus. O nascimento do Salvador do Mundo (Mt 1.21, Jo 1.29) não seria impedido por homem algum, mesmo que este seja tão cruel e poderoso em seu tempo. Por mais que a maldade possa vigorar por um período, não durará para sempre (Ap 21.1-8). Pois maior é aquele que está conosco do que o que está no mundo (1 Jo 4.4b). Nada nem ninguém no mundo pode impedir a ação de Deus (Is 43.13). 

A Bíblia diz:

 “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.”

Jó 42.2 ACF

Ação inconsciente que poderia frustrar os planos de Deus:

Acima estão os eventos em que Herodes, um homem mau, agiu diretamente para frustrar os planos de Deus. Agora, porém, vou citar um evento que aconteceu antes do nascimento de Cristo. Um evento que não se refere à ação de um homem mau, mas de um homem bom; que tentando agir corretamente poderia atrapalhar os planos de Deus.

Maria estava prometida em casamento a José (Mt 2.18, Lc 1.27). Só que antes de se casarem, Deus envia a ela o anjo Gabriel que lhe anuncia que ela ficaria grávida e que daria à luz um filho, Jesus (Lc 1.26-33). Maria o questionou sobre como aquilo seria possível se ela era virgem; e ele lhe respondeu que o Espírito Santo viria sobre ela e o poder do Altíssimo a cobriria com a sua sombra e, então, o que havia de nascer seria chamado Filho de Deus (Lc 1.34-35).

  • O homem bom poderia inconscientemente frustrar o Plano de Deus: José, sendo homem justo e vendo que Maria estava grávida, planejou desfazer o casamento secretamente para não a expor (Mt 1.18-19). Essa é uma ocasião interessante, pois José, querendo agir generosamente, poderia até não frustrar o Plano de Deus; mas, no mínimo, atrapalharia as coisas tornando-as muito mais difíceis à Maria. 
  •  Desfecho: Em sonho, José foi avisado que o menino foi gerado pelo Espírito Santo e que ele deveria receber Maria como esposa. E foi o que fez. (Mt 1.20-25).

Aqui aprendo que nem mesmo a ação de um homem justo é capaz de frustrar os planos de Deus, mesmo que esse homem aja generosamente e inconscientemente vá contra os propósitos do Senhor. Com Deus as coisas são diferentes, mesmo quando alguém atrapalha pensando em fazer o bem. Aprendo que não basta a boa intenção do homem, mas a intenção de Deus.

O Senhor não permitiu que o seu servo agisse de tal modo. Mesmo que bem intencionado, José não pensaria em tal coisa se soubesse de tudo desde o começo. Deus, então, revelou-lhe o seu propósito e o guiou em seus planos (Mt 1.20-25). 

Deus revelou o seu plano a José; diferentemente de Herodes de quem escondeu os Seus desígnios (Jo 15.15). Herodes, o grande, poderia conhecer os planos do imperador romano, mas foi o carpinteiro José que conheceu os planos de Deus. Herodes, o grande, era rei dos judeus nomeado por Roma, mas era o carpinteiro José que realmente era nobre, pois era da linhagem real de Davi (Lc 1.27). Herodes, o grande, tinha grande estima e poder entre os homens, mas era o carpinteiro José que tinha a estima e confiança de Deus. Herodes, o grande, era grande na terra, mas era o carpinteiro José que verdadeiramente era grande diante de Deus, nos céus.


Deus está no controle de tudo:

As intervenções de Deus nos episódios que mencionei se deram através de sonhos. Deus interveio três vezes por meio de sonhos: duas vezes a José e uma vez aos sábios. A maldade aparentemente triunfava até o fim do dia, mas de manhã o jogo já estava virado; pois Deus havia operado durante a noite. Herodes fez todo o possível para frustrar os planos de Deus, mas foi ele que saiu frustrado. Deus não precisou mover um grão de areia e, mesmo assim, cumpriu-se a sua vontade. Deus está no controle de tudo. Ele reina de forma soberana e nada pode abalar o seu trono (Sl 46.2-5). Enquanto o trono de Herodes, e consequentemente todos os reinos do mundo, estão sujeitos ao seu poder (Dn 2.20-22, Sl 2).

Portanto, temos segurança em Deus, pois naqueles dias havia nascido Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16, 1 Tm 6.15), aquele cujo Reino nunca terá fim (Sl 45.6, Dn 2.44-45, Hb 1.8, Ap 11.15), aquele cujo Reino será de Justiça (Sl 45.6-7), aquele cujo a Bíblia diz:

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”

Is 9.6 ARC

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